Cuiabá, Sábado, 12 de Julho de 2025
CRISE DE CAIXA
26.03.2019 | 11h22 Tamanho do texto A- A+

Banco nega acordo e MT desembolsará R$ 146 milhões por dívida

Secretário de Fazenda adianta que, em função do pagamento, março será o pior mês do ano

Alair Ribeiro/MidiaNews

O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo

O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo

CAMILA RIBEIRO E CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O secretário de Estado de Fazenda Rogério Gallo comunicou que o Bank of America rejeitou na noite da última segunda-feira (25) a proposta feita pelo Governo para adiar para o mês de setembro o pagamento de uma parcela de R$ 146 milhões da dívida que Mato Grosso possui com a instituição financeira.

 

O montante é relativo a uma parcela da dívida contraída por Mato Grosso ainda durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa. Anualmente, o Estado paga duas parcelas, sendo uma em março e a segunda em setembro.

 

Há alguns dias, em função das dificuldades no caixa, o governador Mauro Mendes (DEM) e sua equipe econômica mantinham tratativas com o Bank of America para que os dois pagamentos fossem feitos em setembro.

 

“Tivemos uma resposta ontem definitiva do Bank of America e, infelizmente, teremos que pagar essa parcela de R$ 146 milhões ainda em março. Este, definitivamente, será o pior mês do ano”, afirmou Gallo, na manhã desta terça-feira (26).

Tivemos uma resposta ontem definitiva do Bank of America e, infelizmente, teremos que pagar essa parcela de R$ 146 milhões ainda em março. Este, definitivamente, será o pior mês do ano

 

Na avaliação do secretário, houve certa insensibilidade por parte do banco americano já que, segundo ele, mesmo com o adiamento do pagamento para setembro, a instituição não sofreria qualquer prejuízo financeiro.

 

“O banco americano não teria nenhum prejuízo, mas infelizmente, em função da insensibilidade deles, teremos que pagar essa parcela até a próxima terça-feira”, afirmou.

 

“Infelizmente isso nos traz um custo social enorme, que é um dinheiro que vai para pagar dívida e juros da dívida e que poderíamos usar em áreas como a Saúde, Segurança, Educação, além de cobrir um pouco nosso déficit com os servidores”, acrescentou Gallo.

 

Apesar da dificuldade no caixa, Gallo disse que não existe qualquer hipótese de o Estado não quitar esse pagamento, já que, o “calote” implicaria em consequências gravíssimas ao Estado.

 

“Se não pagássemos, teríamos o bloqueio do valor relativo ao Fundo de Participação dos Estados (FPE), ficaríamos um ano sem tomar qualquer empréstimo com garantia da União. Quer dizer, seria um cenário trágico se não pagássemos”, concluiu.

 

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GILBERTO LUIZ SLIWIENSKI  26.03.19 12h08
Esperar sensibilidade de banco? Tá de brincadeira neh.....
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