Cuiabá, Segunda-Feira, 30 de Junho de 2025
COMBATE AO TRÁFICO
13.01.2019 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

“Governo Federal precisa tomar conta da fronteira de forma efetiva”

Alexandre Bustamante diz que irá "brigar" por mais investimento da União na região

Alair Ribeiro/MidiaNews

O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante

O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, afirmou que irá “brigar” por mais investimentos do Governo Federal na fronteira do Estado com a Bolívia para combater o tráfico de drogas. 

 

Segundo Bustamante, o atual efetivo do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) não dá conta de combater sozinho os crimes na região.

 

Se nós tivéssemos mais unidades da Polícia Federal, do Exército e uma base área que cuidasse dos aviões que passam por aqui carregados de drogas, melhoraria muito essa infraestrutura na fronteira e nós vamos brigar por isso

"A fronteira é uma competência do Governo Federal. Se nós tivéssemos mais unidades da Polícia Federal, do Exército e uma base área que cuidasse dos aviões que passam por aqui carregados de drogas, melhoraria muito essa infraestrutura na fronteira e nós vamos brigar por isso”, disse. 

 

Mato Grosso possui mais de 750 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia, área que abrange 29 municípios.

 

Atualmente, conforme o secretário, 110 policiais, sendo 105 militares e cinco civis, atuam no Grupo.

 

Além do tráfico de entorpecentes, esses homens ainda precisam lidar com tráfico de armas, munições, produtos contrabandeados, roubos de veículos e outros.

 

“Basicamente o Gefron é bem equipado. O problema do Gefron é que tem poucos homens. Nós temos aqui mais de 700 km de fronteira no Estado e apenas 100 homens para tomar conta disso. É inviavél”, afirmou. 

 

“Mas se não fosse o Gefron, a droga isolaria o nosso Estado e a quantidade de roubos de veículos aqui ficaria insuportável. Nossa ideia é essa parceria com o Governo Federal para que eles tomem conta da fronteira de forma efetiva", acrescentou. 

 

Conforme Bustamente, o problema do Governo Federal é que muitas vezes ela dá o "cachimbo", mas não dá o "fumo".

 

“Ele [Governo Federal] dá o armamento, mas quem paga o policial a vida inteira sou eu. Então, a gente quer fazer uma troca boa: eu posso dar o fuzil e ele os homens, quem sabe. Enquanto a gente estiver no Governo vamos tentar fortalecer a fronteira com base no Governo Federal”, pontuou.  

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3 Comentário(s).

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Raphael  14.01.19 06h23
Com certeza o governo federal precisa aumentar sua participação. Os efetivos de policiais federais e rodoviários federais em Mato Grosso é muito abaixo do ideal. Mas Mato Grosso precisa entender que combate ao crime organizado, como o de fronteira, não se faz só com GEFRON, só com polícia ostensiva... a investigação é sucateada... as cadê o efetivo de delegados, investigadores e escrivães nas cidades de fronteira e que estão no eixo dos crimes da fronteira? não tem!
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Danilo Oliveira   13.01.19 22h30
Concordo nobre Secretário, unindo forças com o Governo Federal iremos reduzir consideravelmente o número de homicídios e de tantos outros crimes que afligem tanto a população Mato Grossense .
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Hermes de Abreu   13.01.19 21h04
Essas medidas são importantes, mas insuficientes. O Brasil precisa também enfrentar a questão diplomática, e liderar uma pressão real contra os países produtores, e se for o caso até com boicotes econômicos contra os países produtores, bem como um rigoroso e sistemático controle das operações financeiras das organizações criminosas. Esse é o rumo.
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