O governador Pedro Taques (PSDB) classificou como legítima a manifestação realizada por caminhoneiros de todo o País, que são contrários ao aumento no preço do óleo diesel.
Taques, no entanto, demonstrou preocupação com o desabastecimento de combustíveis e produtos de gênero alimentícios já registrados em muitas cidades brasileiras.
“Entendemos que a manifestação dos caminhoneiros é um direito fundamental, isto sem prejudicar o desabastecimento dos Estados. Veja que tem Estados como estes do Brasil Central, cidades distantes das capitais e isso pode ocasionar desabastecimento, além de prejudicar trabalho da segurança e da saúde. Estamos preocupados com isso”, disse o governador.
A declaração foi dada durante reunião do Fórum dos Governadores do Brasil Central, realizada na manhã desta sexta-feira (25), no Palácio Paiaguás.
Participam do encontro governadores Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e o Distrito Federal.
“Peso nos ombros dos Estados”
Segundo o governador, esses gestores já estão, inclusive, agendando uma reunião com o presidente Michel Temer (MDB) para tratar da questão dos caminhoneiros.
Uma das preocupações é que, para encerrar a manifestação da categoria, a União aceitou, entre outros pontos, retirar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) da composição do preço do óleo diesel.
“A União não pode jogar a responsabilidade que é dela, sobre os ombros dos Estados. Os Estados já fizeram seu ajuste fiscal. A União não pode reduzir a Cide em prejuízo dos Estados, uma vez que nós já temos responsabilidades com esses valores dessas contribuições”, disse. Os valores arrecadados com a Cide são divididos entre União, Estados e Municípios.
“A União não pode sozinha decidir que a responsabilidade é dos Estados. Vamos levar esse assunto a uma reunião com presidente e isso precisa ser atrelado a um debate maior que é a repactuação entre os Estados a respeito da Lei Kandir. A União não estabeleceu ainda um fundo que seja efetivamente concreto para que possamos fazer frente aos desgastes que temos em arrecadação, em razão da lei Kandir”, acrescentou o governador.
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7 Comentário(s).
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Júlio Gonçalves 26.05.18 11h24 | ||||
Nobre governador, se ainda lhe existe um minima chance de buscar popularidade, reduza o ICMS do diesel para 10%, e verá o fluxo inversos de caminhões novamente priorizarem o abastecimento em MT, o acrescimo nas vendas superarão a perda na alíquota, sem contar que sua popularidade talvez como a Fênix, poderá sair das cinzas.. | ||||
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Luiz 26.05.18 07h40 | ||||
mas diminuir os impostos ninguem quer, então vai continuar vamos ver o que vai acontecer quando parar tudo de vez | ||||
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Edmar Roberto Prandini 25.05.18 20h48 | ||||
Há uma oportunidade de se avançar em duas direções positivas: a) reduzir um pouco o ICMS sobre os combustíveis compensando a perda de receita com um aumento forte na ITCD e um incremento na alíquota do IPVA. Assim, o trabalho e a logística tornam-se mais baratos e a posse de propriedades mais cara. 2) É correto rejeitar a perda de receita da CIDE pelos Estados e Municípios, que pode ter como contrapartida a criação de mais uma faixa de cobrança do IRPF de 35% acima de 50.000,00. O número de pagadores do aumento do IRPF seria pequeno e a receita adicional seria importante para compensar a perda com a CIDE. | ||||
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Omar Telo 25.05.18 15h39 | ||||
Como já aconteceu anteriormente, se amanhã continuar o desabastecimento, caminhoneiro passa a ser taxado de bandido pela população. Mais adiante veremos que somente os empresários do ramo de cargas é que obtiveram "lucro" com essa greve. | ||||
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FELIPE 25.05.18 14h32 | ||||
Governador o Estado assim com a união também tem culpa no aumento do combustível. ICMS de Mato Grosso é uma das maiores alíquotas ainda mais sobre o Combustível. Eai o senhor vai rever a alíquota para que o combustível reduza o valor cobrado nas bombas? | ||||
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