Secretário defende Emanuel e chama dirigente de "bajulador"

O secretário especial de Saúde Indígena do Governo Federal, Rodrigo Rodrigues (PMDB), afirmou que o presidente municipal do PSB, Suelme Evangelista não tem “condição moral” para criticar o candidato a prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB).

O dirigente do PSB, que é secretário de Estado de Agricultura Familiar, criticou Emanuel classificando as propostas de sua campanha como “ficção científica” e “viagem lisérgica”.

Segundo Rodrigues, a campanha de Emanuel tem outro tom, o de reunificação do país, mesma agenda, segundo ele, do presidente Michel Temer (PMDB).

O que Emanuel está buscando não é a agressão, a baixaria, mas, sim, a unificação de todos em torno de um projeto melhor para Cuiabá

“A candidatura do Emanuel está sendo pautada dentro de uma nova ordem nacional, do pós-processo de impeachment. A unificação é o que o Michel e todas as pessoas à frente desse processo de mudança nacional estão pregando”, disse.

“O que Emanuel está buscando não é a agressão, a baixaria, mas, sim, a unificação de todos da cuiabania em torno de um projeto melhor para Cuiabá. É isso que ele busca, não é a raiva, não é a discórdia, é a união”, afirmou.

"Sem moral"

Rodrigues ironizou as críticas de Evangelista e fez pontuações sobre o secretário de Estado.

“O Suelme não tem condições morais para criticar Emanuel. Ele já tentou duas vezes ser eleito e não conseguiu, o que mostra que ele não tem voto nem representatividade. É preciso dizer que ele só ascendeu aos cargos que ocupou meramente por bajular patrões. É um puxa-saco convicto. No mais, lisérgico é o Suelme, que é funcionário público, defender um governo que trata o funcionalismo como cachorro”, disse.

Para o secretário, Suelme ainda se mostra “incoerente” por pertencer ao núcleo duro da campanha de Wilson Santos (PSDB). Segundo Rodrigues, até há pouco tempo, Suelme e outros membros do PSB faziam “críticas pesadas” ao tucano.

Suelme não tem condições morais para criticar Emanuel. Só ascendeu aos cargos que ocupou meramente por bajular patrões

“Em minha opinião quem tomou LSD foi ele. E esse LSD destruiu parte do cérebro dele, onde são armazenadas as memórias. Me lembro bem do próprio Suelme, na campanha do Mauro, fazendo duras criticas, inclusive de baixo nível, contra Wilson Santos. As palavras que ele mais utilizava para classificar o Wilson era mentiroso, demagogo e incompetente”, afirmou.

“Até dias atrás, se mantinha uma ojeriza contra Wilson Santos. Então, o que é psicodélico e surreal é o fato de um cara demagogo e mentiroso, do dia para noite, se transformar. Mas até entendo que dentro desse universo de ‘Alice no País das Maravilhas’ em que o Suelme vive, se manifeste de forma contraditória e raivosa para defender seu cargo”, disse.

Citando o trecho em que Suelme diz que a campanha de Wilson é a única “concreta”, Rodrigo Rodrigues afirmou que o que há de concreto no tucano são os "prejuízos do Rodoanel, os R$ 200 milhões perdidos após a Operação Pacenas e os bens bloqueados de Wilson".

“Suelme faz parte de um governo sem rumo, sem pauta, com agenda confusa e que não está conseguindo sair do lugar. Faz parte de um governo que durante o dia prega honestidade, mas à noite se esbalda, compartilhando a mesa com quem responde a diversos processos. Um ex-secretário, inclusive, está na cadeia”, completou.

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