Cuiabá, Sábado, 13 de Setembro de 2025
GASTRONOMIA
28.06.2011 | 19h42 Tamanho do texto A- A+

Empresários do setor gastronômico cobram segurança

Área central e bairros nobres são os maiores alvos das quadrilhas; setor quer reforço no policiamento

MidiaNews

Empresários o setor gastronômico de Cuiabá se reúnem com o chefe da CR1, coronel Zaqueu

Empresários o setor gastronômico de Cuiabá se reúnem com o chefe da CR1, coronel Zaqueu

KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO

Empresários do setor gastronômico de Cuiabá cobraram, nesta terça-feira (28), do Comando da Polícia Militar, uma ação mais efetiva contra a onda de violência que atinge a Capital, com ênfase na área central e bairros nobres, que têm sido alvos constantes das quadrilhas de assaltantes e arrombadores. 

Durante uma reunião na sede do Comando Regional I da PM, os empresários cobraram mais segurança na área dos estabelecimentos comerciais. A reclamação do setor empresarial é com relação às constantes ocorrências de furtos, roubos e assaltos, que vem adquirindo índices considerados alarmantes em Cuiabá, principalmente na área comercial.

De acordo com os empresários, os clientes e funcionários, quase diariamente, ficam expostos à ação de bandidos, que também furtam aparelhos de som e pertences deixados por clientes no interior dos veículos. Assaltos aos estabelecimentos também são corriqueiros.

A reunião foi no gabinete do coronel Zaqueu Barbosa, comandante do CRI, Estiveram presentes o presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Mato Grosso, Luís Carlos Nigro, o sócio-proprietário do Bar e Restaurante Getúlio Grill, Afonso Salgueiro, e o empresário José Carlos Biancardini Jorge, da Peixaria "Cacalo".

O deputado estadual Guilherme Maluf, também presente, se comprometeu em buscar apoio, no âmbito da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, para que as reivindicações dos empresários sejam atendidas.

Um caso em especial, ocorrido no início do mês de maio passado, chamou a atenção das autoridades e da população e foi discutido no encontro. Dois flanelinhas foram detidos, após serem reconhecidos participantes do roubo de um veículo Gol, na região da Praça Popular, uma das principais áreas gastronômicas da Capital, com intensa movimentação comercial, no período noturno.

Na ocasião, um grupo de quatro jovens foi abordado por dois assaltantes. Eles agrediram as jovens e levaram o veículo. Os flanelinhas teriam informado aos ladrões que o carro era ocupado apenas por mulheres.

Polícia Turística

Durante o encontro com a PM, os empresários sugeriram que seja criada, no âmbito da corporação, uma companhia voltada para o setor turístico. A companhia teria a função de dar um suporte especial aos estabelecimentos que fomentam o turismo regional.

Outra sugestão do grupo é que as câmeras de segurança dos estabelecimentos sejam interligadas ao sistema do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública de Mato Grosso (Ciosp-MT), que atende às ocorrências.

O chefe do Comando Regional I da PM, coronel Zaqueu, disse ao MidiaNews que as preocupações dos empresários são válidas e que são as mesmas da Policia, em geral.

"Infelizmente, a segurança não compete somente aos agentes policiais. É um trabalho social, que envolve vários setores. Muitas vezes, a Polícia fica de mãos atadas e não pode agir contra os bandidos", disse o oficial.

A situação de mãos atadas a que o comandante se refere é sobre as situações de possíveis crimes, nas quais os suspeitos, muitas vezes, não podem ser detidos e, quando o são, ganham a liberdade rapidamente.

"Hoje, nenhum policial pode prender uma pessoa só pelo fato de ela estar andando sem rumo. Ela pode ser um assaltante, mas não podemos detê-la. Usuários de drogas, que cometem a maioria dos furtos, são presos e logo depois liberados. A lei proíbe que usuário de drogas fique preso. O Código Penal atrasado, da década de 40, é o maior responsável pela criminalidade atual", disse o comandante.

Plano Emergencial

O coronel lembrou que, em abril passado, o Governo do Estado anunciou a execução de um plano emergencial para dar uma resposta à sociedade.

O projeto irá envolver a assistência social do Governo do Estado e Prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande; ampliação da jornada voluntária; aquisição de motos para patrulhamento; adoção e efetivação da faixa verde nas Prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande; reforço policial; apoio ao Grupamento Aéreo (Graer); aquisição de equipamentos.

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13 Comentário(s).

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Leandro  29.06.11 13h54
Com a policia civil em GREVE, quero ver a apuração dos crimes a todo vapor! rsrsrsr
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José Freitas  29.06.11 12h26
Leis muito brandas, Policiais Militares e Civis com baixos salários, exceto Delegados e Oficiais da PM. Diante deste cenário, a tendência é aumentar de forma alarmante a criminalidade. CABE REGISTRAR QUE O DESGOVERNO DE MATO GROSSO ENTENDE QUE SOMENTE OS DELEGADOS E OFICIAIS DA PM DEVEM GANHAR MUITO BEM. NA REALIDADE, QUEM COMBATE, DE FATO, A CRIMINALIDADE SÃO OS PRAÇAS E AGENTES DA POLÍCIA CIVIL. É BEM MATO GROSSO.
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MEDEROVSK  29.06.11 11h03
A "CONVERSA" TEM QUE SER COM O GOVERNADOR E NÃO COM O SEGUNDO ESCALÃO DA PM
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Sebastião Queiroz  29.06.11 10h54
Esssa reunião ocorrida entre empresários e polícia militar também deve ser feita em Brasília. Pois é lá que são feitas as leis que mantem a impunidade neste "Brasil sem lei". Por falar nelas, dia 05/07 próximo entra em vigor uma que vai botar de vez todo mundo atrás das grades. Não minha gente, não são os bandidos e sim nós, cidadãos de bem, atrás das grades de nossas casas. Salve-se quem não tiver grade em casa. Que absurdo! Vão para Brasília senhores empresários, polícia militar. É lá que está a solução. É lá que está o dinheiro para construir presídios produtivos para acabar com a bandidagem e a falta do que fazer quando presos.
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Fabricio  29.06.11 10h43
Realmente é preocupante a situação da segurança. No caso de quem tem criança pequena então, nem se fala. Para andar no trânsito (violento também) da nossa Capital, temos obrigatoriamente que colocar nossos pequenos nas cadeirinhas, porém, ao parar em algum estabelecimento que não tenha estacionamento, ou mesmo pela lotação destes, usar a rua, nos deparamos com os bactérias que ""cuidam"" do nosso carro. Fico pensando que quando estamos a acomodar a criança na cadeira adequada, estamos totalmente frágeis, sem possibilidade de qualquer tipo de reação a ação que esses ""cuidadores"" de carros possam atentar contra a gente. Isso é geral, por mais que os estabelecimentos nos ofereçam ótimas opções gastronomicas, com divertimento para crianças de 0 a 12 anos, não há segurança.
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