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GRAMPOS DA PM
25.03.2019 | 09h23 Tamanho do texto A- A+

Ex-comandante vai depor de novo; juiz autoriza viagem de coronel

Réu no esquema, coronel Zaqueu Barbosa vai prestar depoimento nos dias 16 e 17 de julho

Alair Ribeiro/MidiaNews

O ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa

O ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, marcou o reinterrogatório do ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, um dos réus no caso do esquema de escutas ilegais que funcionou no âmbito da PM durante o Governo Pedro Taques (PSDB).

 

O pedido havia sido protocolado no último dia 18.

 

Também são réus na ação penal os coronéis Evandro Alexandre Lesco e Ronelson Barros, ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, respectivamente; o coronel Januário Batista; e o cabo Gérson Correa Júnior.

 

“Adotando os fundamentos lançados na decisão (Ref.: 726), DEFIRO o pedido, ora formulado, devendo o réu ser reinterrogado nas Sessões designadas PARA OS DIAS 16 E 17 DE JULHO DE 2019 ÀS 13H30MIN”, escreveu o magistrado.

 

Na mesma decisão, Faleiros também acatou o pedido da defesa de Ronelson, que requereu autorização para viajar.

 

“Da análise dos autos, verifico que foi revogada a medida cautelar de monitoração eletrônica imposta ao denunciado, não existindo qualquer fator que impeça a autorização para viagem, ora formulado”, escreveu.

 

O pedido de Zaqueu foi feito depois de o juiz acatar o requerimento para reinterrogar Lesco e Gerson Corrêa.

 

A decisão sobre Lesco e Corrêa é do dia 13 de março. Nela, o magistrado determina que os réus serão ouvidos no dia 16 e 17 de julho, às 13h30, no Fórum da Capital.

 

Já o julgamento da ação penal - marcado inicialmente para essa semana - foi adiado para os dias 14, 15 e 16 de agosto, às 13h30.

 

A denúncia

 

Na denúncia do Ministério Público Estadual, Zaqueu é acusado de, na condição de líder, criar e operar Núcleo de Inteligência – criado com o intuito de investigar policiais militares envolvidos na prática de crimes.

 

Em depoimento, ele afirmou que nunca pediu para incluir número de telefone de políticos, jornalistas, servidores e outros nas interceptações.

 

“Nunca pedi a nenhum policial, nem a agente de inteligência, para acrescer nenhum número em lista de interceptação. Até porque para pedir eu teria que documentar", disse.

 

O esquema funcionava por meio da tática de “barriga de aluguel”, quando números de pessoas que não têm qualquer relação com investigações policiais são inseridos de maneira disfarçada – sob outras identificações –, em pedidos de quebra de sigilos telefônicos feitos à Justiça.

 

 

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