Servidores do DAE-VG e da Câmara são considerados foragidos

A Polícia Civil está à procura do assessor da Câmara de Várzea Grande, Alex Sandro de Proença, e do ex-servidor do (DAE-VG) Departamento de Água e Esgoto da cidade, Giliard José da Silva.

Significativa parte dos servidores da Diretoria Comercial do DAE não hesitava em receber os valores ilegais

Eles são alvos de mandados de afastamento de cargo e prisão no âmbito da Operação Gota D’Água, deflagrada na última sexta-feira (20). Os dois, porém, não foram localizados até o momento.

Alex Sandro estava lotado no gabinete do vereador Pablo Pereira (União), que foi preso e afastado do cargo. Já Giliard atuava como “fiscal de corte” no DAE-VG

A operação foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), que investiga um esquema de cobrança de propina para dar baixas em débitos com a autarquia municipal.

Foram decretadas pela Justiça de Mato Grosso 11 prisões preventivas, 18 ordens de suspensão do exercício da função pública, 25 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal em endereços vinculados a 22 pessoas investigadas.

A Deccor calcula um prejuízo R$ 11,3 milhões aos cofres públicos, desde 2019. Segundo a Polícia, o montante é referente a prática em que servidores excluíram ilegalmente débitos de consumidores e também diminuíram indevidamente os valores das faturas, mediante recebimento de propina.

Auditoria apontou ainda que o grupo de servidores do DAE-VG teria cobrado valores para realizar serviços que eram devidos aos consumidores.

"Ao que tudo indica, em qualquer ocasião que fosse possível obter valores indevidos em razão da prestação do serviço público de saneamento básico, uma significativa parte dos servidores da Diretoria Comercial do DAE não hesitava em receber os valores ilegais", diz a Polícia Civil.

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