Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
17.02.2010 | 16h55 Tamanho do texto A- A+

Cheias deixam desabrigados em 7 municípios de MT

Em Cuiabá, inundações afetam principalmente bairros ribeirinhos; Defesa Civil presta atendimento

Marcos Vergueiro

Cheia do rio Cuiabá atinge Santo Antonio de Leverger e faz desabrigados, segundo a Defesa Civil

Cheia do rio Cuiabá atinge Santo Antonio de Leverger e faz desabrigados, segundo a Defesa Civil

BRUNO GARCIA
DA REDAÇÃO

Até o momento, sete municípios de Mato Grosso foram afetados com o volume de chuvas dos últimos dias, conforme aponta boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado.

Somam prejuízos materiais, humanos ou econômicos as cidades de Peixoto de Azevedo, Cáceres, Cuiabá, Santo Antonio do Leverger, Várzea Grande, Tangará da Serra e Barra do Bugres.

O superintendente da Defesa Civil, major do Corpo de Bombeiro Agnaldo Pereira de Souza, informou ao MidiaNews que, em todas as situações de prejuízos devido ao excesso de chuvas, inundações e enchentes, o órgão atuou em conjunto com as prefeituras, dando respaldo para os necessitados. "Estamos solucionando as situações, mas existe a preocupação com as doenças e contaminações devido ao acumulo de água", disse.

Na Capital, as inundações afetaram, principalmente, os bairros do Praeirinho, Parque Atalaia, Jardim dos Pinheiros e Parque Geórgia. No saldo, cerca de 30 famílias foram atingidas, sendo que quatro foram deslocadas da área atingida e alojadas no Ginásio Dom Aquino. "A maioria dos desabrigados não necessitou do alojamento. Além disso, outros se negam a sair das casas", disse Pereira.

As regiões ribeirinhas de Várzea Grande, como Praia Grande e Bonsucesso, sofreram ou estão sob risco de ser inundada, devido ao elevado nível do Rio Cuiabá, estando próximos da cota de alerta. "A prefeitura, por precaução, cancelou o Carnaval da região, uma vez que chegaram a ser registradas ocorrências de alagamentos na região", informou o major.

Em Peixoto de Azevedo (690 km ao Norte de Cuiabá), foram registrados vários danos, inclusive, com a decretação de Situação de Emergência, em virtude de fortes chuvas. A Defesa Civil estima que 11 mil pessoas foram afedadas com a chuva, já que pontes foram destruídas na região.

Na cidade de Cáceres (220 km a Oeste da Capital), as chuvas provocaram inundações bruscas em várias regiões da cidade, especialmente, as mais baixas. A Defesa Civil prestou apoio operacional e administrativo ao município. Além do apoio administrativo a Defesa Civil, juntamente, com a Seteces, prestou ajuda humanitária e levou até a localidade 250 cestas de alimentos, 100 cobertores, 80 colchões e 100 filtros de água.

Em Santo Antonio do Leverger (27 km ao Sul), a Defesa Civil foi acionada para prestar apoio operacional e administrativo, realizando reconhecimento na região ribeirinha, disponibilizando barco e motor, que serão utilizados em operações no município por equipes do Corpo de Bombeiros Militar. "Devido à geografia dessa região, encontramos pessoas adaptadas com as enchentes, mas não descartamos os riscos da enchentes e do processo pós-cheia", disse o chefe da Defesa Civil.

Na cidade de Tangará da Serra (239 km a Noroeste), a Defesa Civil registrou ocorrência de enchentes e alagamentos ocasionadas pela cheia do Rio Sepotuba. Os trabalhos de resposta e socorro à população atingida foi realizados pelo município. "Têm-se notícias de os trabalhos de avaliação dos danos está em andamento, a fim de se levantar as informações necessárias para o dimensionamento do desastre", afirmou o major.

Em Barra do Bugres (168 km ao Norte), a Defesa Civil registrou a ocorrência de enxurradas e inundações bruscas, que ocasionaram queda de barreiras, deslizamento de cabeceiras de seis pontes; interrupção de acesso às comunidades rurais; agravamento de erosão na zona urbana, interrupção do acesso à aldeia indígena Umutina, inundação de residências, comércios, imóveis públicos e privados.

Dentre os danos humanos, a Defesa Civil estima que 156 pessoas estão desalojadas, 52 desabrigadas, 104 deslocadas, 12 enfermas. Dentre os danos materiais, 39 residências foram alagadas e uma destruída, um imóvel público e três particulares danificados.

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Do Internauta  18.02.10 06h17
Quem conhece a região ou já ouviu os "causos" contados pelos mais velhos sabe que tais enchentes são normais. Os aterros da estrada nada tem a ver com a questão. Muita gente já pescou pacu nos alagados de Santo Antônio em época de cheia. A água passava mais de metro acima da estrada em alguns pontos e ia cerrado adentro onde os pacus iam buscar alimentos. Onde tem água hoje sempre teve, um ano mais outro menos. Quem constrói nessas margens do Rio Cuiabá tem que estar preparado...
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JOAO CARLOS  17.02.10 19h25
ESTA ENCHENTE DAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS RIO ABAIXO (PRAIA DO POÇO;BARRANCO ALTO,ETC...) ESTÁ LIGADA DIRETAMENTE AOS ATERROS QUE FORAM FEITOS NA BR QUE LIGA SANTO ANTONIO A BARAO DE MELGAÇO. COM ESSES ATERROS A AGUA NAO TEM PARA ONDE ESCOAR. CERTO OU ERRADO?
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