O sorriso de uma criança é tudo de bom. Para que ela cresça com dentes fortes e bonitos é necessário que os pais ajudem a praticar bons hábitos higiênicos. Isso inclui o flúor como componente importante para fortificar os dentes.
Porém, a quantidade de flúor precisa ser controlada para evitar futuros problemas, como a fluorose dental. Um distúrbio na formação dentária que se manifesta principalmente pela alteração de cor do esmalte.
A fluorose dentária pode ser detectada com a presença de manchas nos dentes, que normalmente apresentam uma forma irregular e podem ter várias tonalidades, o aspecto das manchas podem variar desde de dentes esbranquiçados e opacos, ou alguns traços brancos, até dentes mais escuros variando a cor de acastanhados e/ou marrons, , onde podemos averiguar a gravidade do acometimento.
Em alguns casos mais severos, podem observar irregularidade e perda de estrutura dentária, o esmalte se torna mais poroso e frágil, sendo assim mais susceptíveis à sensibilidade dentária e/ou dor. Algumas alterações comprometem a estética dos dentes em questão e podem interferir na autoestima do paciente.
A fluorose dentária origina-se da exposição excessiva de flúor ainda quando o dente está em formação, e pode ser causada por consumo de água excessivamente fluoretada, ingestão de dentifrícios fluoretados durante a escovação, ingestão prolongada de complementação vitamínica com flúor.
Ainda podemos ressaltar que além da ingestão do flúor podemos associar a severidade do caso a algumas relações corporais como baixo peso, taxa de crescimento, estado nutricional e alterações de atividade renal.
Devemos observar que a escovação frequente e diária não é fator suficiente para o desenvolvimento da fluorose, o motivo para desenvolvimento dessa patologia seria a ingestão prolongada da própria pasta de dente com níveis altos de flúor.
Por esse mesmo motivo devemos observar a quantidade de flúor existente nos dentifrícios adequados para cada idade. Referimos que as causas apresentadas somente são válidas apenas em idades em que há a formação dos dentes, ou seja, em crianças.
A fluorose não é uma doença contagiosa ou transmissível, não se “pega” e nem se “passa” de uma pessoa para outra, mas podemos observar em grupos de pessoas, devido aos causadores já especificados.
O diagnóstico de fluorose dentária é realizado pelo dentista, através de observação clínica e histórico do paciente.
Antes de iniciar qualquer tratamento, é necessário confirmar que o dente não apresenta qualquer outro tipo de patologia, como cárie. A fluorose dentária não desaparece com o passar da idade, mas existem tratamentos que permitem diminuir ou ocultar, e em alguns casos até extinguir as manchas que aparecem no esmalte dos dentes, melhorando a forma e estética dentária, além de melhorar a saúde e auto estima do paciente.
CAROLINA RAMAZOTI é especialista em odontopediatria.
ERNANI CAPOROSSI é especialista em dentística restauradora e prótese dental, mba em gestão em saúde, membro fundador da sociedade brasileira de odontologia estética (sboe), da academia brasileira de osseointegração (abross) e da sociedade brasileira de reabilitação oral (sbro). Há 35 anos atende em cuiabá em clínica privada.
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