O ex-secretário de Saúde Huark Correa e os médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer ingressaram com pedido de desistência dos habeas corpus protocolados junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os três foram presos no dia 30 de março por ocultação de provas, em decorrência da Operação Sangria. A ação investigou um esquema de monopolização do sistema de saúde tanto na Prefeitura de Cuiabá quanto no Governo do Estado.
O pedido foi protocolado no STJ nesta sexta-feira (12) pela defesa dos três, feita pelo advogado Hélio Nishiyama. A Corte não disponibilizou o conteúdo da desistência.
Na semana passada, eles já haviam desistido de um habeas corpus que corria no Tribunal de Justiça, na véspera da sessão da Segunda Criminal que julgaria os HCs. Na sessão, desembargadores decidiram pela soltura de quatro acusados na operação.
Nos bastidores, a desistência sinaliza que vários acusados já estão se preparando para tentar formalizar acordo de delação premiada.
“Informa-se, outrossim, que a presente desistência é realizada com a aquiescência do Paciente, bem como não obstará a formação da pretensão liberatória perante o juízo de origem, tampouco a impetração de novo remédio heroico perante essa E. Corte Estadual", consta na desistência protocolada pela defesa no TJMT.
Operação Sangria
Deflagrada pela Delegacia Fazendária, a operação é um desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o Município de Cuiabá e o Estado.
No esquema, são denunciados o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, o ex-adjunto da Pasta Flávio Alexandre Taques da Silva, além de Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
O delegado Lindomar Aparecido Tofoli explicou que no transcorrer das investigações do inquérito principal, ficou constatado que o grupo criminoso teria destruído provas e apagado arquivos de computadores para dificultar as investigações, além de ameaças feitas a testemunhas.
“O que chama a atenção é que atos totalmente reprováveis estão sendo cometidos por alguns membros da organização criminosa no intuito de ocultar, destruir provas, limpando gavetas, coagindo testemunhas, usando da influência política e econômica para interferir diretamente no cumprimento de contratos provenientes de processos licitatórios”, disse o delegado.
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