O secretário de Fazenda Rogério Gallo afirmou que a Revisão Geral Anual (RGA) deste ano será paga somente se o Executivo tiver disponibilidade de caixa.
Segundo ele, o projeto de lei que estabelece critérios para o pagamento do benefício, que já está em tramitação na Assembleia Legislativa, prevê que o repasse ocorra somente se o benefício não violar o equilíbrio fiscal do Governo.
“Só vai pagar quando tiver disponibilidade de caixa. Só vai pagar dentro da medida que não violentar disponibilidade de caixa”, disse ele em entrevista à rádio Centro América FM, nesta segunda-feira (14).
A nova legislação cria um indicador que atesta a capacidade do Estado em fazer o pagamento do benefício aos servidores.
Segundo a proposta de Mendes, este indicador - chamado Capacidade Financeira de Pagamento - é calculado dividindo as chamadas Despesas Totais Custeadas com a Receita Ordinária Líquida do Tesouro pela Receita Ordinária Líquida do Tesouro.
Em qualquer hipótese, o benefício não poderá ser dado se essa divisão for igual ou maior que 1, ou seja, se as Despesas Totais Custeadas com a Receita Ordinária Líquida do Tesouro forem maiores que a Receita Ordinária Líquida do Tesouro.
“O que o Mauro [Mendes] propõe é a regulamentação. E é muito simples. Você pega todas as despesas do ano mais o que está sem lastro e divide pela receita. É uma fórmula. Se esse indicador der maior que um, vai significar que você tem mais despesa que receita, e não tem como pagar”, explicou.
“Ninguém é contra a RGA. A questão é que desde 2004, lei do [ex-governador] Blairo Maggi acrescenta dois requisitos: tem que ter inflação no ano anterior e capacidade financeira. Porém, isso nunca foi regulamentado. Nunca chegou ao ponto que estamos hoje, de fragilidade e situação fiscal insustentável para que seja necessário ter uma definição clara do que é capacidade financeira”, disse.
Gallo lembrou que no ano passado servidores de carreira da Secretaria de Fazenda elaboraram uma nota técnica confirmando que o Executivo não teria como pagar a RGA de 2018. O pagamento havia sido barrado por decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
Ao todo, a reposição daquele ano consumiria R$ 15 milhões por mês do caixa e R$ 200 milhões anualmente.
“Este debate ocorreu no ano passado. O TCE concedeu uma medida cautelar impedindo que o governo implantasse a RGA. Em novembro, a Sefaz emitiu uma nota técnica, por solicitação do TCE, em que expusemos essa realidade. Estamos com déficit de quase R$ 2 bilhões, como teríamos lastro para aumentar a despesa em R$ 200 milhões? E detalhe, uma despesa, que é obrigatória e que tem que efetuar o pagamento”, afirmou.
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5 Comentário(s).
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Laureano Rosales Ribeiro 14.01.19 19h22 | ||||
Em outras palavras " rga nunca mais vai ser paga " porque disponibilidade de caixa nunca vai ter. | ||||
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Jose 14.01.19 17h45 | ||||
Esse projeto que o governador esta tentando aprovar na Assembleia é inconstitucional, pois fere o Artigo 37 inciso X da CF 88. Deputados de oposicao derrubem com ADIN. Estado tem direito de fazer lei específica para salarios, mas tem que respeitar a recomposicao anual. RGA nao e aumento e sim reposição de inflacao que o proprio governo divulga os índices. | ||||
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Clarice 14.01.19 17h06 | ||||
Corte do salário dos deputados, verbas, redução de cargos comissionados ..... Todo mundo sabe que teria economia, mas ninguém faz! e a população também não cobra. | ||||
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VALTER 14.01.19 16h37 | ||||
Só quero saber uma !!!!!!! SÓ O EXECUTIVO NAO VAI TER RGA?????????? E OUTROS PODERES Q GANHAM MAIS TERÁ RGA?????? COMO TODO OS ANOS ANTERIORES TIVERAM?????? 🤔🤔🤔 | ||||
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Rosane 14.01.19 15h38 | ||||
se sabia que nao tinha condicoes de dar rga e pedir ao tribunal de justica , e aos outros poderes que devolva o valor recebido | ||||
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