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CONDENADO
13.01.2019 | 08h11 Tamanho do texto A- A+

Foragido há quase 1 mês, Cesare Battisti é preso na Bolívia

Italiano foi condenado por crimes na década de 1970

Polizia di Stato/Reprodução

Ilustração

CAMILA BOMFIM
DA TV GLOBO

O italiano Cesare Battisti foi preso na noite de sábado (12) em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A prisão foi feita pela polícia boliviana. A informação foi confirmada pela Polícia Federal do Brasil.

 

Ainda não foram divulgados detalhes sobre a prisão, nem sobre os próximos passos da extradição do italiano.

 

Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1993 sob a acusação de ter cometido quatro assassinatos na Itália nos anos 1970. Battisti nega envolvimento com os homicídios e se diz vítima de perseguição política.

 

Battisti era considerado foragido desde o último dia 14 de dezembro, quando o então presidente Michel Temer assinou o decreto de extradição do italiano.

 

O italiano teve a prisão determinada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) em 13 de dezembro.

 

Citando fontes do governo italiano, o jornal “La Repubblica” afirma que ainda não está claro se, antes de voltar para a Itália, ele passará pelo Brasil. Fontes não identificadas do Ministério do Interior italiano disseram ao periódico que não descartam que ele volte para a Itália entre este domingo e segunda (13).

 

De acordo com informações da agência France Presse, um avião com policiais e membros dos serviços secretos da Itália já está a caminho da Bolívia.

 

O presidente Jair Bolsonaro parabenizou autoridades policiais pela captura do italiano, em publicação no Twitter, na manhã deste domingo (13).

 

Em novembro do ano passado, após conversa com o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, o presidente disse que faria "tudo o que for legal" para extraditar Cesare Battisti para a Itália "imediatamente".

 

Entenda o caso
 

Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1993 sob a acusação de ter cometido quatro assassinatos na Itália nos anos 1970.

 

Battisti fugiu da Itália, viveu na França e chegou ao Brasil em 2004. Ele foi preso no Rio de Janeiro em março de 2007 e, dois anos depois, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu refúgio.

 

Em 2007, a Itália pediu a extradição dele e, no fim de 2009, o STF julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição.

 

Em setembro de 2017, o governo italiano pediu ao presidente Michel Temer que o Brasil revisasse a decisão sobre Battisti.

 

No fim do ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF que desse prioridade ao julgamento que poderia resultar na extradição.

 

Um mês depois do pedido da PGR, o ministro Luiz Fux, mandou prender o italiano e abriu caminho para a extradição, no início de dezembro.

 

Na decisão, o ministro autorizou a prisão, mas disse que caberia ao presidente extraditar ou não o italiano porque as decisões políticas não competem ao Judiciário.

No dia seguinte da decisão de Fux, o então presidente Michel Temer autorizou a extradição de Battisti.

 

Desde então, a PF deflagrou uma série de operações para prender Battisti. No final de dezembro, a PF já tinha feito mais de 30 operações na tentativa de localizar o italiano.

 

Battisti nega envolvimento com os homicídios e se diz vítima de perseguição política. Em entrevista em 2014 ao programa Diálogos, de Mario Sergio Conti, na GloboNews, ele afirmou que nunca matou ninguém.

 




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2 Comentário(s).

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Gonçalo  14.01.19 01h46
Entendam, nunca foi proibido ter arma em casa. Basta que se enquadre nos requisitos legal. A confusao gira em torno do porte. Ai sim, sao outros requisitos. Inclusive o rigor continua o mesmo para poder portar a arma de fogo. Acorda povo!!!
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Eleitor   13.01.19 12h36
Brasil com mais de 55 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, com dificuldades até para comer e o governo brasileiro dando prioridade a Venezuela ou a um italiano. Sem falar nos cortes de benefícios sociais do INSS que deve deixar pessoas pobres ainda mais miseráveis. Brasil está abandonado. O sus está falido, cadê o governo federal para mandar dinheiro público para os hospitais comprar remédios, pagar cirurgias, pagar exames, contratar médicos etc? Acorda Brasil, uma armas em casa não é garantia de que a vida se tornou ótima.
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