Imagens gravadas por servidores públicos mostram o clima de tensão na Assembleia Legislativa, na noite dessa quarta-feira (16), durante a votação do “pacotão” de projetos enviados pelo governador Mauro Mendes (DEM) que visam, principalmente, o corte de gastos e o equilíbrio das contas públicas.
O vídeo mostra, por exemplo, o vice-presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), Antonio Wagner, exaltado na galeria destinada à plateia. Ele bate com força na grade de proteção e, com o dedo em riste, xinga os deputados de “bando de vagabundos”.
Por conta da agressão, os seguranças da Assembleia tentam retirar o sindicalista da galeria. Wagner, então, é puxado por outros servidores para o fundo do local e não é mais visto no vídeo.
Os servidores, então, começam a gritar “não vai tirar” para o segurança. Outro sindicalista diz: “Se tirar ele, vai ter que tirar todo mundo”. Na sequência, o segurança responde: “Então, ele senta e fica calmo, porque ele está alterado. Vocês controlem ele”.
Depois, os sindicalistas continuam gritando. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma), Oscarlino Alves, que disputou eleição para deputado estadual em 2018, mas obteve apenas 4,1 mil votos, puxou o coro de “derrotados” para os deputados que votavam as medidas de Mendes.
Veja o vídeo:
As matérias
Cinco projetos de Mendes foram colocados em votação na noite de quarta-feira. Foram aprovados, em primeira votação, o novo Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) e a medida que estabelece regras para a concessão da RGA (Revisão Geral Anual) aos servidores públicos.
O projeto que possibilita ao governador tratar diretamente de medidas em relação à Previdência Complementar, enquanto a entidade gestora única do MT Prev não estiver em plena implementação, teve pedido de vista da deputada Janaina Riva (MDB).
Janaina também pediu vista do projeto que trata da reforma administrativa do Poder Executivo, com extinção de empresas públicas e fusão de secretarias.
Já Valdir Barranco (PT) pediu vista do projeto que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade da gestão fiscal, criando, por exemplo, condicionantes para o cumprimento das leis de carreira.
Leia mais sobre o assunto:
Servidores tumultuam sessão, mas AL aprova RGA e novo Fethab
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16 Comentário(s).
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Voltaire 18.01.19 08h05 | ||||
Interessante é quem não é concursado critica essa luta, porém, quando sai um edital de concurso público, milhares querem ser aprovados. | ||||
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Paulo Almeida 18.01.19 07h57 | ||||
Os Estados brasileiros se tornaram um engodo de corporstivismo público, infelizmente chegou-se a tal situação por conta de gestão populista e eleitoreira. Alimentaram burocracias para dar lugar a mais e mais serviços públicos em vez de racionalizar, modernizar e inovar. Os Estados criaram uma verdadeira fonte de incentivo aos jovens universitários que ao invés de se lançarem ao setor produtivo e desenvolver o país miraram-se na carreira pública por conta dos altos salários e estabilidade, ou seja, mataram a fonte de muitos inteligentes no setor produtivo do país. Fomentados ainda por regras e conceitos ideológicos trabalhistas desincorajam esses mesmos jovens em empreender direcionando a área pública como fonte cômoda e rentável para sua carreira profissional. Quando num país se ver que nas faculdades e universidades 90% dos jovens desejam enveredarem a área do serviço público e não só setor produtivo, é porque alguma coisa está errada. | ||||
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Edercalistro 17.01.19 19h25 | ||||
Estabilidade no emprego, é para país subdesenvolvido. Vamos partir para livre negociação? Produziu, ganhou! Não trabalha? Dispensado. Alcançou a meta? Promovido. | ||||
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Assis junior 17.01.19 16h29 | ||||
Boa tarde. Referente ao comentário do Marcelo, simplesmente acho que você deveria passar em um concurso público mesmo que seja para nível fundamental, porque só vai atrás dos seus direitos quem tem direito! Obrigado! | ||||
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Cicero 17.01.19 16h14 | ||||
A conduta é um espelho no qual todos exibem a sua imagem. | ||||
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