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15.01.2019 | 11h12 Tamanho do texto A- A+

“Fazer greve vai piorar a situação; vamos atrasar mais meses”

Governador pede compreensão de servidores sobre realidade do caixa e diz não ter criado problema

Alair Ribeiro/MidiaNews

O governador Mauro Mendes: salário de servidores

O governador Mauro Mendes: salário de servidores

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que, caso os servidores públicos entrem em greve a partir de fevereiro, a situação do Estado poderá piorar e os salários poderão atrasar mais de um mês.

 

A declaração, dada em entrevista ao programa Resumo do Dia, na noite de segunda-feira (14), é em reação à orientação do Fórum Sindical - entidade que representa sindicados do funcionalismo público – para que os servidores façam uma greve geral, a partir de fevereiro, caso a política de pagamento de salários pendentes não se altere.

 

Os salários relativos à folha de dezembro do ano passado serão quitados no dia 30 de janeiro. Habitualmente, os servidores recebem no dia 10 do mês subsequente ao trabalhado. Além disso, o pagamento do 13ª atrasado do ano passado foi dividido em quatro parcelas, cujo pagamento será concluído em abril.

 

“Lamentavelmente, essa é a realidade de Mato Grosso. Agora, se fizer greve for solução, eu já disse que vou ser o primeiro a entrar em greve. O que resolve o problema é trabalhar, trabalhar muito, com seriedade. É isso que precisamos fazer neste momento. Há estados com três meses de salário atrasado e não vi ninguém fazendo greve lá”, disse Mendes.

 

Fazer a greve vai piorar ainda mais a situação de Mato Grosso. Se tiver greve, vamos atrasar dois meses. Se tiver outra, vão ser três, quatro meses

“Fazer a greve vai piorar ainda mais a situação de Mato Grosso. Se tiver greve, vamos atrasar dois meses. Se tiver outra, vão ser três, quatro meses, porque vai piorando o serviço público e o cidadão vai ficando irritado, porque quer uma Saúde que funcione, quer que tape o buraco das estradas”, afirmou.

 

O governador disse não ter sido o responsável pela criação do problema no fluxo de caixa do Estado.

 

Ele tem constantemente mostrado que nos últimos 15 anos as receitas cresceram 381%, enquanto a despesa de pessoal cresceram 695%. O déficit para 2019, entre receita e despesa, deve ser de R$ 1,5 bilhão.

 

“Se alguém, do Fórum ou qualquer pessoa, souber uma fórmula de pagar despesa, pagar conta, sem ter dinheiro, me avisa. Se você emite um cheque e não tem dinheiro na conta, o banco não paga”, ironizou.

 

“Peço e tenho certeza que todos os servidores públicos, que são inteligentes e sensatos, compreendam essa realidade. Não adianta acusar o governador Mauro Mendes, o secretário Rogério Gallo ou quem quer que seja. Existe um problema de Mato Grosso e para resolver isso, todos terão que trabalhar juntos. Cruzar os braços, só vai piorar a situação”, completou.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Fórum diz que não aceita escalonamento e indica greve unificada

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COMENTÁRIOS
11 Comentário(s).

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Josias Gomes Borges   16.01.19 09h12
É verdade que o Sr. Mauro Mendes não foi responsável pelo desequilíbrio financeiro que o Estado enfrenta atualmente. Mas também é verdade que o servidor, que faz mover a máquina pública, não pode ser responsabilizado e levar a culpa sozinho por esse rombo. O Sr. Mauro Mendes e seus "dignissimo ' secretários têm que parar com essa mania que tinha o Sr. Pedro Taques de ficar achincalhado o servidor público como o único responsável por essa situação. O obreiro é digno de seu salário. Quem aceita casar com a viúva tem que arcar com os filhos dela.
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odir santos  15.01.19 23h25
concordo com o governsdor Mauro Mendes,a culpa não é dele,tem que ter paciência
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Junior  15.01.19 22h03
sr.mauro não será o resolvedor da situação financeira do estado? Votaram nele agora Não adianta minimi, pq quem achou ser diferente só tempo mostrará.
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Servidor  15.01.19 16h54
É engraçado, parece que o Estado de Mato Grosso surgiu em 2018, agora está a beira de um colapso, precisa de cortar gastos, economizar, resumindo tudo, colocar como sempre, a culpa no Servidor do Executivo. Outra curiosidade é que o mesmo secretário de Fazenda da administração passada é o atual, contudo o discurso dele mudou totalmente. Se este governo quer alguma credibilidade é só tomar algumas atitudes: Taxar os bilionários do agronegócio, cortar no Legislativo e Judiciário, e recuperar o dinheiro desviado do Estado. Se ele fazer isso tenho certeza que todos os servidores do executivo irão ajudar o Estado como ele quer.
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Silva  15.01.19 16h32
Silva, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas