A Polícia Civil investiga se pessoas ligadas ao grupo que foi novamente preso pela Operação Sangria, no último sábado (30), estavam agindo para apagar provas relacionadas ao uso de uma suíte de motel, na Avenida Beira Rio, para esconder milhões de reais desviados de contratos públicos.
Segundo fonte da reportagem, a suspeita é de que pessoas estariam procurando estabelecimentos comerciais próximos ao motel e negociando, via pagamento em dinheiro, para que as imagens de câmeras de segurança fossem apagadas.
O objetivo seria evitar que as movimentações de suspeitos pudessem ser monitoradas pelos investigadores.
Segundo revelou o MidiaNews, pelo menos R$ 14 milhões desviados na área de Saúde podem ter alimentado campanhas eleitorais de pelo menos dez candidatos que disputaram as eleições de 2018 em Mato Grosso.
No último sábado, o desembargador Alberto Ferreira de Souza, do Tribunal de Justiça, revogou medidas cautelares e determinou novamente a prisão preventiva de Huark Douglas Correia, Fábio Liberali, Flávio Taques, Kednia Iracema Servo, Luciano Correia e Fábio Taques Figueireiro.
Em sua decisão, o magistrado afirmou que as medidas cautelares impostas ao grupo não seriam suficientes para evitar a destruição de provas - ou mesmo a continuidade dos supostos crimes atribuídos aos grupo.
"A organização tem orquestrado, in thesi, de forma célere, a obstrução das investigações desde seu nascedouro, quando tão só agia a CPI Municipal instaurada a fim de apurar as irregularidades correlatas [...] atuado concretamente a fim de descontextualizar o cenário delitivo, por intermédio do remanejamento de servidores de órgãos públicos vitimados; (b) constranger testemunhas a fim de honrar o princípio da omertá que viceja organizações quejandas; (c) deletar aquivos de computadores; (d) picotar (literalmente) documentos comprobatórios da empreitada ilícita”, escreveu.
Acusações
A investigação apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos e administradores de empresa e funcionários públicos.
O objetivo era lesar o erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin, a Qualycare e a Prox Participações.
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