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10.12.2011 | 17h19 Tamanho do texto A- A+

Eleitores votam por divisão do Pará neste domingo

Plebiscito vai consultar moradores do Estado sobre a criação ou não de dois novos territórios

Divulgação

População saiu as ruas para protestar contra a divisão de MT

População saiu as ruas para protestar contra a divisão de MT

ESTADÃO

A proposta de divisão do Pará em três Estados vai levar 4,8 milhões de eleitores às urnas neste domingo, 11. O plebiscito vai consultar se a população local quer ou não a criação dos Estados de Tapajós e Carajás.

A votação será realizadas das 8h às 17h e todo eleitor paraense tem de votar ou justificar ausência. Segundo informações do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE), a expectativa é de que a contagem seja concluída por volta de 22h. O resultado da consulta, no entanto, não encerra a discussão da proposta. Caso a criação de um ou dos dois novos Estados seja aprovada, o projeto irá irá passar pelo Congresso e, eventualmente, pela sanção da presidente Dilma Rousseff. Se o "não" vencer, o processo é interrompido.

O eleitor terá de responder a duas perguntas: "você é a favor da divisão do Pará para a criação do Estado de Tapajós?" e, na sequência, "você é a favor da divisão do Pará para a criação do Estado de Carajás?". É possível votar "sim" por um Estado e "não" por outro. Ou seja, é possível que o resultado seja a divisão do Pará em dois Estados (Pará e Carajás ou Pará e Tapajós), em três (Pará, Tapajós e Carajás) ou continuar como está.

A divisão sugerida pela proposta deixa o Pará a 17% do seu território atual e 77, dos atuais 143 municípios. Tapajós ficaria com 58% da área e 27 cidades, e Carajás, com 25% e 39 municípios.

Os contrários ao desmembramento alegam que a divisão trará aumento nos gastos, pois órgãos e empregos públicos terão de ser criados para os novos Estados. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicou que o custo anual com os dois novos Estados seria de cerca de R$ 2 bilhões.

Os favoráveis defendem que o Pará é muito grande e a formação de Carajás e Tapajós levará desenvolvimento para locais distantes da capital, Belém. Os separatistas dizem que suas regiões recebem poucos investimentos do governo estadual.
Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 9, e realizada entre os dias 6 e 8 com 1.213 eleitores em 53 cidades do Estado mostrou que 65% são contrário à criação do Estado de Carajás e 64% são contrários à criação de Tapajós. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Campanha. Até a última quarta-feira, 7, foram veiculadas propagandas nos meios de comunicação locais. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, as campanhas favoráveis à divisão movimentaram mais dinheiro. Somados, os valores declarados em novembro das frentes pró-Carajás e Tapajós chegaram a R$ 1,1 milhão. Já dos movimentos contrários, a despesa estava em R$ 183,8 mil. O custo final será conhecido em 10 de janeiro, quando termina o prazo para a prestação de contas à Justiça Eleitoral.

À frente da campanha do "sim" estava o marqueteiro Duda Mendonça, proprietário de terras na região de Carajás. Os dois grupos a favor da criação dos Estados de Tapajós e Carajás tiveram financiamento, principalmente, de empresários ligados ao agronegócio, além de prefeitos e líderes políticos das regiões. Já as duas frentes contrárias a separação do Estado estão tendo dificuldades para conseguir levantar recursos. / Com informações de O Estado de S.Paulo e agências

 

 

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2 Comentário(s).

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IldineySantana  11.12.11 13h30
Já disse antes aqui, e não foi publicado, essa questão de divisão é piada, querem "dividir para reinar", se tivessem interesse em resolver os problemas sociais, os atuais governantes mudariam o regime politico , para voto distrital, diminuindo gastos com eleções. Só o gasto para se criar novos estados com toda infra estrutura já seria necessário para investir em estradas, saude e educação , da forma como que está hoje.
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walter rego  10.12.11 22h00
O que se quer com o plebiscito é mostrar aos paraenses às dificuldades na saúde, educação, infra-estrutura, segurança, emprego e outros problemas que o OESTE paraense(TAPAJÓS) tem. O estado como gestor do desenvolvimento se omite a 29 anos, depois da primeira eleição pós-ditadura. Santarém, uma cidade com 300 mil habitantes a Companhia de Saneamento não resolve o problema da falta de água no centro da cidade, chega de fechar para o OESTE.
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