“Poderia apontar 35 petistas presos”, diz Taques sobre delações

O governador Pedro Taques (PSDB) minimizou, em conversa com a imprensa nesta quinta-feira (20), no Palácio Paiaguás, as acusações de delatores da Odebrecht contra nomes da alta cúpula de seu partido.

O senador Aécio Neves, por exemplo, é citado por ter recebido frequentes pedidos de caixa 2. Segundo os depoimentos, ele era apelidado de 'mineirinho' e teria recebido R$ 15 milhões durante as obras da Cidade Administrativa, sede do governo de Minas, quando era governador. Outro citado foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Para Taques, todo agente político está sujeito a investigações.

Poderia citar aqui 35 petistas que estão presos. Tem petista de todo lado preso

“Eu não vou julgar, porque não vi os processos, não li os documentos. Todo cidadão que é político está sujeito à investigação. A investigação não significa condenação. Processo não significa condenação. E todo cidadão que é político está sujeito a isso”, afirmou.

Recentemente, o governador assinou uma nota das lideranças do PSDB em desagravo ao senador Aécio Neves.  À época, o parlamentar havia cito citado pela revista Veja como beneficiário de propina da Odebrecht.  

“Poderia citar aqui 35 petistas que estão presos, como, por exemplo, o João Vaccari Neto, que está preso e é ex-tesoureiro; Delúbio Soares está preso, ex-tesoureiro; José Dirceu está preso, ex-presidente do PT. Tem petista de todo lado preso”, disse Taques.

“Temos que dar o contraditório, a ampla defesa, para essas pessoas. A delação premiada, a colaboração, é um grande instrumento da investigação. Mas precisa ser provada no decorrer do processo”, completou.