Cuiabá, Terça-Feira, 15 de Julho de 2025
CRIMES CONTRA A VIDA
02.04.2019 | 15h03 Tamanho do texto A- A+

Tribunal do Júri de Cuiabá realiza 13 julgamentos em abril

"Caso Cláudio", que ocorreu em 1996 e envolve militares, está entre os processos que serão julgados

TJMT/Divulgação

Julgamentos são realizados no Fórum de Cuiabá

Julgamentos são realizados no Fórum de Cuiabá

DA REDAÇÃO
O Fórum de Cuiabá inicia a temporada de julgamentos do Tribunal do Júri deste mês, nesta segunda-feira (1º de abril), com 13 processos de crimes dolosos contra a vida, nos quais alguns são conhecidos pelas gravidades das acusações. Entre os mais populares, o júri avaliará o processo que ficou conhecido como ‘Caso Cláudio’ - fugitivo do antigo Carumbé, hoje Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), que foi capturado vivo, mas, no entanto, foi assassinado e teve o corpo ocultado em região de matagal. O crime aconteceu em 1996 e envolve militares.
 
 
Na quinta-feira (04 de abril), Renan Antônio do Nascimento será julgado por assassinar o namorado da ex-mulher dentro do banheiro do terminal de ônibus do Bairro CPA I. O crime foi em 28 de julho de 2014. Renan tinha 18 anos quando desferiu golpes de faca contra Cristian Gleydson Castro Rodrigues, que morreu no local. A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) aponta que Renan agiu por ciúmes.
 
Dia 05 de abril, sexta-feira, às 13h30min, Carlos José Galiano da Silva, será julgado por tentativa de homicídio. Ele é acusado do atentado contra o advogado criminalista César Augusto Magalhães, na Avenida Miguel Sutil, próximo ao trevo da Gráfica Atalaia. A vítima foi atingida por 2 tiros, no tórax e outro no braço.
 
No dia 16 de abril, o policial Antônio Bruno Ribeiro será julgado pelo crime que ficou conhecido como ‘Caso Cláudio’. O crime aconteceu em 10 de dezembro de 1996, quando 50 presos fugiram do Carumbé. Durante uma hora, policiais e detentos trocaram tiros. No fim da rebelião, a polícia contabilizava a fuga de 45 presos. E somente cinco foram recapturados no mesmo dia. Na lista de fugitivos apresentada pela Polícia Militar constava o nome de Cláudio Gonçalves Andrade, acusado de furto. No entanto, imagens de uma reportagem veiculada por uma televisão local comprovava que o preso havia sido capturado, sem nenhum ferimento, e levado de volta para o presídio.
 
Não conformada com o suposto desaparecimento, a família começou a cobrar explicações. A versão oficial da polícia era de que o preso havia sido levado para o Pronto Socorro de Cuiabá e, durante o trajeto, teria destravado a porta do camburão e fugido. No entanto, a perícia técnica apontou que a porta estava em perfeito estado.
 
A família, no dia 06 janeiro de 1997, descobriu que dois cadáveres, com sinais de execução, encontrados na estrada de Barão de Melgaço, haviam sido enterrados como indigentes, no Cemitério Público Municipal Campo Santo, no Parque Cuiabá. Isso motivou o pedido de exumação dos corpos e o exame ‘post-mortem’ confirmou que Cláudio havia sido executado. Dessa forma, ficou demonstrado todo a armadilha da fuga dos detentos, bem como se comprovou os assassinatos dos reeducandos por policiais militares, com a determinação do então comandante.
 
No dia 17 de abril, quarta-feira, às 13h30min, o Tribunal do Juri julga o caso do réu Elizeu Soares de Oliveira. De acordo com o processo, Elizeu teria participado da morte de Izidoro Zakrzeski. A vítima estava em uma borracharia no Distrito da Guia, e, todos embriagados, começaram a discutir porque Izidoro reclamou que não havia sobrado comida para ele no jantar. Com isso, Elizeu Soares, vulgo ‘sangue bom’, efetuou um disparo de uma espingarda contra a vítima. Apesar de ter errado o tiro, dois amigos de Elizeu surpreenderam a vítima pelas costas, dificultando a defesa, e esfaquearam-no repetidamente. Já no chão agonizando, Elizeu e os dois homens se revezavam nas agressões que geraram mais de 40 facadas.
 
