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MORADIA
01.04.2019 | 15h24 Tamanho do texto A- A+

Casas funcionais são tendência e se adaptam a novos arranjos familiares

A sustentabilidade também tem estado em alta no mercado imobiliário, que tem passado por diversas transformações nos últimos anos

Divulgação

A sustentabilidade também tem estado em alta no mercado imobiliário

A sustentabilidade também tem estado em alta no mercado imobiliário

DA ASSESSORIA

A aposta em espaços menores, mais dinâmicos e funcionais mostra que o mercado de construção civil tem acompanhado as transformações nos modos de vida da sociedade, que tem optado cada vez mais por espaços multi-gerenciais, estilos arquitetônicos compactos e bem divididos, em um movimento crescente que vem acontecendo desde meados de 2017.

 

Segundo o arquiteto e urbanista Leonardo Prazeres, essa tem sido uma tendência do mercado que, em 2019, estará cada vez mais em alta, bem como projetos que privilegiem a sustentabilidade.

 

“Em Cuiabá, percebemos que não só os verticais, mas também os projetos horizontais de casas, como condomínios, têm apostado em projetos com metragens menores do que se via há alguns anos.  Isso nos traz novos e interessantes desafios, pois são práticas diferentes em relação a um espaço de construção maior. Ao apostar em uma casa mais funcional, você tira o supérfluo e aposta em espaços inteligentes. Em grandes centros, como São Paulo, por exemplo, encontra-se até apartamentos de 20, 30 m², com características muito funcionais”, explica o arquiteto.   

Ao apostar em uma casa mais funcional, você tira o supérfluo e aposta em espaços inteligentes

 

A sustentabilidade também tem estado em alta no mercado imobiliário. “Por consumir recursos naturais, e consequentemente gerar impactos ambientais, os consumidores tem apostado em projetos menores, com designs multifuncionais e contemporâneos que contribuem para a sustentabilidade”, frisa o arquiteto.

 

Em Cuiabá, condomínios horizontais como o Primor das Torres, localizado na Avenida das Torres, e Florais do Parque, no bairro Jardim Itália, são exemplos dessa tendência. Com metragens médias de 250 e 300 m², respectivamente, os condomínios foram lançados na contramão dos empreendimentos que a incorporadora vinha entregando, cujos terrenos ocupavam uma média de 450 a 500 m².

 

Para o diretor presidente da Ginco Urbanismo, Julio Cesar Braz, essa foi uma tendência constatada junto ao mercado, levando em conta novos arranjos e hábitos familiares.

 

“Existe de fato, uma mudança na configuração tanto em relação ao que se procura em um condomínio quanto ao tamanho e configuração de família. Percebemos uma grande parcela da população que opta por ter no máximo um filho, ou mesmo não tê-los, ou aqueles que pensam a logo prazo e se programam para o momento em que os filhos sairão de casa. Existem ainda aqueles que, pela rotina de trabalho, viagens e demandas sociais, passam pouco tempo em casa, de modo que um imóvel grande pode não ser funcional para os mesmos”, explica.

 

Segundo o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Nivaldo Andrade, as transformações nos arranjos familiares são, de fato, fatores de influência.

 

“Houve mudanças no quadro de família composto por um casal de meia idade com filhos. Hoje temos solteiros, separados, idosos, casais sem filhos”, explica. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que de 2005 para 2015, a quantidade de pessoas que moram sozinhas saltou de 10,4% da população para 14,6%.

 

No entanto, é preciso ter ao lado profissional capacitados e aptos a desenhar projetos de casas menores.

 

“A questão é saber avaliar quais as condições do terreno, se possui algum desnível no solo, o tamanho correto da área e como aproveitar ao máximo o espaço para apostar em ambientes integrados e que sejam mais confortáveis e funcionais. Não é porque é um terreno menor que deixa de ser um produto eficiente. Ao contrário, com a escolha de um profissional capacitado, faz-se um uso mais inteligente de área e de materiais de construção, gerando até eficiência econômica”, conclui Leonardo Prazeres.

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