Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a população brasileira, consequentemente, a mato-grossense está envelhecendo. Segundo projeções do órgão federal, em 2060, um quarto da população (25,5%) deverá ter mais de 65 anos. Nesse mesmo ano, o país teria 67,2 indivíduos com menos de 15 e acima dos 65 anos para cada grupo de 100 pessoas em idade de trabalhar (15 a 64 anos).
Estudos como estes são importantes para que os governos nas três esferas (federal, estadual e municipal) se preparem para os desafios que essa escalada do envelhecimento impõe. Entre eles, o pagamento da aposentadoria desse novo contingente de idosos. Exemplo disso tem sido a proposta da Reforma da Previdência.
Mas, se o governo entende que a reforma é imprescindível para garantir a estabilidade do país, acredito que também devem ser criadas medidas e estratégias voltadas para a segurança financeira e das condições de vida dessa população de forma a evitar injustiças trabalhistas e até mesmo riscos sociais.
As dificuldades vão além e envolvem soluções na área de saúde, acessibilidade e no mercado de trabalho, sendo imprescindível a garantia de políticas públicas que atendam essas pessoas, dando-lhes condições adequadas para exercerem seu potencial.
Atualmente, além de enfrentar alto índice de desemprego, inclusive, entre os mais jovens, o mercado de trabalho no país, das indústrias, grandes empresas aos pequenos estabelecimentos comerciais, não está preparado para empregar as pessoas mais idosas.
Mas, além de sentir produtivo e permanecer economicamente ativo, outra preocupação das pessoas é chegar à terceira idade em boas condições de saúde ou conseguir tratamento para os males típicos desta fase da vida. Pesquisas apontam que as limitações físicas entre os idosos decorrem da diminuição da visão e da audição e doenças, como a demência.
Portanto, os desafios para o sistema de saúde são imensos e políticas públicas na área também precisam ser aceleradas para que realmente atendam às pessoas da melhor idade, oferecendo melhor cuidado, assistência médica adequada e mais qualidade de vida.
JOANICE DE DEUS é jornalista em Cuiabá.
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1 Comentário(s).
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Orlando 14.09.18 13h16 | ||||
Realmente. São evidentes a escassez de políticas públicas voltadas a idosos no país e, em Mato Grosso. Cada vez mais, o país terá uma maior população idosa. Diferentemente, dos anos 80, onde a pirâmide etária era larga, ou seja, com muitos jovens, atualmente a pirâmide está estreita. Cada vez mais, o Poder público é demandado nos gastos com a saúde pública e previdência social. O pior é que, a crise econômica combinado com a má gestão dos recursos públicos vêm na contra-mão destas demandas sociais! | ||||
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