Cuiabá, Domingo, 6 de Julho de 2025
CIDADE DE DEUS
20.03.2011 | 12h51 Tamanho do texto A- A+

Obama vê show e erra embaixadinha em favela

Passagem pela comunidade foi um dos 'eventos culturais' da visita

Reprodução

Obama tenta fazer embaixadinhas com as crianças da Cidade de Deus

Obama tenta fazer embaixadinhas com as crianças da Cidade de Deus

Nem os tanques do Exército, nem o policiamento ostensivo intimidaram os moradores da Cidade de Deus em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na comunidade, crianças e idosos se espremeram em lajes na busca de um melhor lugar para ver a visita, que durou pouco mais de 20 minutos.

"É um momento gistórico para a gente", disse o motorista José Carlos Melo, de 50 anos, que passou a noite acordado em uma vigília por Obama com os vizinhos. "Vale a pena, é a nossa comunidade sendo valorizada", disse ele.

Por volta das 11h20, uma comitiva de mais dez carros luxuosos anunciavam a presença da família Obama na comunidade. No banco traseiro de um dos veículos, Barack e Michelle acenavam.

Aos gritos de "Obama, Obama", o presidente e a esposa, acompanhados das famílias Malia e Sasha, entraram na Fundação de Apoio à Infância e Adolescência (FIA), para um espetáculo de percussão e capoeira, por crianças e adolescentes da Cidade de Deus. Logo na chegada, político cumprimentou pais e alunos, e se dirigiu a crianças que brincavam com uma bola. Arriscou embaixadinhas. Sem intimidade com a bola no pé, desistiu.

Na apresentação de capoeira e percussão, Obama se mostrou mais animado que o resto da família. A mulher e as filhas já haviam participado de um evento semelhante em Brasília no sábado (19).

Antes de deixar a comundiade, Obama, de fora do carro, distribuiu acenos e sorrisos. A dona de casa Anderlúcia Nogueira, de 39 anos, levantou às 6 da manhã para reservar um melhor lugar na laje da vizinha. O sacrifício compensou, pois ela conseguiu ver o presidente de perto. "Mandei um beijo para ele e tenho certeza que ele acenou em retribuição. Estou muito contente."

Para a estudante de enfermagem, Tamara Rúbia, de 20 anos, Obama é mais bonito e mais alto do que parece na TV. "Ele é um coroa vistoso. Um preto de tirar chapéu. Só queria que ele acabasse com a exigência de visto para universitários brasileiros. Sou estudante da UERJ e tive o visto negado para fazer um intercâmbio."

O artista plástico Edson Souza fez um curso de cinema nos Estados Unidos por seis meses e disse que jamais esperaria que Obama fosse um dia conhecer o bairro onde nasceu. "Fui muito recebido nos Estados Unidos e faço questão de receber
bem o presidente deles aqui."

No fim da curta passagem pela comunidade, o radialista Roberto Cavalcante, de 38 anos, atirou uma camisa da seleção brasileira sobre o carro de Obama, sem medo do Serviço Secreto americano. "Queria que ele tivesse uma lembrança boa do Brasil", contou.




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