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02.01.2016 | 16h15 Tamanho do texto A- A+

Greves no serviço público foram constantes em Mato Grosso

Reivindicação de reajustes salariais nem sempre tiveram o final almejado pelos servidores

MidiaNews

Greves foram constantes em diversos setores, durante o ano de 2015

Greves foram constantes em diversos setores, durante o ano de 2015

VINÍCIUS LEMOS
DA REDAÇÃO

As greves no serviço público foram constantes durante o ano de 2015, em Mato Grosso. Reivindicações por melhores condições de trabalho e reajustes salariais fizeram com que diversos servidores paralisassem suas atividades.

 

O fim dos movimentos grevistas, porém, nem sempre atenderam às expectativas das classes, que em alguns casos decidiram voltar aos trabalhos mesmo sem ter todas as reivindicações atendidas.

 

As dificuldades trazidas pelo ano de crise financeira, enfrentada pelo País, prejudicaram o diálogo durante as paralisações.

 

Médicos, trabalhadores dos Correios, bancários, servidores federais e servidores do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) foram algumas das classes que paralisaram suas atividades em buscas de melhores condições de trabalho, neste ano.

 

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também aderiram ao movimento grevista. Em busca de reajuste salarial e melhores condições de ensino, eles realizaram a maior greve da história da instituição.

 

A categoria dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Mato Grosso também paralisou as atividades em todas as agências do Estado, suspendendo perícias e todos os outros tipos de atendimentos realizados pelo órgão.

 

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Mato Grosso foi outra instituição que teve suas atividades paralisadas, em razão de protestos dos servidores. Os trabalhadores cobravam que o Governo nomeasse todos os aprovados no concurso público do órgão.

Sindsprev-MT

INSS

Trabalhadores do INSS estadual aderiram a movimento grevista que durou mais de 80 dias

 

UFMT

 

A paralisação dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) teve início em 28 de maio, deixando cerca de 20 mil alunos sem aulas.

 

O movimento solicitava, inicialmente, que o Governo Federal realizasse reajuste salarial correspondente a 27%. Porém, o valor foi reduzido para 19,7%, em parcela única, alguns meses após o início da paralisação.

 

Além de questões de reajustes, a classe pedia melhores condições salariais a professores aposentados. Os trabalhadores também protestavam contra o projeto de terceirização do trabalho, a redução no custo da Previdência Social e a perda de 31% do orçamento da Educação no Brasil.

 

A greve da categoria durou 141 dias, tornando-se a maior da história da instituição de ensino, conforme a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat).

 

A decisão pelo fim do movimento ocorreu em 14 de outubro - e a classe alegou que voltaria às aulas sem aceitar nenhuma das propostas do Governo Federal, por considerá-las confisco salarial. 

 

Os técnicos administrativos da UFMT também paralisaram as atividades na instituição. Eles iniciaram o movimento grevista no mesmo dia em que começou a greve dos professores.

 

Ao contrário dos docentes, os técnicos aceitaram a proposta do Governo Federal, que se comprometeu a dar reajuste de 10,8% sobre os salários parcelados em dois anos e a adequar os auxílios da classe. A greve dos técnicos durou 131 dias.

 

INSS

 

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Mato Grosso deflagraram greve em 7 de julho. No Estado, cerca de 80% dos trabalhadores do órgão aderiram à greve.

 

A classe solicitava reajuste salarial de 27%, além de melhores condições de trabalho, incorporação da gratificação dos servidores, equiparação do salários dos servidores aposentados aos que estão em exercício e a realização de concurso público.

 

Mais de 80 dias após o início do movimento, no final de setembro os servidores resolveram seguir o comando nacional do INSS e decidiram pôr fim à paralisação.

 

Para evitar sanções no futuro, os trabalhadores acabaram aceitando a proposta feita pelo Governo Federal, de reajuste salarial correspondente a  10,8%. O valor será pago em duas parcelas, sendo a primeira em agosto do 2016 e, a segunda, em janeiro de 2017.

Marcus Mesquita/MidiaNews

Greve Detran

Servidores do Detran-MT afirmaram que tiveram dificuldades de dialogar com Governo Estadual

 

Durante o período de greve, mais de 300 mil atendimentos deixaram de ser feitos pelo órgão.

 

Detran-MT

 

Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Mato Grosso decidiram iniciar greve em 26 de outubro. A principal reivindicação da classe era de que todos os aprovados no concurso público do órgão fossem nomeados.

 

A nomeação total dos aprovados, conforme a proposta do Governo Estadual, ocorreria somente em  2018.

 

Além dos aprovados no concurso, a classe também pedia a implementação da política de saúde e segurança do trabalhador e do Programa de Formação e Qualificação para o Sistema Nacional de Trânsito e Publicação do Manual de Procedimentos da autarquia.

 

Outros itens referentes à infraestrutura do órgão e ao cumprimento do banco de horas também foram reivindicados.

 

A paralisação foi declarada ilegal pela Justiça no dia 29 de outubro. O sindicato foi notificado no dia 3 de novembro.

 

Os trabalhadores chegaram a encerrar o movimento durante 10 dias, porém o retomaram, alegando que não conseguiram ter suas demandas atendidas.

 

Após a retomada da greve, a categoria decidiu encerrar o movimento em 9 de dezembro.

 

Segundo os trabalhadores, o fim da paralisação foi decidido para atender pedido dos deputados estaduais, que se comprometeram a intermediar o diálogo entre o Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran-MT) e o Governo do Estado.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

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