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INCHAÇO DA FOLHA
01.04.2019 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

Em 4 anos, gasto com pessoal cresce de R$ 7,9 bi para R$ 11,2 bi

O crescimento real da folha - que já considera a inflação - foi de 26,5% no período analisado

Alair Ribeiro/MidiaNews

O secretário de Estado de Fazenda Rogério Gallo, que apresentou o balanço do quadimestre

O secretário de Estado de Fazenda Rogério Gallo, que apresentou o balanço do quadimestre

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Os gastos e encargos com servidores públicos do Poder Executivo de Mato Grosso cresceram R$ 3,3 bilhões entre os anos de 2015 e 2018.

 

O montante que o Executivo precisou desembolsar para quitar o salário cresceu de R$ 7,9 bilhões para R$ 11,2 bilhões no período. 

 

Isso representa um crescimento nominal de 41,6% em gastos com pessoal. Já o crescimento real - já descontada a inflação - foi de 26,5%.

 

O montante inclui pagamento de salários, Imposto de Renda, Previdência Social e outros encargos.

 

Os dados foram revelados pelo secretário de Estado de Fazenda Rogério Gallo na semana passada, durante a apresentação do demonstrativo das contas do Governo referente ao 3º quadrimestre de 2018.

 

No levantamento, o Executivo aponta que foram gastos 68% do seu orçamento com folha salarial.

 

"Na despesa orçamentaria empenhada - que é consumida pelos orçamentos anuais - vejam que há uma tendência de aumento de pessoal. Começou em 2015 em 61% da Receita Corrente Líquida e em 2018 bateu em quase 70%. De fato uma trajetória insustentável”, disse o secretário. 

 

“Esse crescimento desestruturado se deu no pior momento da crise. Veja que em 2015 e 2016 nós tivemos PIB [Produto Interno Bruto] negativo. Nós tivemos uma recessão no País, decrescemos 7% nesses dois anos”.

 

Dívidas 

 

Com o Orçamento de R$17,1 bilhão no ano de 2018, o Governo ainda usou 21% desse montante com outras despesas correntes, cerca de R$ 3,6 bilhões.

 

Gallo aponta para os gastos com amortização, juros e encargos de dívidas, que diminuíram ao longo de quatro anos (veja tabela abaixo).

 

Gallo explica que a redução só foi possível devido à renegociação da dívida com o Governo Federal em 2017. Ele se refere à dívida que Mato Grosso tem com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Caixa Econômica Federal para a implantação das obras da Copa do Mundo.

 

“Com as dívidas tivemos uma relativa estabilidade. Vejam que se nós não tivéssemos feito a renegociação da dívida com a União, que foi permitida pela Lei Complementar 156, nós estaríamos hoje em uma situação ainda pior. Em 2015, se consumia 9% com dívida. Nós consumimos no ano passado 5%", afirmou o secretário.

 

Veja tabela:

 

 

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COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

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José Oliveira  01.04.19 20h40
O MT perde em infraestrutura para outros estados devido a investir quase tudo que arrecada com funcionalismo...diferente de outros estados onde o investimento visa o crescimento e a infraestrutura.
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Josue  01.04.19 15h06
Engraçado que o MP, TCE , TJ receberam aumento nos Doudecimos. Povo não é bobo. Explica para a população que o governo dá 4 BILHÕES de isenção fiscal para algumas empresas.
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Ricardo Prates  01.04.19 11h17
Esse governo vai ficar igual ao do Taques. Só culpando os outros e não fazendo nada. E ainda por cima aumentando a dívida do Estado.
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Daniela  01.04.19 11h05
Faça assim senhor secretário. Baixe as portas e apague a luz. Já que e o senhor secretário e o excelentíssimo governador não tem capacidade de gerir nada. Cadê a estratégia para arrecadar mais ? como ficam as promessas feitas na campanha eleitoral ? Fecha a porta e apague a luz por favor.
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Antonio   01.04.19 10h16
Isso aí mas nesse subterfúgio está os repasses dos poderes que tiveram aumento bem significante mas que toma a culpa é pessoal do executivo, me faça o favor.
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