A recém-nascida indígena enterrada viva pela bisavó em Canarana (838 km de Cuiabá), apresentou melhora significativa no estado de saúde e já respira sem aparelhos.
A menina, que é da etnia Kamayurá, nasceu no dia 5 de junho e foi em seguida enterrada viva pela avó e a bisavó. Ela foi encontrada por policiais e encaminhada em estado crítico para a Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá, no dia 6 de junho.
De acordo com o boletim médico emitido pela unidade, a menina não está mais com as funções renais comprometidas. O bebê, que apresentou um quadro de infecção grave desde os primeiros dias de vida, também apresenta evolução.
Nesta terça-feira (3), a criança passaria por um procedimento cirúrgico para a retirada do cateter que auxilia nas funções renais.
“Passará por um procedimento cirúrgico para retirada do cateter de Tenckhoff, pois a função renal melhorou. Está sendo acompanhada pela fonoaudióloga pra iniciar o processo de sucção, pois a dieta está ainda por sonda”, conta em boletim médico.
A menina é alimentada por meio de sonda há uma semana.
O caso
Segundo as investigações, a mãe da criança, de 15 anos, deu à luz no dia 5 de junho. O bebê foi enterrado no terreno da residência da família.
No local, a bisavó da garota confirmou o ato, dizendo que a criança teria nascido morta por ser prematura. Ela alegou que não comunicou a ninguém por ser este um costume da etnia.
Uma enfermeira da Casai (Casa de Saúde do Índio), ao assumir o expediente, soube do caso e avisou a polícia e o chefe da unidade.
Em decorrência do tempo, o local foi isolado pela equipe policial para o trabalho da perícia técnica. Mas, ao escavarem, os policiais ouviram o choro do bebê.
No decorrer das investigações da Polícia Civil, foram colhidos depoimentos que apontaram que a família não aceitava a gravidez pelo fato de a adolescente ser mãe solteira.
A bisavó da criança está presa, e responde a um processo por ter articulado todo o processo para tentar matar a criança.
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