Cuiabá, Sábado, 16 de Agosto de 2025
PROPOSTA NA AL
08.09.2016 | 09h23 Tamanho do texto A- A+

Projeto prevê monitoramento de água consumida nas escolas

Proposta obriga realização de análise mensal da água fornecida a estudantes e funcionários

Marcus Mesquita/MidiaNews

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Guilherme Maluf

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Guilherme Maluf

DA REDAÇÃO

Garantir a qualidade da água consumida por estudantes da rede pública e privada. Esse é o objetivo do projeto de lei nº 358/2016, apresentado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Guilherme Maluf (PSDB).

 

O projeto determina que as escolas públicas e privadas do estado realizem monitoramento mensal da água que é consumida pelos estudantes e dêem ampla divulgação ao resultado da análise.

 

“A água contaminada pode representar um perigo à saúde, causando diversas doenças, por isso é importante que haja uma rotina de vigilância da qualidade”, observou Maluf.

 

Nos casos em que a qualidade não atingir os limites recomendáveis, conforme parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, o uso e consumo da água ficará proibido, até que haja substituição ou tratamento desta, bem como elaboração de uma nova análise que ateste a sua qualidade.

 

Ainda nas situações em que o resultado da análise ficar abaixo do aceitável, a Vigilância Sanitária e o Ministério Público Estadual deverão ser notificados em um prazo máximo de 24 horas e a direção da escola terá que fornecer outra fonte de água potável aos alunos e servidores. Não sendo possível a substituição da fonte, as aulas deverão ser suspensas até a regularização da situação.

 

A pesquisadora e professora do Departamento de Engenharia Sanitária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Margarida Marchetto, considerou a proposta de “elevada importância”, uma vez que a água é um veículo de transmissão de várias doenças. 

 

“O consumo de água fora dos padrões de potabilidade pode causar mal-estar e diversas doenças. Além de doenças de importância primária, como a cólera e a leptospirose, existem outras advindas do uso prolongado de água com elevado teor de dureza, por exemplo, água com excesso de carbonato de cálcio ou de ferro”, explicou.

 

Conforme a pesquisadora, a única forma de evitar a contaminação e/ou a transmissão de doenças é através do monitoramento contínuo da água fornecida para abastecimento das escolas, mantendo-a dentro dos padrões de potablidade pré-determinados pelo Ministério da Saúde.

 

“Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente, por meio de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, deve ser objeto de controle e vigilância. Água de qualidade é sinônimo de saúde pública”, frisou.

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2 Comentário(s).

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Jana Baumgartner  08.09.16 17h25
Está deveria ser naturalmente uma regra cumprida por todos governos , em todas as instâncias, para o funcionamento dos equipamentos das redes de saúde, de ensino e todas mais. Mas claro que deve se começar por um seguimento . E na maioria das escolas publicas está situação é caracterizada por total descuido. Quando hsva no local equipamentos como bebefouto, faltam outros como caixas dágua adequadas, limpezas periódicas, encanamento adequado, aliás a manutenção deficitária é nítida quase sempre nas escolas.
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GERCINA LONDSTAIN  08.09.16 09h51
Muito boa a iniciativa, deputado, a maioria das escolas públicas tem bebedouros precários e ninguém sabe a qualidade, muitas vezes é agua de torneira mesmo.
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