O secretário da Casa Civil Mauro Carvalho admitiu que as medidas tomadas pelo Governo Mauro Mendes (DEM) para retomar o equilíbrio fiscal de Mato Grosso são impopulares. Porém argumentou que elas, por outro lado, combatem "privilégios inaceitáveis”.
Em janeiro, a Assembleia Legislativa aprovou um pacote de medidas encaminhadas pelo governador que – entre outras mudanças - estabelece critérios para a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) e unifica o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) 1 e 2.
“Muitas das medidas determinadas pelo governador e sua equipe são impopulares. Afetam interesses corporativos ou combatem privilégios inaceitáveis. Mas são medidas necessárias, sem as quais não existe a possibilidade do equilíbrio fiscal e financeiro”, disse o chefe da Casa civil.
A declaração foi dada em seu discurso na abertura do evento com mais de 100 prefeitos realizado na Fatec/Senai, no Bairro do Porto, na Capital, na tarde desta quinta-feira (4).
“Hoje o Governo faz o dever de casa: corta gastos, reduz o número de comissionados e contratados, renegocia contratos e impõe um regime de gestão austero e rigoroso no controle de despesas”, disse.
O chefe da Casa Civil afirmou ainda que Mato Grosso passa por um dos momentos financeiros mais difíceis da sua História e o governo “depende de um rigoroso reajuste fiscal e financeiro” para combater o déficit financeiro.
“Resgatar a capacidade de investimento do Estado, manter os serviços públicos funcionando com o mínimo de decência, cumprir com suas obrigações patronais são os desafios deste momento. Conquistar tudo isso depende de um rigoroso ajuste fiscal e financeiro, também de muita coragem para fazer os enfrentamentos necessários. Ao Governo Mauro Mendes e a sua equipe não nos faltam coragem, nem determinação. Nós estamos arrumando a casa”.
"Vamos fazer política, sim. Mas não politicagem. Os nossos prefeitos podem contar por parte do governo com a responsabilidade pública em suas atitudes e com franqueza, transparência e muita determinação para enfrentar e buscar soluções para os problemas do Estado e seus municípios".
“Perdemos a credibilidade e respeito”
Carvalho afirma que o Governo de Mato Grosso fez um levantamento dos últimos 15 anos das finanças do Executivo, que conclui que o Estado vive uma de suas piores crises financeiras.
No entanto, com a falta de gestão e perdas financeiras, o chefe da Casa Civil afirma que as perdas foram também de “credibilidade e respeito”.
“As nossas perdas nas últimas gestões não foram só econômicas e financeiras, não foi só caixa do Estado e os serviços públicos. O Estado perdeu algo que é muito difícil de conquistar – e que nos trouxe prejuízos em todas as áreas: perdemos a credibilidade e o respeito”.
“Perdemos a credibilidade com os servidores, empresários, com o setor produtivo, população, prefeitos e vereadores. Durante toda a campanha ouvimos do governador Mauro Mendes e de vocês, prefeitos, um discurso muito parecido – que prova ser um discurso verdadeiro”.
“E a história se repetia de novo, de novo e de novo. Com isso, perdiam não só a esperança, mas a credibilidade. Eu pergunto aos prefeitos que estão aqui hoje: por que acreditar que agora será diferente? Porque esse Governo já tem feito diferente, e mostrado que tem feito diferente”, finalizou.
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5 Comentário(s).
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albert 05.04.19 17h30 | ||||
Fazer dever de casa? como? tirando o direito de atualização CONFORME A INFLAÇÃO (como dissídio coletivo de categoria laboral) o que é a mesma coisa do RGA que estão criminalizando. Isso é injusto....de resto tem o agronegócio que não utilizam a mesma prática de mato grosso do sul que é correta. Não cobram os devedores do estado que dá mais de 1 bi. não com icms do agronegócio vegetal...então criminalizar e crucificar ao servidor publico é muito fácil | ||||
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Daniel 05.04.19 09h36 | ||||
Dever de casa é afetar diretamente quem ele deveria respeitar e muito os funcionários públicos que estão ligados diretamente a ele, triste isso. Decepção. | ||||
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Rodrigo 05.04.19 08h58 | ||||
Não são impopulares, são inconstitucionais mesmo. Salários atrasados, depois parcelados, RGA não pago ao servidores do Executivo. Princípio da isonomia esquecido, enquanto isso, duodécimo aumentado, emendas impositivas também, a crise de fumaça não colou para ninguém. | ||||
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Eva 05.04.19 08h54 | ||||
Que piada dizer que cortou privilégios e com isso citar o RGA, isso não era privilégio e sim uma recomposição salarial de 3 a 6% no salário dos servidores. Privilégio são as VI'S e duodécimos astronômico, que não cortou de ninguém, isso sim é privilégio. Não cortou os privilégios das empresas com isenção de ICMS que não apresenta ao Estado nenhuma contrapartida,e que poderia render ao estado bilhões....Cansado de tantas falácias! | ||||
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Nascimento 05.04.19 08h17 | ||||
As listas de exonerações de contratados, sempre foram acompanhadas por novas contratações e recontratações que sempre superaram a anterior. | ||||
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