Cuiabá, Sábado, 5 de Julho de 2025
PROJETOS
14.01.2019 | 16h14 Tamanho do texto A- A+

Petista pede que "pacotão" seja votado pela próxima legislatura

Deputado estadual eleito afirma que, à exceção do novo Fethab, todas as propostas podem esperar

Alair Ribeiro/MidiaNews

O deputado estadual Lúdio Cabral, que pede mais tempo para discussão de projetos

O deputado estadual Lúdio Cabral, que pede mais tempo para discussão de projetos

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O deputado estadual eleito Lúdio Cabral (PT) questionou a legitimidade dos atuais deputados em votar o pacote de projetos enviados pelo governador Mauro Mendes (DEM) que visam, principalmente, o corte de gastos e o equilíbrio das contas públicas.

 

No encontro entre o governador e 14 novatos nesta segunda-feira (14) no Palácio Paiaguás, o petista pediu que as medidas, com exceção do novo Fethab, sejam votadas a partir de 1º de fevereiro, quando o grupo toma posse na Casa de Leis.

 

“Depois de ouvir toda exposição do governador e do secretário de Fazenda [Rogério Gallo], me manifestei com uma única proposta: a maioria das medidas apresentadas o governador tem legitimidade para propô-las. Mas é a Assembleia que foi eleita junto com ele que tem para aprová-las, com todo respeito aos deputados da atual legislatura”, disse.

 

A atual legislatura, que terminaria os trabalhos em dezembro passado, foi convocada pelo presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM), neste mês para votar as medidas de Mendes. O argumento é de que o caixa do Estado passa por dificuldades e as medidas acarretariam em melhorias.

 

As medidas precisariam ser aprovadas para assegurar recursos no caixa. Mas a única medida objetiva que trata disso é a proposta do novo Fethab

“Há um argumento forte do Governo com relação às despesas. As medidas precisariam ser aprovadas para assegurar recursos no caixa. Mas a única medida objetiva que trata disso é a proposta do novo Fethab. Todas as outras podem ser debatidas com mais tempo e com mais profundidade”, afirmou Lúdio.

 

O novato se colocou contra, principalmente, as propostas que visam o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) e da que prevê a extinção de empresas e autarquias.

 

“Não vejo sentido na atual Assembleia autorizar o governador a fazer a extinção de empresas. Esse debate ainda não está maduro. Não há necessidade dessa pressa. O governo não vai produzir nenhuma economia real tendo já autorização para essas extinções”, disse.

 

“A lei que determina critérios para concessão da RGA, o governador pode propô-la, mas temos legitimidade para não concordar com o conteúdo dela. Precisamos debater com mais profundidade, porque o governo precisa mostrar com mais objetividade de que forma vai lidar com a questão da remuneração dos servidores”, afirmou.

 

As medidas

 

Mendes foi à Assembleia Legislativa na semana passada para entregar um “pacotão” de projetos que serão analisados pelos parlamentares nos próximos dias e que visam, principalmente, o corte de gastos e o equilíbrio das contas públicas.

 

Entre os projetos apresentados, está o que trata da junção do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) 1 e 2. A nova legislação aumenta a contribuição referente às operações internas com soja, gado em pé e madeira.

 

Também será apreciado pelos parlamentares o projeto da reforma administrativa proposta pelo democrata e que prevê, entre outros pontos, a redução no número de secretarias de Estado, a demissão de servidores comissionados, além da extinção de seis empresas públicas.

 

Outro projeto estabelece critérios para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) do funcionalismo público. Em qualquer hipótese, o benefício não poderá ser dado se as Despesas Totais Custeadas com a Receita Ordinária Líquida do Tesouro forem maiores que a Receita Ordinária Líquida do Tesouro.

 

O governador também apresentou um projeto Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, que regulamenta, inclusive, percentuais para os incentivos fiscais.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Mendes entrega projetos e pede apoio para evitar “caos absoluto”

 

Projeto: RGA só será concedida se receita for maior que despesa

 

Projeto cria poupança para investimento e veta bomba a sucessor

 

Projeto de lei inclui milho, exportações e sobretaxa algodão em MT

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Lozenir Marques  18.01.19 13h43
Parabéns Deputado Lúdio Cabral. pelo apoio a nós demonstrado, e pela postura em defender os Servidores!!! O senhor, me representa!!!
2
0
alexandre  16.01.19 09h30
da posição do deputado o ponto louvável é discutir a fundo as propostas do governo. no resto, há urgência em estabelecer as metas necessárias para tirar o estado da lama. nenhum governador quer se indispor com servidor público, mas se os salários estão atrasando, não há dinheiro em caixa. o governador anterior tentou amenizar o problema da folha conferindo meio expediente para o funcionalismo público, mesmo assim se tornou extremamente impopular para a categoria. mudanças são necessárias, infelizmente, e são urgentes.
2
6
thais  15.01.19 15h03
Deputado,o senhor é uma luz no fim do tunel...Parabens a postura coerente e humana
20
13
Ronaldo   14.01.19 18h25
Está certa, realmente, a postura do Senhor deputado Ludio Cabral, já que a legitimidade da antiga legislatura não tem legitimidade para aprovar essas proposta, e sim a eleita pelo povo em 2018. Com relação, a taxação do agronegócio é necessário, pois todos nós pagamos impostos, inclusive os pequenos empresários, agora o porquê do Senhor atual governador estar nessa dúvida se coloca ou não nos pacotes de medida, caso não coloque vai ser outro derrotado na próxima eleição, porque não é justo passar a mão na cabeça desse povo que falam que geram empregos, colocam comida na mesa dos brasileiros etc., isso qualquer um faz com empréstimos longos e incentivos de toda banda, pois no fim eles não estão nem aí para ninguém, só pensam em lucro.
31
14
Jose  14.01.19 17h58
Parabens Deputado. Muito correto seu posicionamneto.
27
18