Presidente licenciado do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado (Sindspen), o deputado estadual eleito João Batista de Souza (Pros) disse acreditar que a futura Gestão Mauro Mendes (DEM) poderá tomar medidas mais duras que as adotadas pelo governador Pedro Taques (PSDB) em relação aos servidores.
Em conversa com a imprensa nesta semana, o sindicalista disse que se o democrata tomar medidas que afetem os benefícios já estabelecidos aos servidores públicos, encontrará resistência no Legislativo.
“Sabemos que a partir do ano que vem o embate vai ser grande com o novo governo, já que as medidas devem ser tão duras ou até piores do que este governo tomou durante quatro anos. Mas minha cadeira na Assembleia vai ser uma extensão do trabalho do Fórum Sindical”, disse.
“Não acredito em milagres econômicos, mas acredito em uma boa gestão. Se o Mauro buscar meter a mão no bolso do trabalhador do serviço público, não vai encontrar só a resistência do João Batista, porque dentro da Assembleia já detectamos que tem muito mais parlamentares que são simpáticos à manutenção do direito do trabalhador. Então, ele terá resistência”, afirmou.

Nesta semana, o funcionalismo chegou ameaçar entrar em greve pela possibilidade de não-pagamento de 4,19% da Revisão Geral Anual (RGA) referente a 2018.
Após a pressão, o secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Rodolpho Gonçalves, afirmou que o Governo aguarda um aval do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para conceder, no mês de novembro, a RGA dos servidores.
Batista disse acreditar que o pagamento da reposição será tema da pauta de Mendes em 2019. Ele se disse contra o não-pagamento e até mesmo o parcelamento. O futuro parlamentar defendeu que o correto seria o pagamento em maio de todo ano e de modo integral.
“Acredito que a RGA é algo que, talvez, ele queira discutir. E nós não aceitamos, porque imagina se o Governo Federal congela o aumento do salário mínimo. A inflação continua, mas o salário mínimo fica lá embaixo. A RGA não é ganho real, ela é apenas a recomposição da inflação. E disso aí não abrimos mão”, disse.
Taxação do agronegócio
João Batista defendeu que o futuro chefe do Executivo busque medidas para o aumento da receita, entre elas uma maior contribuição do agronegócio.
“Existe, sim, uma possibilidade de o agronegócio contribuir mais. Se o Mauro sentar com o segmento, apresentar alternativas, o próprio agro vai querer contribuir mais. Talvez, o que faltou no atual governo foi habilidade política, menos antipatia, menos arrogância e mais cortesia. Claro, tem determinados momento que a decisão tem que ser dura. Mas acho que faltou trato político”, afirmou.
“Temos exemplos de outros Estados que fizeram uma taxação mínima em cima do agronegócio e conseguiram melhorar o caixa do Estado. Aqui em Mato Grosso, existe uma sonegação grande e isso tem que ser levantado junto aos órgãos e tem que acionado na Justiça”, completou.
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16 Comentário(s).
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| Clarice menezes 16.11.18 15h57 |
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| Joao Mello 16.11.18 14h51 |
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| João 16.11.18 10h46 | ||||
| Lamentável só pensar e falar no DIREITO dos servidores públicos. E os DEVERES? vamos falar dos deveres e inúmeros problemas como atendimento péssimo, falta de eficiência nos processos, corrupção...etc... esses deveres ninguém vão falar? | ||||
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| João da vergonha 16.11.18 08h02 | ||||
| Sou a favor de taxar o agronegócio pois o governo vive colocado a mão nos diretos dos cidadãos que paga os impostos e não retorno de nada Taxa sim, não para pagar o funcionário público e a máquina pública e sim para retorno em obras para a população. | ||||
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| Ernani Junior 15.11.18 21h19 |
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