Cuiabá, Quarta-Feira, 9 de Julho de 2025
REFORMA DO CÓDIGO FLORESTAL
07.12.2011 | 13h30 Tamanho do texto A- A+

Texto do Código Florestal desagrada a muitos setores

defendeu a atualização do Código Florestal em vigor, que data de 1965,

Sen. Paulo Davim

Sen. Paulo Davim

PORTAL DO AGRONEGÓCIO

Paulo Davim disse que sugestões apresentadas por instituições cientificas precisam ser incorporadas à matéria, tendo em vista que 38 bacias hidrográficas apresentam hoje menos de 20 % de sua vegetação nativa.

Segundo o senador, o Brasil sempre esteve na vanguarda da legislação ambiental e ainda há grande expectativa de que se possa melhorar o texto a ser apreciado em Plenário ainda nesta tarde.

- Trago algumas emendas, oportunamente farei a leitura e defesa, espero que sejam discutidas em Plenário. Ressalto a questão da bacia hidrográfica - adiantou.

Esforço

Apesar do trabalho e dedicação dos relatores nas diversas comissões em que tramitou no Senado, disse Paulo Davim, o texto não agrada aos que pensam, aos que estudam e aos que se preocupam com o meio ambiente.

Ele afirmou que instituições como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia de Ciências do Brasil e a Agência Nacional de Águas (ANA) levantaram "preocupações plausíveis".

Paulo Davim ressaltou que os ambientalistas não são contra o aumento da produção no campo.

- Precisamos exorcizar esses fantasmas e chegar a um consenso, incorporar algumas sugestões científicas, de pessoas que lidam no dia a dia no campo - afirmou.

Ele disse que também precisam ser absorvidas as experiências conduzidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que desenvolveu estudos que permitem e permitirão o aumento do agronegócio sem prejudicar o meio ambiente e diminuir as áreas de preservação.

Na década de 1960, de acordo com o senador, produzia-se em torno de 700 quilos de grão por hectare. Hoje são quase 4 mil quilos de grãos no mesmo hectare.

Na avaliação de Paulo Davim, há como otimizar a produção do agronegócio e sua importância para o Produto Interno Bruto, mas não se pode fazer a discussão sem que se enxergue o outro lado da moeda.

- Não pode ser um debate míope, movido por interesses que não sejam soberanos da sociedade. Não pode haver debate maniqueísta, onde se esqueça a importância do meio ambiente, não só para os brasileiros, mas para toda a humanidade - afirmou.

'Prateleira de opções'

Ao ressaltar a importância da conservação ambiental, Paulo Davim comparou a biodiversidade a uma "prateleira de opções cientificas" de onde se poderão extrair no futuro os antídotos e medicamentos para muitos males que comprometem e comprometerão a humanidade.

A gente precisa tratar com carinho a biodiversidade, pois será nessa prateleira que iremos atrás das soluções de nossos problemas - afirmou.

A restrição do espaço da biodiversidade e a falta de preocupação com o desenvolvimento sustentável vão comprometer o futuro da própria humanidade, concluiu Paulo Davim.

 

 




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