Cuiabá, Sexta-Feira, 5 de Dezembro de 2025
AÇÃO CONTRA A CRISE
30.05.2016 | 16h00 Tamanho do texto A- A+

Lei Orçamentária reduz em 15% o duodécimo dos poderes

Acordo foi definido após uma reunião, de 4 horas, entre o governador e os chefes da AL, TJ, TCE e MPE

Gcom-MT

O governador Pedro Taques e os chefes dos poderes e instituições, em reunião no Palácio Paiaguás

O governador Pedro Taques e os chefes dos poderes e instituições, em reunião no Palácio Paiaguás

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 será enviada para a Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (30), com um corte de 15% no duodécimo (repasses constitucionais) dos poderes e instituições do Estado.

 

O acordo de redução foi definido após uma reunião, de quatro horas, no Palácio Paiaguás, entre o governador Pedro Taques, os presidentes da Assembleia, Guilherme Maluf (PSDB), do Tribunal de Justiça, Paulo da Cunha, do Tribunal de Contas, Antonio Joaquim, e do chefe do Ministério Público Estadual, Paulo Prado.

 

“Eu apresento a LDO com uma diminuição projetada de 15% do duodécimo de cada uma das instituições. Mas, pelo dever de lealdade, quero dizer que isso ainda será debatido de forma independente pela Assembleia Legislativa e internamente entre os poderes e instituições com suas equipes técnicas”, disse Pedro Taques.

 

Apresento a LDO com uma diminuição projetada de 15% do duodécimo de cada uma das instituições. Mas isso ainda será debatido pela Assembleia Legislativa

Segundo o governador, a redução é necessária diante do cenário de recessão econômica nacional. Ele classificou o acordo como “inédito” no Brasil.

 

“A razão desta reunião é para que possamos dar continuidade ao que estamos chamando de Pacto por Mato Grosso. O Estado está em uma situação econômica que não é diferente do Brasil todo, que passa por uma crise. Eu expus aos presidentes dos poderes as contas do Estado”, afirmou.

 

“Penso que o que estamos fazendo aqui seja algo inédito no Brasil. Ao menos aqui em Mato Grosso é inédito. A compreensão é de que vivemos um momento de crise, e de que Mato Grosso não é só o Poder Executivo. Temos que levar em conta que os outros poderes, no passado, fizeram o dever de casa e, agora, estamos buscando superar este momento”, completou.

 

Resistência dos deputados

 

Taques disse que conversou com 18 dos 24 deputados estaduais, nesta segunda-feira, para explicar a redução dos repasses.

 

Ele disse não temer resistência. Em 2015, diversos parlamentares criticaram o fato de o duodécimo do Legislativo ter sido o que menos recebeu aumento.

 

“Temos 24 deputados, 21 da base, mas não posso violar a independência do Legislativo. Cada deputado vota da maneira que entender. Hoje, falei com 18 deputados, explicamos a situação”, afirmou.

 

Apoio

 

Os presidentes da Assembleia, do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Contas, além do chefe do MPE, que estavam na reunião, ressaltaram o apoio à proposta para fazer frente à crise econômica.

 

O deputado Guilherme Maluf, entretanto, disse que os deputados devem apresentar emendas à LDO de 2017.

 

“Vamos debater internamente com os deputados, com a autonomia do Poder Legislativo. Se for necessário, vamos apresentar emendas. Entendemos que Mato Grosso precisa de um esforço conjunto de todos os poderes. Sabemos que essa crise não é só nossa, é nacional”, disse.

 

Já o conselheiro Antonio Joaquim disse que, além da redução dos repasses, o Governo precisa implementar uma nova reforma administrativa, de modo a não "estourar" mais a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

 

“No caso do Poder Executivo, já há um problema que é o fato de ter ultrapassado o limite da LRF em relação ao gasto de pessoal. E a projeção, se não tomarem providências, é que permaneça nos próximos anos. Então, nossa responsabilidade é maior porque temos que cobrar, mas também contribuir”, disse o conselheiro.

 

“O governador nos prometeu uma situação que achamos, absolutamente, necessária, que é a ampliação da reforma administrativa do Estado. São animadoras as propostas que serão encaminhadas. Essa reforma é imprescindível para que esse problema seja resolvido de forma sistêmica”, completou Joaquim.

 

Por fim, procurador-geral de Justiça, Paulo Prado afirmou que a redução só será aceita após análise da equipe interna de cada Poder.

 

“O governador nos convidou para esta reunião para dizer o que o Executivo hoje enfrenta, atravessa. Muitas vezes, até medidas tomadas pelo governo anterior, que engessou o Executivo e gerou uma dívida. Mas essa divida não foi gerada pelos poderes, pelo MPE. Todos estamos com as contas religiosamente em dia”, disse.

 

“Mas precisamos colaborar com o Executivo e com Mato Grosso. Então, vou levar esses números e a proposta para o Colégio de Procuradores, mostrar o que a equipe técnica do governo nos apresentou, porque não posso decidir sozinho, como todos aqui não podem decidir sozinhos”, afirmou.

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julio   30.05.16 17h18
O presidente da instituição tribunal de contas que nem poder é, deveria fazer reforma nessa instituição em que vários funcionários ganham mais que um governador, sem falar que ganham mais que muitas das outros autoridades, vai dar pitaco no seu quadrado,vai acabar com as mordomias que vcs tem, que acessaram o cargo não por concurso e sim por indicação política, até ai tudo bem, esse é o costume mas, chegar a um governador e dar palpite é estranho ou o governador esta amarelando.Fico chateado em saber que já votei nesse antonio.
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