Santa Casa

Apesar das graves dificuldades financeiras, a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá chega aos seus 200 anos de fundação, em 2017, vivendo um momento novo em sua história.
Atendendo quase mil pacientes por mês e 12 mil por ano, o hospital filantrópico conseguiu reduzir seu déficit mensal em 50% em 2017. Isso graças a um esforço administrativo para elevar receitas e cortar despesas.
Em entrevista ao MidiaNews nesta semana, a nova administradora-geral da unidade, Vivian Arruda, de 36 anos, conta como está conseguindo fazer essa reestruturação financeira.
"Hoje a estrutura é enorme. Se não tiver uma organização administrativa para manter uma estrutura dessas, se não tiver uma metodologia para geri-la, não vai para frente", diz.
A Santa Casa arrecada mensalmente em torno de R$ 3,5 milhões pelo SUS [Sistema Único de Saúde] e R$ 500 mil de convênios e particulares.
Advogada por formação, Vivian já foi secretária de Administração de Várzea Grande e secretária-adjunta das Cidades e de Cultura Esporte e Lazer, ambas no Estado.
Segundo ela, a “Santa Casa ainda está na “UTI” e sua maior dívida hoje é com a concessionária Energisa - de R$ 12 milhões.
Confira os principais trechos da entrevista:
MidiaNews – Todos já estão acostumados a ouvir desde sempre sobre as dificuldades da Santa Casa. Neste exato momento, seria exagero afirmar que a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá ainda está na UTI [Unidade de Terapia Intensiva]?
Vivian Arruda – Não. Não seria. A Santa Casa de Cuiabá ainda está na UTI. Eu fui para Santa Casa a convite do presidente, doutor Antonio Preza, para levar um novo modelo de gestão. Porque hoje a estrutura é enorme. Se não tiver uma organização administrativa para manter uma estrutura dessas, se não tiver uma metodologia para geri-la, não vai para frente.
A Santa Casa recebe recursos do SUS – uma proporção de 90% da sua receita -, mas geralmente recebe esses recursos com duas competências atrasadas. E possui uma folha que todo mês tem que ser paga. E ela recebe doações, que basicamente são canalizadas para investimento. Se você não consegue gerir a prestação do seu serviço de forma eficiente, ainda em função do atraso de repasses, de receitas de convênios, com isso você ainda está na UTI.
Alair Ribeiro
"Eu fui para Santa Casa a convite do presidente Antonio Preza para levar um novo modelo de gestão"
MidiaNews – Nós podemos falar de números? Quanto a Santa Casa está arrecadando e quanto está gastando?
Vivian Arruda – Hoje a Santa Casa arrecada em torno de R$ 3,5 milhões pelo SUS e em torno de R$ 500 mil de convênios e particulares. Esses valores são mensais.
O Hospital atende quase todos os convênios. Inclusive a gente está retrabalhando as tabelas para trazer a proporção do SUS e convênios para, no mínimo, 60% e 40%.
MidiaNews – O atraso no repasse se dá em que momento dessa operação?
Vivian Arruda – O fluxo funciona da seguinte maneira: a Santa Casa atende, fatura e leva as contas para a Secretaria de Saúde do Município. A Secretaria recebe recursos do Estado, que paga esse atendimento do SUS através de um contrato. Por isso, nós somos a retaguarda do Pronto-Socorro, UTI pediátrica, neonatal e adulto, internação clínica e cirúrgica do SUS. Nós trazemos toda a retaguarda de UPA (Unidade de Pronto Atendimento), policlínicas... Hoje nós temos 65 leitos para atender só o Pronto-Socorro.
Então, assim que a gente fatura os nossos repasses, eles são encaminhados para a Prefeitura. E lá dentro [da Prefeitura] é feito um trâmite de auditoria para saber se realmente os atendimentos foram realizados, o que foi cobrado, se a tabela cobre. E só depois isso é pago. Mas isso é pago somente quando a Secretaria recebe do Governo do Estado. E geralmente esse repasse todo entre Secretaria e Estado tem um atraso de dois meses.
MidiaNews – Então esse atraso é considerado normal?
Vivian Arruda – Não, não é. Mas é uma rotina que se estabeleceu por muitos anos e que é uma das causas da deficiência financeira.
MidiaNews – A Secretaria Municipal faz o trabalho dela com agilidade?