No dia 22 de abril, segunda-feira, será o julgamento dos irmãos Osmar e Onéssimo Almeida Lisboa. Segundo o processo, ambos foram à casa do cunhado Odenir Camposano cobrar a entrega de uma motocicleta. A vítima pediu para conversar com os dois, nesse momento Onéssimo, que portava uma arma, disse que não queria conversa e desferiu os tiros que provocaram a morte do cunhado. O crime foi presenciado pela esposa da vítima.
 
No dia 23 de abril, terça-feira, o Júri avaliará o caso do policial rodoviário Luiz Antônio França Escobar e de Jefferson Garcia de Araújo. Segundo consta na denúncia, Escobar é apontado como um dos líderes do núcleo dos servidores públicos federais que propiciavam a passagem livre dos caminhões de madeira em postos de fiscalização nas rodovias federais sem a documentação necessária, mediante pagamento de propina. Interceptações telefônicas revelaram que Luiz Antônio tramou o assassinato de Rodolfo da Silva, cunhado dele. Rodolfo foi morto a tiros na Capital mato-grossense e o crime seria motivado por vingança.
 
Na quarta-feira, 24 de abril, Jair Pereira da Silva será levado a júri pela tentativa de homicídio de Antônio Carlos Bonfim Bueno. O crime teria sido motivado após brigas entre ambos porque a vítima possuía uma motocicleta com barulho estridente no escapamento. O réu já teria conversado com a família de Antônio, e reclamado que o barulho incomodava a esposa e o filho recém-nascido. Após a conversa, a vítima foi ao encontro do vizinho para ‘tomar satisfação’, ocasião na qual o réu ‘perdeu a paciência’ e desferiu 6 facadas e só não golpeou mais porque a lamina fiou encravada na vítima
 
E no mesmo dia, 24 de abril, outra tentativa de homicídio será averiguada pelo Tribunal do Júri. Dessa vez, Adelso Pinto de Oliveira que, de acordo com o processo, tentou matar Saulo Rosa da Silva. O crime teria sido motivado por disputas no controle do tráfico de drogas no bairro Pedra 90.
 
O júri marcado para o dia 26 de abril, sexta-feira, às 13h30min, será sobre o assassinato de Edney Magalhães. Segundo consta no processo, Reginaldo Correa da Silva avistou a vítima deitada no chão dormindo e com um bloco de concreto pesando 15 quilos esmagou a cabeça dela. O crime aconteceu em agosto de 2015, na Avenida Estêvão José Torquato da Silva por volta de 1h da madrugada.
 
Uma testemunha, residente próxima ao local, viu o crime acontecendo e correu para socorrer a vítima, chamando o Samu. Depois de descrever características do acusado, os policiais militares conseguiram encontrar o homem na mesma noite, após buscas na região.
 
Para o dia 29 de abril, segunda-feira, está agendado o julgamento de Dener Pablo Campos Ortiz. Ele e Ofélia Geralda de Magalhães estrangularam até a morte Cristiane Rocha, depois de a vítima negar dividir o uso de drogas, em um lixão localizado no Bairro CPA III. O homem segurou a vítima e a ré a estrangulou com um cinto. O corpo foi abandonado no local do crime, e os acusados chegaram a mentir para a polícia dizendo que teriam encontrado o cadáver no lixão.
 
No último dia de julgamentos, 30 de abril, às 9h, o Tribunal do Júri julga o processo contra o réu confesso Wellington Fabrício de Amorim Couto. Ele assassinou, em 2017, a ex-companheira Dineia Batista Rosa. A mulher havia terminado o relacionamento após descobrir que Wellington tinha assassinado a ex-esposa.
 
No dia do crime, a vítima estava limpando a casa que havia comprado para a mãe dela. A morte de Dineia Batista foi presenciada pelo filho de oito anos. E, no interrogatório, segundo a polícia, o réu não demonstrou nenhum tipo de arrependimento pelo crime. Ele disse que provocou a asfixia com as mãos, e depois por estrangulamento usando um pedaço de fio.
 
Wellington afirmou ainda que após a vítima desmaiar, começou a agredi-la com socos na face e finalizou o crime com uma tijolada na cabeça.

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