Cuiabá, Sábado, 12 de Julho de 2025
DINHEIRO EM MOTEL
04.04.2019 | 07h30 Tamanho do texto A- A+

Grupo teria agido para apagar imagens de câmeras de segurança

Polícia apura se grupo criminoso agiu para evitar monitoramento de suspeitos

Alair Ribeiro/MidiaNews

Agente da Delegacia Fazendária, durante buscas na primeira fase da Operação Sangria

Agente da Delegacia Fazendária, durante buscas na primeira fase da Operação Sangria

CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

A Polícia Civil investiga se pessoas ligadas ao grupo que foi novamente preso pela Operação Sangria, no último sábado (30), estavam agindo para apagar provas relacionadas ao uso de uma suíte de motel, na Avenida Beira Rio, para esconder milhões de reais desviados de contratos públicos.

 

Segundo fonte da reportagem, a suspeita é de que pessoas estariam procurando estabelecimentos comerciais próximos ao motel e negociando, via pagamento em dinheiro, para que as imagens de câmeras de segurança fossem apagadas.

 

O objetivo seria evitar que as movimentações de suspeitos pudessem ser monitoradas pelos investigadores.

 

Segundo revelou o MidiaNews, pelo menos R$ 14 milhões desviados na área de Saúde podem ter alimentado campanhas eleitorais de pelo menos dez candidatos que disputaram as eleições de 2018 em Mato Grosso.

 

A organização tem orquestrado, in thesi, de forma célere, a obstrução das investigações desde seu nascedouro, quando tão só agia a CPI Municipal instaurada a fim de apurar as irregularidades correlatas

No último sábado, o desembargador Alberto Ferreira de Souza, do Tribunal de Justiça, revogou medidas cautelares e determinou novamente a prisão preventiva de Huark Douglas Correia, Fábio Liberali, Flávio Taques, Kednia Iracema Servo, Luciano Correia e Fábio Taques Figueireiro.

 

Em sua decisão, o magistrado afirmou que as medidas cautelares impostas ao grupo não seriam suficientes para evitar a destruição de provas - ou mesmo a continuidade dos supostos crimes atribuídos aos grupo.

 

"A organização tem orquestrado, in thesi, de forma célere, a obstrução das investigações desde seu nascedouro, quando tão só agia a CPI Municipal instaurada a fim de apurar as irregularidades correlatas [...] atuado concretamente a fim de descontextualizar o cenário delitivo, por intermédio do remanejamento de servidores de órgãos públicos vitimados; (b) constranger testemunhas a fim de honrar o princípio da omertá que viceja organizações quejandas; (c) deletar aquivos de computadores; (d) picotar (literalmente) documentos comprobatórios da empreitada ilícita”, escreveu.

 

Acusações

 

A investigação apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos e administradores de empresa e funcionários públicos.

 

O objetivo era lesar o erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin, a Qualycare e a Prox Participações.

 

Leia também:

 

R$ 14 milhões foram escondidos em motel e abasteceram campanhas

 

Motorista diz à PF que buscou mulher com dinheiro em motel

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
0 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Preencha o formulário e seja o primeiro a comentar esta notícia