O Governo do Estado gastou cerca de R$ 9 milhões, em 2018, com pagamento de diárias de agentes do sistema penitenciário e policiais militares durante o transporte de presos para audiências judiciais.
A informação foi dada pelo desembargador Orlando Perri, que atua como supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça, durante discussão da possibilidade de implantação do sistema de audiências via videoconferência com reeducandos nas unidades prisionais do Estado.
"Essa implantação significaria redução do Executivo com despesa de pessoal, viatura, com apoio logístico de transporte de presos. [...] Sem falar que um policial escoltando o preso significa uma força a menos fazendo o trabalho de segurança junto à sociedade", afirmou.
A medida é vista como positiva pelos servidores do Sistema Penitenciário, diante da falta de efetivo - situação que piora quando é necessário retirar mais agentes de dentro das unidades para escoltar presos até os fóruns do Estado.
Atualmente, Mato Grosso possui aproximadamente 12 mil reeducandos, distribuídos em 53 estabelecimentos prisionais, para 6,4 mil vagas. A superlotação destaca-se em Cuiabá, onde há 3,6 mil presos para um total de 1.674 vagas. O caso mais grave é da Penitenciária Central do Estado (PCE), que tem 891 vagas e 2.225 reeducandos.
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