Cuiabá, Sábado, 12 de Julho de 2025
JUNIOR MACAGNAM
19.03.2019 | 07h18 Tamanho do texto A- A+

Taxação do Uber interessa a quem?

Deveríamos discutir como baixar impostos dos taxistas para estimular a concorrência

Cuiabá na contramão do que é melhor para o cidadão. Como se não bastasse a alta carga tributária que população arca diariamente, agora o acesso ao aplicativo de transporte Ubber e 99pop, terá acréscimo de cinco centavos por quilômetro rodado, mais R$155 de vistoria. O aumento, que deve incidir nas corridas do transporte individual, foi imposto por um projeto de autoria do Executivo (594/2018), e aprovado na Câmara Municipal no último dia 14 de março.

 

Agora, avalio a quem interessa aumentar aos motoristas, consequentemente ao usuário, do Ubber, já que eles já pagam 2% de ISSQN sobre serviço, desde outubro de 2018. Na justificativa do projeto os valores recolhidos serão investidos em pontos de ônibus, calçadas e obras de acessibilidade, demandas já prevista em legislação anterior.

 

Por qual razão a oferta desse simples serviço de transporte individual deve ser regulada pelo município e não pode ser regulada pelo próprio mercado?

 

Em um momento em que o mundo todo reduz impostos, taxas e contribuições para atrair investimentos, o poder público municipal não quer facilitar, ele quer tirar “proveito”

A Prefeitura de Cuiabá segue no sentido contrário de uma gestão moderna. O prefeito quer burocratizar e impor regulamentação de higiene segurança e outras condições necessárias a prestação do serviço. Condições que o mercado já regula, pois com a chegada do Ubber/99pop o serviço melhorou e ficou mais acessível e mais agradável com carros limpos, água e até ar condicionado. Não há lógica neste argumento. 

 

Outra pergunta que me intriga é por que a prefeitura pede na legislação, exigências de compartilhamento de dados e informações, sem sequer estabelecer critérios e padrões mínimos de segurança a serem cumpridos pelos órgãos públicos que vão utilizar estas informações. Este ponto representa grave risco à privacidade dos usuários estabelecida pelo Marco Civil da Internet.

 

Em um momento em que o mundo todo reduz impostos, taxas e contribuições para atrair investimentos, o poder público municipal não quer facilitar, ele quer tirar “proveito”. Administrar com competência é cortar gastos e custos e não onerar ainda mais o contribuinte. Essa máxima vale pra Prefeitura e para a Câmara Municipal, que mais uma vez deixa de pensar na população, pois nem sequer a consultou, e atende ao corporativismo burocrata da administração municipal.

 

Que presente esta administração quer deixar pra Cuiabá nos 300 anos? Aumento da tarifa de transporte municipal e agora tenta sufocar os aplicativos de transporte municipal privado. Deveríamos discutir como baixar taxas e impostos dos taxistas para estimular a concorrência e conseguir ofertar um melhor serviço para o cidadão, que é quem paga a conta.

 

Cadê a livre concorrência? Quem não quer ter ao seu dispor diversas opções de pães, bebidas, vestimentas, restaurantes, carros, telefones, enfim, de qualquer produto ou serviço ofertado no mercado? Quem seria contra isso?

 

Por menos estado, menos impostos, mais empregos, mais liberdade.

 

JUNIOR MACAGNAM é empresário em Cuiabá e integrante do Livres.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
4 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Diego César Borges  19.03.19 21h55
Pegando carona no seu texto Junior Macgnam: "Administrar com competência é cortar gastos e custos e não onerar ainda mais o contribuinte." Vale lembrar o edital nº 1/2019, em que notícias publicadas nas mídias mato-grossenses dão conta que nossos vereadores desejam contratar serviço para 50 mil salgadinhos, 6 mil pães de queijo, três mil misto frio e três mil sanduíches naturais, além de 200 bolos diversos, 250 unidades de refrigerantes, três mil saladas de frutas, 40 achocolatados, 6 mil almoços, entre outros itens. Promover esse tipo de situação passou a ser rotina. O trabalhador, na iniciativa privada, que tem uma jornada de trabalho de 8 horas por dia, não consegue comer com essa qualidade. Esta passando da hora de mostrarmos aos vereadores qual é seu papel. 2020 esta chegando, mostremos isso a eles nas urnas.
16
1
Eduardo M.  19.03.19 19h00
Concordo com quase tudo. As taxas/impostos pagos pelos taxistas são retornados aos mesmos em forma de incentivos para aquisição de carro novo, isenção de IPVA, dentro outros. Deveria ser investigado mais a fundo como funciona a posse de pontos de taxi, e nas mãos de quem estas estão.
32
11
Mariana Mutti  19.03.19 13h14
Concordo plenamente, em nenhum lugar do mundo existe isso. O mercado é quem determina as regras. Quem escolhe é o consumidor, a concorrência faz com que os serviços melhorem e o Estado deveria se preocupar com outras coisas! Além de que a sociedade nem sequer foi consultada, tudo imposto goela abaixo!!
75
38
José Oliveira  19.03.19 10h19
Este é o mesmo caso dos radares, o unico objetivo é só arrecadar...No caso dos radares se o objetivo não fosse arrecadar dinheiro, bastaria colocarem quebra molas no local, sairia muito mais barato teria o mesmo efeito e não onerava o bolso do ja sofrido trabalhador.
103
32



Leia mais notícias sobre Opinião:
Julho de 2025
11.07.25 05h30 » Menos horas, mais vida
11.07.25 05h30 » A lista sêxtupla da OAB
11.07.25 05h30 » O único talento
11.07.25 05h30 » Dia do Engenheiro Florestal
10.07.25 05h30 » A novela do IOF
10.07.25 05h30 » Embate sobre o IOF
10.07.25 05h30 » Papel de Mato Grosso
09.07.25 05h30 » Emendas parlamentares
09.07.25 05h30 » Cadeira na Câmara