Vivian Arruda – Sim. O problema está no recurso do Governo do Estado. Hoje as unidades filantrópicas já se mobilizaram no sentido de procurar o governador Pedro Taques para falar da dificuldade de arrecadação. Esse problema foi se prolongando e chegou num estágio em que as filantrópicas têm dificuldade de se manter. O SUS depende das filantrópicas. O Pronto-Socorro depende da Santa Casa, do Hospital Geral, do Santa Helena. E se a gente não tiver dinheiro, não tem medicamento. Se não tiver dinheiro, não tem pessoas trabalhando.
Alair Ribeiro
"O SUS depende das filantrópicas. O Pronto-Socorro depende de nós, do Hospital Geral, do Santa Helena"
O nosso trabalho é filantrópico, mas tem um custo. É beneficente, mas tem que se manter.
MidiaNews – Atualmente o atraso no repasse é de quanto?
Vivian Arruda – A gente ainda tem dívidas de dezembro a receber. Nós estamos com uma parte atrasada de UTI. E de janeiro, que temos ainda para receber R$ 1.749.669, referentes a leitos de retaguarda – que é o contrato que atende basicamente as transferências do Pronto-Socorro. A ainda falta de janeiro, que é de R$ 656 mil. Então a gente fechou fevereiro com R$ 2,5 milhões em atrasados a receber, mais ou menos.
MidiaNews – A senhora havia falado de receita, mas ainda não citou as despesas. Em quanto está a despesa e qual é o tamanho do rombo?
Vivian Arruda – A Santa Casa tem um histórico de dívidas. Tem uma dívida imensa com fornecedores - em torno de R$ 13 milhões ou R$ 14 milhões. Tem uma folha bruta de R$ 1,9 milhão, mais uma folha de médicos, em torno de R$ 1,5 milhão. Há ainda as despesas com o custeio, como medicamentos, que gira entorno de R$ 900 mil. Fora a energia elétrica, que estamos em processo de negociação com a Energisa. Só o nosso débito com eles - já judicializados, com execução e bloqueio de conta - está em torno de R$ 12 milhões.
Então tem muita coisa a fazer. A Santa Casa pode expandir, mas ela precisa se organizar. Esse é o propósito da minha vinda. Nós arrecadamos por mês cerca de R$ 3,5 milhões com o SUS, mais R$ 500 mil de convênios, o que dá em torno de R$ 4 milhões. Sendo que são R$ 2 milhões de folha e mais R$ 1,5 milhão com médicos. Então só aí já dá 3,5 milhões.
No ano passado, eu não estava lá ainda, mas o déficit mensal girou em torno de R$ 1 milhão por mês. Hoje, em função da mudança de alguns fluxos de trabalho, essa deficiência já caiu pela metade.
MidiaNews – A Santa Casa é beneficente em que sentido? Por que os médicos que estão lá recebem?
Vivian Arruda – A Santa Casa é uma entidade que não visa lucro. Ela faz o trabalho do atendimento para aquela pessoa carente, e somos remunerados pelo SUS. Ela visa a autossustentação. A gente pode atender particular e convênio. Isso não tira a característica da filantropia e da beneficência. Porque, na realidade, a tabela do SUS, ela sozinha, não mantém o hospital.
Agora, por exemplo, a Prefeitura nos deu a permissão para trabalhar com a cardiologia. Lá dentro hoje nós temos um centro de hemodinâmica dos mais modernos do Centro Oeste. E é novo. Foi uma luta de quase três anos para que a Prefeitura habilitasse a Santa Casa para isso, o que só aconteceu agora no segundo mês de 2017. Tem equipamentos de cirurgia cardíaca que custam cerca de R$ 900 mil, que o SUS paga, mas recebemos com um delay [atraso] de dois meses. A Santa Casa - e qualquer hospital - para manter cirurgia e internação tem que ter o mínimo de capital de giro para comprar esses equipamentos, pois só vai receber por ele depois.
MidiaNews – Essa verba que o Estado tem que pagar vem do Governo Federal? Ou ele não ajuda em nada?
Vivian Arruda – As fontes que compõem os recursos da Saúde têm repasses federais também. E a gente tem também a ajuda de vários deputados. As emendas parlamentares reequiparam e reconstruíram a Santa Casa.
