Os escândalos de abusos sexuais na Igreja Católica são efeitos da revolução sexual dos anos 1960 e de uma decadência geral da moralidade, segundo o papa emérito Bento 16.
Em um ensaio, ele argumenta que a revolução sexual levou algumas pessoas a acreditarem que a pedofilia e a pornografia são aceitáveis.
Durante 23 anos, Bento 16 comandou o escritório doutrinal do Vaticano --muito criticado pela maneira como tratou dos casos de abuso sexual.
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Em 2013, o religioso se tornou o primeiro papa a renunciar em seis séculos.
"Pode ser dito que, nos 20 anos entre 1960 e 1980, os padrões normativos anteriores sobre sexualidade desmoronaram completamente, e emergiu uma nova normalidade que a esta altura se tornou o tema de tentativas diligentes de perturbação", escreveu.
Bento 16 comandava o escritório doutrinal em 2002, quando os primeiros casos de abuso sexual na Igreja foram expostos na cidade norte-americana de Boston.
Muitos casos ocorreram décadas antes dos anos 1960.
As revelações de que padres predadores eram transferidos de paróquia em paróquia, e não expulsos ou processados criminalmente, já que bispos acobertavam os abusos, abalaram a Igreja globalmente e minaram sua autoridade.
No fim do ano passado, o cardeal australiano George Pell se tornou a autoridade católica mais graduada a ser condenada por delitos de abuso infantil. Seu papel como ex-assessor do papa Francisco levou o escândalo ao cerne da administração papal.
Ensaio foi publicado em revista alemã
Bento 16 publicou o ensaio na Klerusblatt, revista mensal da Igreja de sua região nativa da Baviera, na Alemanha. Uma autoridade do Vaticano confirmou sua autenticidade.
"Entre as liberdades pelas quais a Revolução de 1968 tentou lutar está a liberdade sexual desenfreada, que não se curva mais a qualquer norma", escreveu, segundo uma tradução em inglês publicada por sites católicos.
Alguns teólogos usaram o Twitter para criticar Bento 16.
Massimo Faggioli, professor de teologia da Universidade Villanova, classificou o ensaio como uma "caricatura" da Igreja pós Concílio do Vaticano II, "com todas as suas inventividades e alguns erros trágicos".
1 Comentário(s).
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Robélio Orbe 11.04.19 19h56 | ||||
Na década de 50 um expoente da Escola de Frankfurt, fugindo de Hitler, chega aos EUA e fica assombrado com o puritanismo da sociedade americana e consegue o ingresso na Faculdade de Columbia e põe em prática o projeto de imbecilização Marxista Cultural da sociedade americana. Com a edição do livro EROS E CIVILIZAÇÃO Marcuse traçou o que seria a sociedade americana a partir dos anos 60 e 70. Com a Revolução Sexual, woodstock, começa a decomposição da sociedade americana que chega ao Brasil. Slogam como "Faça amor, não faça guerra", dentre outro contribuíram para a destruição da família, célula mais importante da sociedade. O maior inimigo dos EUA nunca esteve no Oriente Médio, mas debaixo do nariz das autoridades americanas. | ||||
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