Cuiabá, Sábado, 5 de Julho de 2025
PRISÃO DE EX-PRESIDENTE
22.03.2019 | 17h19 Tamanho do texto A- A+

Bezerra vê prisão de Temer abusiva, mas não crê em prejuízo eleitoral

Filiado histórico da legenda, ele diz acreditar que a situação não vai prejudicar a imagem do partido

Alair Ribeiro/ MidiaNews

O deputado licenciado Carlos Bezerra (MDB):

O deputado licenciado Carlos Bezerra (MDB): "estão fazendo ilação em cima das coisas"

VINÍCIUS BRUNO
RDNEWS

O deputado federal Carlos Bezerra (MDB) avalia que a prisão do ex-presidente Michel Temer, do mesmo partido, teve “excesso e abuso de autoridade”.

 

Para ele, não havia necessidade do correligionário ir para a cadeia de forma preventiva, porque o inquérito ainda está em curso. Filiado histórico da legenda, ele diz acreditar que a situação não vai prejudicar a imagem do partido nas eleições municipais do ano que vem.

 

“Estão fazendo ilação em cima das coisas”, avalia Bezerra, que é amigo de Temer de longa data. 

 

“Estão dizendo: coronel pode ser testa de ferro, ou seja, não está provado que o coronel (Coronel Lima) seja a testa de ferro. Em direito penal não se admite ilação, tem que ter prova objetiva e cabal, prova provada. Neste caso, não tem nada disso, o réu tem endereço certo, não está fugindo, não é um bandido. Exorbitaram um pouco nesta prisão”, defende Bezerra.

 

O réu tem endereço certo, não está fugindo, não é um bandido. Exorbitaram um pouco nesta prisão

Temer foi preso nesta quinta (22), em São Paulo (SP) e levado ao Rio de Janeiro (RJ), dentro das investigações da Operação Lava Jato. Ele é suspeito de ter recebido propina de R$ 1 milhão para a construção da usina nuclear Angra 3.

 

Além do ex-presidente, foram presos mais noves suspeitos, entre eles o ex-ministro Moreira Franco e o João Baptista Lima Filho, o coronel Lima. O ex-presidente é investigado ainda em nove inquéritos.

 

Eleições 2020

 

Bezerra avalia que a prisão de Temer não deverá interferir nas eleições. Ressalta que o MDB é maior que o ex-presidente e que não se deve haver confusão entre “pessoas e instituição”, neste caso o partido.

 

“Esse é um caso como aconteceu com o PT, PSDB e até no partido do presidente, o PSL, com o filho de Bolsonaro no Rio de Janeiro. Não se pode confundir pessoas com instituição, pois estas são muito maiores que as pessoas”, afirma Bezerra, dizendo acreditar em uma consciência da população, de que os votos são em razão da credibilidade das instituições.

 

Apesar disso, é notório no país, que os votos têm sido direcionados às pessoas, independente do partido, assim como aconteceu em 2018, com o presidente Jair Bolsonaro, que acabou fortalecendo o PSL, que até então era um partido sem destaque no cenário político.

 

O próprio MDB mudou o nome da sigla preocupado com essa percepção social em relação ao partido. Antes era PMDB e voltou a se chamar MDB em 2017. Mesmo nome da década de 1980.

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