No ano passado, vieram mais ou menos de R$ 6 milhões a 7 milhões [em emendas] para a Santa Casa. Recebemos emendas dos deputados Valtenir Pereira (PMDB), Victório Galli (PSC) e do ex-deputado Eliene Lima (PSD). Recebemos emendas também da Assembleia.
Uma das emendas foi, inclusive, responsável por equipar o novo centro cirúrgico. Foi todo repaginado e ampliado. Eram oito e hoje são dez.
MidiaNews – A Santa Casa está no “vermelho” ainda?
Alair Ribeiro
"Hoje a Santa Casa conseguiu diminuir em 50% o déficit mensal. A gente tinha um déficit de quase R$ 1 milhão, hoje estamos em média com R$ 650 mil mensais"
Vivian Arruda – Hoje a Santa Casa conseguiu diminuir em 50% seu déficit mensal. A gente tinha um déficit de quase R$ 1 milhão e hoje estamos em média com R$ 650 mil mensais. Acumulado é de R$ 12 milhões de 2016 para 2017.
MidiaNews – O que seria possível fazer para resolver esse passivo? Seria um trabalho de conscientização social? Pensam em fazer alguma campanha?
Vivian Arruda – A minha grande preocupação é que a Santa Casa se reorganize em termos de gestão. Porque eu não posso trazer dinheiro em um ambiente que ainda não está preparado para gerir a quantidade de recursos que ela tem potencial para captar. Eu acho que, durante esses últimos anos, o resgate da credibilidade da Santa Casa, com a ajuda da imprensa, dos deputados e um trabalho com próprio doutor Antonio Preza - que tem uma credibilidade muito grande dentro da área médica - fez com que a Santa Casa fosse reacreditada. Só que a gente precisa se reorganizar em termos de gestão. Chegamos a conclusão de que é necessário. Então buscou-se profissionais especializados no mercado – e eu não estou falando só de mim, estou falando de outros profissionais que foram agregados para fazer esse trabalho.
Os processos foram repaginados, mapeados. Estamos trazendo novas oportunidades, novos projetos, como a Clínica da Mulher, transplante de medula óssea, residência médica, a nova UTI.
Mas eu acho que um dos grandes incentivos financeiros para essa mudança veio da abertura de possibilidade de emendas parlamentares de custeio. Antes as emendas eram direcionadas apenas para investimento em equipamentos. Hoje já existe a possibilidade das emendas de custeio. Então já recebemos uma emenda de R$ 2,3 milhões do deputado Valtenir Pereira, que nos deixou organizar melhor a questão de compras.
MidiaNews – São quantos funcionários? E leitos?
Vivian Arruda – São 700 funcionários, entre enfermeiros e da área administrativa, fora os médicos, que são autônomos.
De leitos, nós temos 296, entre estes de UTI, internação clínica, cirúrgica, UTI neonatal, entre outros.
MidiaNews – Com esse déficit do ano passado, como manter a qualidade do serviço?
Vivian Arruda – Eu vou explicar o que acontece. A Santa Casa basicamente se manteve com a folha de pagamento e medicamentos. Eu tenho que ter enfermeiro trabalhando, medicamento e material cirúrgico hospitalar. Então esse serviço se conseguia manter. Mas já chegou a atrasar salários, muitas vezes, de médicos e plantonistas. No final de 2016, a Santa Casa conseguiu trazer o incremento através da Caixa Econômica Federal, além de algumas emendas – entre elas uma de custeio, como eu disse, do deputado Valtenir. Então se conseguiu começar a reorganizar a Casa. Enfim conseguimos manter o serviço, mas com muitas dívidas. A Santa Casa conseguiu construir a credibilidade, inclusive temos muito fornecedores que mantiveram o serviço mesmo diante de atrasos e dificuldades.
Agora, como conseguimos manter a qualidade do serviço é uma pergunta que não tem parâmetros para responder. Entretanto, hoje nós temos uma clínica de nefrologia pediátrica que o Estado nunca sonhou em ter. Nós conseguimos mantê-la com recursos do show do [cantor] Alexandre Pires realizado ano passado, que foi doado pelo senador Cidinho (PR), com um lucro de R$ 120 mil. Faltaram mais R$ 80 mil, que inteiramos. Este ano ele [Cidinho] está trazendo o [também cantor] Daniel no dia 7 e 8 [de abril], que vai beneficiar duas instituições – Hospital do Câncer e a Santa Casa.
