O presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Misael Galvão (PSB), atribuiu a uma questão política o cancelamento do Festival 300 anos, que seria realizado nos próximos dias 6,7 e 8, em alusão ao aniversário da Capital.
O anúncio de cancelamento foi feito pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na última quinta-feira (21), horas depois de o Governo do Estado comunicar que não iria liberar a Arena Pantanal para o evento.
A decisão, segundo justificou o Executivo, atendeu a uma recomendação do Ministério Público Estadual, pois a data do evento coincide com as semifinais do Campeonato Estadual e o início da Série B do Campeonato Brasileiro.
“Está claro que foi uma questão política. A decisão de autorizar [o uso da Arena] compete ao Governo do Estado. Vejo que foi ego por parte do governador Mauro Mendes”, afirmou Misael.
“Mas não vou entrar no mérito se o Governo do Estado ou a Federação Mato-grossense de Futebol estão certos ou errados, até porque não fui convidado para essa discussão. Estou falando como cidadão”, acrescentou o presidente.
Já há algum tempo, Mendes e Emanuel vêm trocando farpas publicamente. O episódio mais recente envolve a questão da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, que está com as atividades paralisadas desde o último dia 11.
O prefeito disse que Mendes “precisa tirar o veneno” e abrir um diálogo com o Município sobre o assunto. O governador, por sua vez, disse que não há “veneno” de sua parte e sinaliza que não deve repassar recursos à Santa Casa.
“Decisão acertada”
Em meio ao imbróglio, o presidente da Câmara disse ainda que, em função do impasse, a decisão do prefeito em cancelar o festival foi “acertada”.
“Estive com o prefeito em Brasília, vi a preocupação dele juntamente com a bancada de Mato Grosso na questão da Saúde Cuiabá. Então foi uma decisão acertada. O prefeito tem que sentar com o governador para tratar da saúde e questões estruturais da cidade”, afirmou o presidente.
“Uma coisa é certa: vejo que todo cidadão cuiabano entende que a Arena Pantanal não é pra atender só o futebol. A sociedade tem aquilo ali para ser usado. Agora, a federação não autorizou nem o Governo. Então, cancelar foi a decisão mais acertada”, concluiu.
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10 Comentário(s).
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Lívia Duarte Rigotti de Lima 24.03.19 19h55 | ||||
Graças a Deus que não vai ter essa festa ridícula, estão esquecendo os nossos irmãos enfermos que estão desasticidos pela Santa Casa que fechou e pelo Município e o Estado. | ||||
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Benedito costa 24.03.19 10h55 | ||||
Existe coisas melhores pra se fazer em Cuiabá, por exemplo: obras que está faltando, saúde se tem.ninguem sabe onde está, asfalto, esgoto, escola, creches. Shows é para empresários fazer. Esse presidente tá por fora não é festa que vai resolver o problema de Cuiabá, mesmo que seja uma unica vez. Apresenta mais projetos de interesse público que alcance a demanda. | ||||
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Dita 23.03.19 20h48 |
Dita , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
Eli Rocha 23.03.19 20h24 | ||||
Esses dias atrás afirmei que a verdadeira história de Cuiabá começoy a partir da década de 1970, com a chegada de uma grande leva de sulistas. Fui criticado. Agora vem um legítimo representante da cuiabanua, sem contarmos que ele é o Prefeito Municipal, anunciar o cancelamento das festividades alusivas aos 300 anos de Cuiabá. É o fim da picada. | ||||
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Mara 23.03.19 16h43 | ||||
Esse presidente da Câmara está puxando sardinha do lado do Emanuel. O prefeito quer fugir da responsabilidade e jogar a responsabilidade para o governador, prefeito em dois de mandato não cumpriu 20% do que prometeu em campanha. O povo não é cego e muito menos otário... | ||||
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