Homens, solteiros, de cor parda, com idade entre 35 a 45 anos, ensino médio completo e desempregados correspondem à maioria dos suspeitos de cometerem violência doméstica contra mulheres em Cuiabá. Na maioria dos casos, ele é ex-convivente da mulher agredida.
O perfil foi traçado no 2º Anuário Estatístico da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher da Cuiabá e usa dados referentes aos atendimentos realizados em 2018.
De acordo com a delegada titular da unidade especializada, Jozirlethe Aparecida Magalhães Criveletto, os dados mostram que os agressores possuem instrução e educação básica, já que a maioria deles concluiu o ensino médio.
Conforme o anuário, em 491 dos Boletins de Ocorrência registrados por agressão naquele ano, o suspeito tinha segundo grau completo e 418 possuíam ensino fundamental.
A maioria das vítimas não soube ou preferiu não informar o grau de escolarida do suspeito, somando 1.692 mil dos registros.
O estudo também revelou que apenas 20% das ocorrências de violência contra mulher registradas na unidade especializada são praticadas por mulheres.
Ainda de acordo com o anuário, a maioria dos agressores foi declarado como solteiro pela vítima durante o registro do BO, representando 842 dos suspeitos, enquanto 477 eram casados.
Em 56% dos casos, o anuário apontou que a vítima não informou a cor do suspeito, somando 1.656 mil dos agressores. Porém, 680 deles foram definidos como de cor parda pela vítima.
Idade do suspeito
Com relação a idade do agressor, 735 dos homens denunciados em 2018 tinham entre 35 e 45 anos. Os dados que traçaram a faixa etária da mulher vítima de violência em 2018 no anuário, também apontaram que 802 delas estavam na mesma média de idade.
Também foram registradas 110 denúncias contra homens com 60 anos ou mais naquele ano.
Profissão do agressor
Assim como à condição de subemprego em que a maioria das vítimas de agressão se encontra, o anuário também apontou que 1.125 mulheres não souberam definir ou informar a profissão do agressor. O estudo indicou que isso acontece por muitos deles serem egressos do sistema prisional e ainda não terem um trabalho definido.
"Muitas vezes a mulher chega na delegacia e não sabe informar a profissão do agressor. Algumas dizem que o suspeito comete crimes, outras contam que o agressor sobrevive com 'bicos', não temos essa definição no BO", explicou a responsável pela unidade especializada, Jozirlethe Aparecida Magalhães Criveletto.
Além disso, somam-se 257 deles em situação de desemprego.
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