Então é assim que conseguimos manter a qualidade, com a ajuda do Núcleo de Doações e Voluntariado. É o filtro da ação, dos eventos, ações sociais e da mobilização da sociedade.
O dinheiro vem de vários canais, como multas pecuniárias do Judiciário, que recebemos em torno de R$ 15 mil por mês. Houve os recursos da Operação Ararath, que proporcionaram a construção da nefrologia infantil e do novo necrotério. A doutora Vanessa [Sacarmagnani], do MPF, também esteve lá para trazer mais recursos para trabalhar os telhados.
Alair Ribeiro
"Em 2016 nós tivemos cerca de mil internações por mês"
Hoje temos uma despesa de energia elétrica de R$ 130 mil e uma dívida enorme de R$ 12 milhões, que está dependendo de uma negociação, da isenção do ICMS, com o Governo do Estado. A Santa Casa não tem nada de isenção. Estamos dependendo de uma lei que isenta todas as entidades filantrópicas de pagar o ICMS. Essa lei foi aprovada em setembro do ano passado, sancionada, mas precisa ser regulamentada por um decreto, que ainda não foi publicado. Essa aprovação seria uma forma de diminuir a conta de energia e refinanciar a dívida que temos com a Energisa, porque eles estão dispostos a renegociar.
MidiaNews – Qual foi o número de atendimentos que a Santa Casa fez ano passado ?
Vivian Arruda – Em 2016 nós tivemos cerca de mil internações por mês. O centro cirúrgico funciona com média de 50 cirurgias por dia. Então tivemos uma média de 12 mil atendimentos por ano.
MidiaNews – A Santa Casa é um hospital que não tem um histórico de infecções não é mesmo?
Vivian Arruda – A gente tem um setor de qualidade em controle de infecção hospitalar, que trabalha em parceria com o setor de segurança do paciente e educação continuada. A gente trabalha com várias questões relacionadas a infecção hospitalar de forma preventiva. Então existe um baixo índice de infecção hospitalar na Santa Casa.
MidiaNews – A senhora falou que a maior parte dos recursos da Santa Casa vem do SUS. Uma queixa recorrente é com relação aos valores da tabela. Como está isso? Continua muito defasado? Pode fazer uma comparação de preços?
Vivian Arruda – Sim. Um exemplo: uma simples cirurgia de hérnia custa R$ 900 no particular e o SUS paga R$ 203. Então a defasagem se aproxima de 80%.
MidiaNews – E os convênios? Estão pagando um preço aceitável?
Vivian Arruda – Existem convênios e convênios. A avaliação tem que ser feita não só pela tabela, mas pelo fluxo de atendimento. Porque às vezes você tem um convenio cuja a tabela é muito baixa, mas é um convênio que tem muito fluxo de atendimento. Então acaba que tendo um lucro e rentabilidade boa. É isso que a gente avalia.
MidiaNews – A defasagem afugenta os bons profissionais médicos?
Vivian Arruda – Bons profissionais eu digo que não, porque a Santa Casa tem muitos bons profissionais, muitos médicos que são referências no mercado. A equipe médica é muito boa. Mas talvez desestimule.
MidiaNews – Hoje os funcionários estão com os salários atrasados?
Vivian Arruda – Não. Desde dezembro a gente tem conseguido manter o salário em dia. O que estava atrasado era com fornecedores, mas não está mais. E muitos, inclusive, estamos voltando a renegociar em função da redução do déficit financeiro.
Mas ainda tem muita coisa para acontecer. Nós temos tido uma parceria muito boa com a Prefeitura. Sem dúvida eles agora têm priorizado a questão da urgência na Saúde. Não estamos tendo dificuldade de acesso, de repasse, nem de diálogo. Existe hoje uma priorização. Agora o que existe é uma necessidade de regularização dos repasses por parte do Governo do Estado. E aí a gente precisa reduzir esse prazo, porque as despesas não esperam. Hoje, como a Santa Casa não tem mais crédito no mercado, a maioria das nossas compras tem que ser à vista. E a gente teve que fugir das farmácias normais e partir para grandes distribuidores, inclusive fora, comprando à vista, para tentar reorganizar nosso fluxo de caixa, para fazer sobrar dinheiro, para que a gente consiga cumprir alguns compromissos.
MidiaNews – Como as pessoas podem ajudar a Santa Casa ?
