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21.03.2019 | 17h37 Tamanho do texto A- A+

Temer estranhou movimentação perto de casa antes da prisão

Preso pela Lava Jato, ex-presidente notou a presença de jornalistas na vizinhança

Arquivo/MidiaNews

O ex-presidente da República, Michel Temer

O ex-presidente da República, Michel Temer

DA FOLHA ONLINE

O ex-presidente Michel Temer se preparava para sair de sua casa, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (21), quando notou aglomeração agora incomum de jornalistas em sua porta.

 

Ele havia marcado um encontro em seu escritório com o publicitário Elsinho Mouco, amigo e aliado há anos. Repetiria nesta manhã a rotina de despachos internos, que havia adotado desde que deixou o Palácio do Planalto, em 1º de janeiro.

 

Estranhando a movimentação, telefonou não para o advogado, mas para um assessor de sua confiança. O auxiliar já estava ciente dos rumores de que o emebista era alvo de um mandado de prisão. Não tinha detalhes. Havia sido acionado pouco antes por diferentes órgãos de imprensa.

 

Estou saindo de casa, mas tem um monte de jornalistas aqui na porta. O que está acontecendo?

Àquela altura, o assessor tentava falar com o advogado do ex-presidente, Eduardo Carnelós, quando foi surpreendido com uma ligação do próprio Temer.

 

"Estou saindo de casa, mas tem um monte de jornalistas aqui na porta. O que está acontecendo?", indagou. Ao ser informado de que havia expectativa de sua prisão, tratou o assunto como "uma brutalidade". A ligação foi interrompida e Temer não voltou mais ao telefone.

 

Desde que deixou o poder, o ex-presidente se cercou de cautelas para evitar ações mais incisivas da Justiça. Diante das notícias de que, sem foro, poderia reivindicar uma embaixada ou deixar o Brasil, ele evitou viagens para fora e manteve-se recluso, em casa, com a família.

 

Recentemente, voltou a ser procurado por políticos, que descreviam com certa surpresa a tranquilidade que ele externava.

 

Despiu-se rapidamente do poder, diziam. Estava leve. A ex-ministros e aliados o ex-presidente afirmava não acreditar em um mandado de prisão.

 

Estava no Brasil, tinha endereço certo, 78 anos, e sempre formalizou disposição em colaborar com a Justiça.

 

Os mais próximos tinham suas dúvidas. Avaliavam que Temer era uma espécie de "troféu" a ser conquistado pela narrativa de combate à corrupção.

 

Seu braço direito, Moreira Franco, ex-governador do Rio e ex-ministro, evitava o assunto. Ele, que sempre foi um crítico do que chamava de ações espetaculosas da Lava Jato, foi preso ao desembarcar no aeroporto do Galeão, no Rio

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