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FEMINICÍDIO
20.03.2019 | 07h26 Tamanho do texto A- A+

Júri de réu confesso por matar universitária asfixiada é adiado

Wellington Couto assassinou a estudante de Direito Dineia Rosa em maio de 2017, em Cuiabá

Montagem/MidiaNews

Júri de Wellington Fabricio de Amorim Couto (no detalhe) deveria ser realizado no Fórum de Cuiabá, nesta quarta-feira (20)

Júri de Wellington Fabricio de Amorim Couto (no detalhe) deveria ser realizado no Fórum de Cuiabá, nesta quarta-feira (20)

BRUNA BARBOSA
DA REDAÇÃO

A Justiça adiou o julgamento do réu confesso pelo assassinato da estudante de Direito Dineia Batista Rosa, de 35 anos, morta por asfixia e estrangulamento em Cuiabá em maio de 2017, Wellington Fabricio de Amorim Couto, de 36 anos, que estava previsto para ocorrer nesta quarta-feira (20), às 9h.

 

O julgamento seria conduzido pelo juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal, no Fórum de Cuiabá. O novo júri está previsto para o dia 30 de abril. 

 

De acordo com o advogado da família de Dineia, Jônatas Peixoto Lopes, o julgamento foi adiado após a advogada do acusado deixar o cargo. 

 

"A juíza preferiu remarcar, abrindo prazo para a Defensoria fazer uma boa defesa. Mas ele [advogado] poderia sustentar a audiência e designar uma advogada ou defensor público que estivesse no Fórum no momento", explicou. 

 

Jônatas Peixoto também contou que, devido a complexidade do processo, a magistrada determinou o adiamento para uma nova data. 

 

Eles [família de Dineia] ainda não manifestaram o sentimento de perdão. Querem ver o Wellington ser processado para que tenham o sentimento de justiça

Ele explicou que a técnica é muito usada por advogados em casos que vão à júri. 

 

"É uma técnica que advogados, principalmente aqueles que entendem de júri, fazem. Foi usada também no caso do goleiro Bruno", avaliou Peixoto, fazendo referência ao ex-jogador do Flamengo, acusado de participação no sequestro e assassinato de Eliza Samúdio, com quem tinha um relacionamento. 

 

Segundo o advogado, a familia da vítima recebeu a notícia do adiamento com "bastante chateação". 

 

"Eles [família de Dineia] ainda não manifestaram o sentimento de perdão. Querem ver o Wellington ser processado para que tenham o sentimento de justiça", disse.

 

Réu confesso

 

Wellington confessou o homicídio da ex-namorada por não aceitar o fim do relacionamento. Ele está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá e seu processo corre em segredo de justiça.

 

Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu no dia 20 de maio de 2017, na casa que Dineia havia comprado para a mãe, no Bairro Serra Dourada. O corpo da vítima foi encontrado no banheiro da residência.

 

Dineia havia terminado o relacionamento de cerca de dois anos após descobrir que Wellington havia assassinado a ex-mulher - crime cometido em 2008 na Capital, pelo qual ele já havia sido condenado e cumpria pena em regime semiaberto desde 2013.

 

No interrogatório, segundo a polícia, o réu não demonstrou nenhum tipo de arrependimento pelo crime. Ele disse que provocou a asfixia com as mãos, depois por estrangulamento usando um pedaço de fio.

 

Wellington afirmou, ainda, que após a vítima desmaiar, começou a agredi-la com socos na face e finalizou o crime com uma tijolada na cabeça.

 

O crime

 

O assassinato ocorreu em uma casa que a vítima havia comprado uma semana antes para dar de presente para a mãe no Dia das Mães. Ela estava no local para fazer uma limpeza quando Welington arrombou a casa e a matou.

  

Vizinhos ouviram gritos e chamaram a polícia, no entanto, a vítima já estava morta.

 

O filho dela, de 8 anos, presenciou o crime e teria sido ameaçado pelo suspeito. 

 

Condenação


Welington já havia sido condenado a 17 anos de prisão em janeiro de 2011, pela morte da ex-mulher, Danevimar da Silva Dias, de 23 anos.

 

O crime ocorreu em 2008 no Residencial São Carlos, em Cuiabá. Naquela ocasião, a vítima foi estrangulada com um fio elétrico e mutilada.

 

Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Welington teve progressão de regime e cumpria a pena em semiaberto desde 2013, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

 

No final de abril de 2017, o acusado foi para uma audiência admonitória. Na audiência, ele conseguiu ter a pena convertida para regime domiciliar, sem a necessidade do uso de tornozeleira.

 

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