Vivian Arruda – Pode procurar o nosso Núcleo de Doações na Santa Casa, que funciona em horário comercial. Tem toda uma equipe preparada para filtrar essa demanda de doações de produtos ou dinheiro. Também pode ligar no telefone (65) 3051-1946.
Além disso, temos o site santacasacba.com.br . Lá há uma conta bancária para depósito.
É importante lembrar que dificilmente uma pessoa chega dizendo que quer doar R$ 10 mil, por exemplo. Não é assim. Por isso precisa haver esse engajamento de todos os parceiros, seja da imprensa ou das famílias de Cuiabá, que já fizaram muito pela Santa Casa.
MidiaNews – Há pouco tempo houve um bate-boca entre a direção da Santa Casa e a Prefeitura sobre repasses, ainda na administração de Mauro Mendes. Aquele impasse já foi resolvido?
Vivian Arruda – Desde que eu cheguei à Santa Casa, ninguém falou mais sobre isso. Então imagino que sim. Que eu saiba foi repassado. O ex-prefeito não deve nada. O que houve foi justamente esse impasse no atraso.
MidiaNews – Nós estamos no quarto secretário de Saúde do Estado em dois anos. Essa inconstância prejudica vocês de alguma forma?
Vivian Arruda – O secretário é o secretário. O sistema é um só, que perdura há décadas. Mas posso falar o que eu espero de Luiz Soares [que assumiu nesta semana]. Para mim, ele é um sopro de esperança para a Saúde de Mato Grosso. E digo isso não porque eu trabalhei com ele em Várzea Grande.
Alair Ribeiro
"Uma das primeiras característica para trabalhar com saúde, é você ter coragem, é você trabalhar todos os dias o sentimento mais fácil de desenvolver, para não desenvolvê-lo, que é a indiferença"
Uma das principais características para trabalhar com Saúde é você ter coragem, é você trabalhar todos os dias o sentimento mais fácil de desenvolver, para não desenvolvê-lo, que é a indiferença. Eu acho que ele é a esperança. Acho que ele vai conseguir alternativas, porque ele é visionário em termos de Saúde e de políticas públicas de Saúde. Mas também muito completo na visão administrativa, porque tem experiência. Tenho certeza que ele vai ser um norte muito feliz para o Governo.
MidiaNews – Mas ele não é muito querido pelos médicos, não é mesmo? Por causa do tempo em que esteve na Secretaria de Cuiabá.
Vivian Arruda – Médicos são uma questão à parte. Temos que discutir aqui a receita do hospital. Porque sem essa receita para Saúde, ninguém trabalha bem. Hoje, se eu não pagar médico, eu não tenho paciente. Então eu preciso do recurso. Penso que ele está lá como gestor para conseguir estabilizar essa situação financeira, especialmente com as filantrópicas.
MidiaNews – Esse ano vocês já tiveram alguma reunião com o governador Pedro Taques?
Vivian Arruda – Neste ano ainda não. Mas o CAHF (Comitê de Apoio aos Hospitais Filantrópicos) é um comitê que está sendo criado com essa rede de voluntários da Santa Casa, com empresários, político. E esse comitê já está pleiteando, não a Santa Casa em si, mas todos os hospitais filantrópicos, para se reunir com o governador na próxima semana.
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6 Comentário(s).
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José Luiz Siqueira 28.03.17 10h23 | ||||
A Santa Casa agora tem tudo pra ter suas finanças regularizadas. A Vivian é muito competente e focada, fez um brilhante trabalho em Várzea Grande, tenho certeza que fará a diferença nessa instituição que tanto precisa de gestão. | ||||
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Adriane De Lamonica 27.03.17 15h28 | ||||
com você a frente dessas atribuições tudo vai dar certo Vivian!!!Forca, Fe e Foco! | ||||
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carlos 27.03.17 07h56 | ||||
Grande Vivian! Torço pra ter sucesso aí, grande abraço! | ||||
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Fabricio 26.03.17 05h13 | ||||
A Santa Casa não cansa de receber benefícios de toda ordem. Mas, continua prestando um péssimo serviço para quem a procura quando atendido. | ||||
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Eder 25.03.17 22h47 | ||||
VIVIAN, COMPETÊNCIA VC TEM, NO ESTADO JÁ DEMONSTROU ISSO... SANTA CASA EM BONÍSSIMAS MÃOS !! Parabenizo você !!! | ||||
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