Os governadores do PSB defenderam ontem a criação de um novo imposto para financiar a saúde -a CSS (Contribuição Social para a Saúde) ou a volta da CPMF.
Pronta para votação na Câmara desde 2008, a sugestão é que a CSS tribute em 0,1% as movimentações financeiras e que o valor seja integralmente destinado ao setor.
O tributo foi embutido no projeto que regulamenta a Emenda 29, faltando votar só uma emenda do texto. Caso seja aprovado, ele ainda precisa passar pelo Senado.
"A pauta real do povo não é quem será ministro de A ou B, mas a necessidade da saúde. Por isso, se for necessário criar um novo imposto, vamos fazer", disse o presidente do PSB, o governador reeleito Eduardo Campos (PE).
O PSB foi o partido aliado a Dilma Rousseff (PT) que mais elegeu governadores: seis.
Cid Gomes (CE) e Ricardo Coutinho (PB) acham que o imposto pode voltar neste ano. Já Renato Casagrande, do Espírito Santo, acha que precisa ser discutido no âmbito da reforma tributária.
O apoio à criação de um novo tributo para financiar a saúde não se restringe à base aliada. Ontem o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), defendeu a volta da CPMF, desde que a contribuição seja aperfeiçoada.
"Quando a matéria foi discutida três anos atrás, a maioria esmagadora dos governadores se posicionou publicamente a favor, tendo em vista a necessidade de termos financiamento para a questão da saúde. E naturalmente será esse também o nosso comportamento."
Anastasia argumentou que a saúde tem uma demanda infinita e precisa constantemente de investimentos: "Então é claro que esse tema tem que ser discutido".
Questionado sobre o fato de anteriormente nem todo o recurso arrecadado ir para a saúde, o governador tucano disse: "Por isso mesmo se fala nesse aperfeiçoamento. É claro que sabemos, e isso foi muito claro durante a campanha eleitoral, não só em Minas, mas no Brasil como um todo, que há sempre a necessidade de termos um financiamento para a saúde".
No Congresso, a oposição reagiu. O líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), disse que "não vai permitir que o povo pague a conta da eleição".
9 Comentário(s).
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Roberto Pereira 05.11.10 21h34 | ||||
Caríssimos . Todos aqueles que defendem a volta da CPMF, devem ser execrados em praça publica. Antes das eleições, eram cordeiros, ouvidores do povo, agora depois de eleitos, ferem seus " carater ", mostrando a incompetência para gerenciar o erário publico. Esse desagravo imposto, naturalmente será destinado a aumentar as quadrilhas de mensalões e outra ditas similares. É a luta do "BEM contra o "MAU". Você, povo, que colocou no poder, agora, povo, você tem que tirar do poder. | ||||
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Adalberto 05.11.10 12h22 | ||||
Afinal, criar impostos é coisa de políticos, mais um que diferença faz. | ||||
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Adriano Aires 05.11.10 11h52 | ||||
Senhores governantes destes país,ja pagamos impostos demais,deixem de ser injustos com o povo deste Brasil . Seria correto rever a divisão dos impostos que ja pagamos,e não por mais essa divida no bolso do cidadão brasileiro. Minha vontade éra mudar para o exterior,e deixar de ser escravo de uma cambada de governantes sem coração Onde meu imposto e meu sangue é o combustivel do jato particular !Bin laden,acorda e rever os alvos ! | ||||
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jose silva 05.11.10 11h31 | ||||
LÁ vem os ABUTRES,SANGUESSUGAS,CHUPA CABRAS querendo colocar de volta a famigerada CPMF. Vocês tem que devolver o dinheiro que gastaram em suas campanhas. Cara de pau dizendo que vai ser aplicado o recurso na saúde mas será na saúde financeira desses políticos que não gosta do povo. Bem feito pra quem votou nesses cara de pau.Está faltando CABRA MACHO neste País pra acabar com isso. Salvem o Brasil. | ||||
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Floriano Vieira da Silva 05.11.10 11h26 | ||||
CPMF, acabou ou mudou de bolso? Dizer que a CPMF acabou é defender de unhas e dente o enriquecimento cada vez maior de uma elite abastada de nosso país. A CPMF não acabou ela mudou de lado. Ou seja, os mais de 40 bilhões que saía dos bolsos dos mais abastados e ia para os cofres públicos destinados à saúde, passou a engordar as contas de abastados e empresas. Os preços nos supermercados, que iria baixar foi um argumento para enganar os mais pobres consumidores que, não tinham nem conta bancária, e caiu na lábia dos opositores aos pobres. A CPMF está hoje nas contas da VALAE, bilhões por ano, nas contas dos grandes investidores, nas contas dos donos do BRADESCO, das empresas de telecomunicações etc. ACPMF não acabou, ele mudou, antes para os pobres agora para os ricos. | ||||
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