O agropecuarista e candidato derrotado ao Senado Carlos Fávaro (PSD) deverá protocolar, nesta semana, na Justiça Eleitoral, um pedido de impugnação do registro de candidatura da senadora eleita Selma Arruda (PSL). A informação foi confirmada por ele ao MidiaNews.
"Estamos montando o processo, vamos falar disso mais para frente. Minha assessoria irá informá-los", resumiu.
Segundo apurou a reportagem, ele já constituiu duas bancas renomadas de advogados em Brasília, que preparam a ação contra a juíza aposentada.
Selma foi eleita como a mais votada do pleito, com 24,65% dos votos. Ela foi seguida por Jaime Campos (DEM), que ficou com 17,82%. Fávaro ficou em terceiro, com 15,80%.
Não há um consenso sobre o que deve acontecer em caso de cassação de senador eleito. Existe uma corrente de juristas que defendem a necessidade de nova eleição, enquanto outra acredita que o terceiro colocado deva assumir o cargo.
A ação deverá ter como base informações contidas no processo movido pela empresa de publicidade Genius Produções Cinematográficas, do marqueteiro Junior Brasa, que cobra R$ 1,1 milhão por conta de um contrato rompido por Selma na campanha.
No processo, o marqueteiro anexou cheques e pagamentos feitos no período de pré-campanha, o que pode configurar gastos de forma irregular.
Alair Ribeiro/MidiaNews
A senadora eleita Selma Arruda, que deve ser alvo de ação de adversário
A senadora do PSL também já responde a outro processo, pelas mesmas razões, movido pelo advogado e candidato derrotado ao Senado Sebastião Carlos (Rede). A ação foi protocolada uma semana antes do dia da eleição.
Em seguida, o Ministério Público Eleitoral pediu quebra do sigilo bancário de Selma Arruda (PSL) e de seu suplente, Gilberto Possamai (PSL), mas a solicitação foi negada. O órgão, entretanto, foi inserido no processo de Sebastião Carlos.
Em resposta, Selma apresentou notícia-crime, por calúnia e difamação, contra o empresário e marqueteiro Junior Brasa e disse ter sido vítima de uma “quadrilha que praticou extorsão”.
Destaque na Folha
A jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, também trouxe informações sobre a ação de Fávaro, afirmando que Selma foi acusada de prática de caixa 2 na campanha.
Ela citou que a ex-juíza é conhecida como o “Moro” do Estado - em referência ao juiz federal Sérgio Moro, que comandou o julgamento em primeira instância dos crimes identificados na Operação Lava Jato - por ter mandado prender empresários e políticos em Mato Grosso.
Questionada por Bergamo, Selma disse: “É a mesma coisa que vocês [jornalistas] acusaram o Bolsonaro, né? Pode colocar o que você quiser porque eu não vou nem ler”. (Leia AQUI)
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9 Comentário(s).
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hellen rodrigues 25.10.18 08h36 | ||||
Aceita que doi menos.... É a vontade do povo!!! | ||||
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SANDRO PVA 25.10.18 08h12 |
SANDRO PVA, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
MESAQUE LOPES 24.10.18 16h50 | ||||
O POVO ESCOLHEU SELMA, AGORA QUERER PEGAR VAGA DE QUEM FOI ESCOLHIDA COM MAIOR QUANTIDADE DE VOTOS, O QUE E ISSO FAVARO SE FOR CASSADA TEM QUE TER NOVA ELEICAO . AÍ SELMA COLOCA OUTRO NO LUGAR DELA E NOS ELEGEMOS DENOVO. | ||||
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Luciano 24.10.18 13h03 | ||||
As regras são para todos os candidatos, se existe uma denuncia sobre caixa dois e problemas na formação da chapa deve ser sim investigado pois a lei e as regras são para todos. Deveria dar o exemplo pois um ex magistrado sabe bem o que e certo e o que e errado. | ||||
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Marcelo 24.10.18 12h54 | ||||
Arthur, no estado democrático de direito, se houver uma decisão judicial cassando o registo da candidatura e/ou mandato, independente da quantidade de votos do eleito, ela deve ser respeitada/cumprida... se não concordar, recorra. | ||||
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