Policial civil diz que agiu com "insensatez" e pede perdão

O investigador Ailton Afonso Batista divulgou nota nesta segunda-feira (30) em que diz ter agido com insensatez e pede perdão pela agressão a um idoso de 91 anos, na última sexta-feira (27), dentro de uma agência bancária em Cuiabá.

A nota foi divulgada pelo Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso (Sinpol).

"Eu peço perdão à vítima e seus familiares, à minha família e à comunidade mato-grossense por cometer tal insensatez", diz trecho de nota.

O caso veio à tona após a divulgação de um vídeo do desentendimento entre a vítima e o policial, que acaba empurrando o idoso violentamente. A agressão ocorreu em uma agência da Caixa Econômica Federal, na Avenida Fernando Correa.

Nas imagens, é possível ver a vítima se aproximando do policial, na fila dos caixas eletrônicos.

Neste momento, o policial se vira e o idoso diz algumas palavras. Ele aponta o dedo para o policial e grita: “Você não encosta em mim, não!”.

No mesmo instante, o policial empurra a vítima, que cai no chão. Ele ainda gritou para o idoso “calar a boca”.

O vídeo ainda mostra clientes do banco ajudando a vítima a se levantar e tentando acalmar a situação.

Após a briga, o policial saiu em uma viatura da Polícia Civil. A vítima chegou a registrar um boletim de ocorrência contra o policial.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o idoso já foi ouvido e passou por exame de corpo delito. Já Ailton deve se apresentar para prestar esclarecimentos sobre o caso ainda esta semana.

Na nota o investigador fala que ele e sua família vêm sofrendo muito com a repercussão do caso.

"Eu estou convencido de que deveria ter agido com a razão, em vez de me deixar levar pela emoção, pois é esta a postura que se espera de um policial civil com 51 anos de idade. E devo admitir, por último, que eu e meus familiares temos sofrido demais com esse episódio. Mas tenho, também, aprendido muito com ele. Hoje, definitivamente, eu não agiria daquela forma, e peço desculpas a todos", diz trecho de nota.

O investigador, além de responder a um inquérito aberto na Corregedoria, poderá ser indiciado criminalmente por agressão.

Integra da nota

A respeito de um incidente em que eu abordo de forma agressiva um cidadão no interior de uma agência bancária, amplamente divulgado nas redes sociais, eu peço PERDÃO à vítima e seus familiares, à minha família e à comunidade mato-grossense por cometer tal insensatez.

Eu estou convencido de que deveria ter agido com a razão, em vez de me deixar levar pela emoção, pois é esta a postura que se espera de um policial civil com 51 anos de idade.

É preciso lembrar, também, que o desempenho da função policial sofre uma sobrecarga de serviço que significa trabalhar sob pressão, principalmente em um momento em que os policiais são vítimas de tamanha violência em nosso país. Porém, nada justifica a minha falha.

Contudo, antes de ser policial civil, eu também sou um ser humano sujeito a erros como qualquer outra pessoa. E eu estou ciente do meu erro e preparado para responder pelo que fiz.

E devo admitir, por último, que eu e meus familiares temos sofrido demais com esse episódio. Mas tenho, também, aprendido muito com ele. Hoje, definitivamente, eu não agiria daquela forma, e peço DESCULPAS a todos.

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