Cuiabá, Domingo, 6 de Julho de 2025
"IMPOPULARES"
04.04.2019 | 17h48 Tamanho do texto A- A+

"Medidas atacaram privilégios inaceitáveis", afirma Casa Civil

Chefe da Casa Civil diz que com ações do Governo já é possível vislumbrar o equilíbrio fiscal

Alair Ribeiro/MídiaNews

O secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho:

O secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho: "Vamos fazer política, sim. Mas não politicagem"

CÍNTIA BORGES E CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O secretário da Casa Civil Mauro Carvalho admitiu que as medidas tomadas pelo Governo Mauro Mendes (DEM) para retomar o equilíbrio fiscal de Mato Grosso são impopulares. Porém argumentou que elas, por outro lado, combatem "privilégios inaceitáveis”.

 

Em janeiro, a Assembleia Legislativa aprovou um pacote de medidas encaminhadas pelo governador que – entre outras mudanças - estabelece critérios para a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) e unifica o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) 1 e 2.

 

“Muitas das medidas determinadas pelo governador e sua equipe são impopulares. Afetam interesses corporativos ou combatem privilégios inaceitáveis. Mas são medidas necessárias, sem as quais não existe a possibilidade do equilíbrio fiscal e financeiro”, disse o chefe da Casa civil.

Muitas das medidas determinadas pelo governador e sua equipe são impopulares. Afetam interesses corporativos ou combatem privilégios inaceitáveis

 

A declaração foi dada em seu discurso na abertura do evento com mais de 100 prefeitos realizado na Fatec/Senai, no Bairro do Porto, na Capital, na tarde desta quinta-feira (4).

 

“Hoje o Governo faz o dever de casa: corta gastos, reduz o número de comissionados e contratados, renegocia contratos e impõe um regime de gestão austero e rigoroso no controle de despesas”, disse.

 

O chefe da Casa Civil afirmou ainda que Mato Grosso passa por um dos momentos financeiros mais difíceis da sua História e o governo “depende de um rigoroso reajuste fiscal e financeiro” para combater o déficit financeiro. 

 

“Resgatar a capacidade de investimento do Estado, manter os serviços públicos funcionando com o mínimo de decência, cumprir com suas obrigações patronais são os desafios deste momento. Conquistar tudo isso depende de um rigoroso ajuste fiscal e financeiro, também de muita coragem para fazer os enfrentamentos necessários. Ao Governo Mauro Mendes e a sua equipe não nos faltam coragem, nem determinação. Nós estamos arrumando a casa”. 

 

"Vamos fazer política, sim. Mas não politicagem. Os nossos prefeitos podem contar por parte do governo com a responsabilidade pública em suas atitudes e com franqueza, transparência e muita determinação para enfrentar e buscar soluções para os problemas do Estado e seus municípios". 

 

“Perdemos a credibilidade e respeito”

 

Carvalho afirma que o Governo de Mato Grosso fez um levantamento dos últimos 15 anos das finanças do Executivo, que conclui que o Estado vive uma de suas piores crises financeiras.

 

No entanto, com a falta de gestão e perdas financeiras, o chefe da Casa Civil afirma que as perdas foram também de “credibilidade e respeito”.

 

“As nossas perdas nas últimas gestões não foram só econômicas e financeiras, não foi só caixa do Estado e os serviços públicos. O Estado perdeu algo que é muito difícil de conquistar – e que nos trouxe prejuízos em todas as áreas: perdemos a credibilidade e o respeito”.

 

“Perdemos a credibilidade com os servidores, empresários, com o setor produtivo, população, prefeitos e vereadores. Durante toda a campanha ouvimos do governador Mauro Mendes e de vocês, prefeitos, um discurso muito parecido – que prova ser um discurso verdadeiro”.

 

“E a história se repetia de novo, de novo e de novo. Com isso, perdiam não só a esperança, mas a credibilidade. Eu pergunto aos prefeitos que estão aqui hoje: por que acreditar que agora será diferente? Porque esse Governo já tem feito diferente, e mostrado que tem feito diferente”, finalizou. 

 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

albert  05.04.19 17h30
Fazer dever de casa? como? tirando o direito de atualização CONFORME A INFLAÇÃO (como dissídio coletivo de categoria laboral) o que é a mesma coisa do RGA que estão criminalizando. Isso é injusto....de resto tem o agronegócio que não utilizam a mesma prática de mato grosso do sul que é correta. Não cobram os devedores do estado que dá mais de 1 bi. não com icms do agronegócio vegetal...então criminalizar e crucificar ao servidor publico é muito fácil
13
3
Daniel  05.04.19 09h36
Dever de casa é afetar diretamente quem ele deveria respeitar e muito os funcionários públicos que estão ligados diretamente a ele, triste isso. Decepção.
33
11
Rodrigo  05.04.19 08h58
Não são impopulares, são inconstitucionais mesmo. Salários atrasados, depois parcelados, RGA não pago ao servidores do Executivo. Princípio da isonomia esquecido, enquanto isso, duodécimo aumentado, emendas impositivas também, a crise de fumaça não colou para ninguém.
45
8
Eva  05.04.19 08h54
Que piada dizer que cortou privilégios e com isso citar o RGA, isso não era privilégio e sim uma recomposição salarial de 3 a 6% no salário dos servidores. Privilégio são as VI'S e duodécimos astronômico, que não cortou de ninguém, isso sim é privilégio. Não cortou os privilégios das empresas com isenção de ICMS que não apresenta ao Estado nenhuma contrapartida,e que poderia render ao estado bilhões....Cansado de tantas falácias!
46
6
Nascimento  05.04.19 08h17
As listas de exonerações de contratados, sempre foram acompanhadas por novas contratações e recontratações que sempre superaram a anterior.
44
4