O presidente Jair Bolsonaro foi recebido no fim da manhã deste sábado (23) pelo presidente do Chile, Sebastián Piñera, para uma reunião no Palácio de La Moneda, em Santiago.
O Chile foi o primeiro país da América do Sul para o qual o presidente Bolsonaro viajou após tomar posse. Geralmente, presidente brasileiros visitam primeiro a Argentina.
O encontro com Piñera, num primeiro momento, será reservado somente aos dois chefes de Estado. Depois, terá também a participação de ministros. Em seguida os dois presidentes farão uma declaração à imprensa e participarão de um almoço.
Antes da reunião no Palácio de La Moneda, o presidente participou de um café da manhã oferecido pela Sociedade de Fomento Fabril do Chile. Em discurso no evento, ele disse acreditar que o Congresso vai aprovar reformas que permitam ao Brasil reequilibrar as contas públicas.
Ele expôs aos participantes do café da manhã a situação de endividamento da União e dos estados.
"É uma dívida bastante grande. Gastamos meio trilhão com juros", disse.
"Dada essa situação que nos encontramos, acreditamos que o parlamento vai aprovar as reformas. Obviamente com algumas alterações mas ao meu entender serão suficientes", afirmou Bolsonaro.
O retorno do presidente para Brasília está marcado para 15h45 deste sábado.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse, em um café da manhã com empresários no Chile, que "infelizmente" no Brasil há algumas pessoas que "não querem largar a velha política".
Bolsonaro fez um discurso no evento, organizado pela Sociedade Fabril do Chile. Ele está no terceiro dia de viagem oficial ao país sul-americano.
"Alguns, não são todos, não querem largar a velha politica, que infelizmente nos colocou nesta situação bastante crítica em que nos encontramos", disse o presidente.
Ele disse ainda que, mesmo estando "calado" e fora do Brasil, ocorrem atritos no país.
Nos últimos dias, o governo vem sendo alvo de reclamações de parlamentares, que alegam falta de diálogo do Palácio do Planalto com o Congresso. Os políticos também cobram o preenchimento de cargos de terceiro escalão, geralmente ocupados por pessoas indicadas por aliados.
Além disso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o governo precisa se envolver mais nas negociações para aprovação da reforma da Previdência.
Neste sábado, em reunião do PPS em Brasília, Maia disse que o governo não pode "terceirizar a articulação" política. A declaração de Bolsonaro no café da manhã ocorreu antes da de Maia em Brasília.
Nesta sexta-feira (22), Bolsonaro e presidentes de outros países sul-americanos, como Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru, assinaram a Declaração de Santiago. O documento tem uma proposta para a criação do Prosul, fórum de desenvolvimento e integração regional, que deve substituir a União das Nações Sul-Americanos (Unasul).
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