O líder do Governo na Assembleia, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), minimizou as críticas feitas por alguns colegas por conta do pedido do Executivo para que o Estado contraia um empréstimo de US$ 250 milhões junto ao Banco Mundial.
A proposta foi revelada nesta semana pelo governador Mauro Mendes (DEM). A ideia do Executivo é usar o montante para quitar um empréstimo – feito ainda na gestão do ex-governador Silval Barbosa - junto ao Bank of America e, com isso, ter uma nova dívida, só que com melhores condições de pagamento: prazo alongado de 4 para 20 anos e com juros anuais passando dos atuais 5% ao ano para 3,5%.
Para concluir a operação, o Governo precisa do aval da Assembleia Legislativa. Para tanto, está prevista para a próxima terça-feira (26) uma reunião entre os deputados e secretários da equipe econômica do Governo.
O Paiaguás pretende sensibilizar os parlamentares da importância do empréstimo que, segundo cálculos do Governo, trará um alívio de caixa de R$ 763 milhões para o Estado até 2022.
“Vejo as críticas dentro da normalidade. Na próxima semana vamos debater esse assunto entre os deputados e os secretários de Fazenda e da Casa Civil, Rogério Gallo e Mauro Carvalho”, disse Dilmar.
O deputado Lúdio Cabral (PT) é um dos que se posicionou contra a medida. Segundo ele, o governador está sendo contraditório ao propor um empréstimo que refletirá em gestões posteriores.
“A proposta é de alongamento de uma dívida que hoje vai até 2022 para até 2039, alcançando além desse governo mais quatro governos. [...] A minha preocupação é que exigências eventuais são essas e em que medida eles podem comprometer a qualidade do serviço público do Estado”, afirmou Lúdio.
“Além do fato do governador contrariar o próprio discurso que criticou o governador anterior de deixar dívida para governos seguintes, ele vai deixar de pagar R$ 270 milhões até 2022 para quitar essa dívida com o Bank Of America, e vai deixar R$ 200 milhões de dívidas para os governos seguintes com a dívida dolarizada”, acrescentou o deputado.
“Troca de dívida”
Atualmente, o Estado paga ao Bank of America R$ 280 milhões ao ano - sendo duas parcelas de R$ 140 milhões, com vencimento nos meses de março e setembro.
O novo empréstimo não terá carência e os desembolsos serão mensais.
“A Secretaria do Tesouro Nacional é avalista dessa operação. Toda esta operação só e possível porque tem o aval do Tesouro. (Se aprovado o empréstimo) a quitação é feita de forma imediata. Entra o crédito do Banco Mundial, quitamos imediatamente o crédito com o Bank Of America”, explicou o governador.
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1 Comentário(s).
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Pamela Russi 23.03.19 16h58 | ||||
Dilmar, vai estudar. | ||||
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