O presidente regional do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, voltou a criticar a administração da sigla pelo colega também federal Fabio Garcia. Ele classificou como “irresponsável” a gestão de Garcia e apontou um possível crime de apropriação indébita previdenciária e dívidas de R$ 500 mil.
Segundo Valtenir, os dados apareceram em um levantamento realizado por ele assim que assumiu o comando do partido em Mato Grosso. Apesar disso, os dados completos não foram apresentados.
“Foram constatadas diversas irregularidades, como falhas em 80% das provisórias municipais, fato que já veio a público por meio da imprensa. O setor financeiro também apresentou anormalidades, com dois funcionários recebendo salários incompatíveis com as funções executadas, sendo um de R$ 8 mil e o outro de R$ 5 mil”, disse em nota enviada nesta terça-feira (02).

“Ambos estavam com os Impostos de Renda para serem recolhidos. Os valores foram descontados na folha de pagamento dos empregados, porém não foram recolhidos como de fato é obrigação do empregador. Outros encargos sociais descontados dos empregados, também não foram recolhidos, o que, em tese, configura crime previsto no artigo 168-A, do Código Penal. Demonstrando, assim, a irresponsabilidade do antigo gestor da sigla”, afirmou.
Ainda de acordo com Valtenir, Garcia deixou em atraso o aluguel da sala comercial onde era a sede do partido e uma dívida da locação de veículos em Goiás durante a campanha de 2014. Segundo ele, a última dívida gerou o bloqueio das contas bancárias do PSB-MT.
Na nota, Valtenir lembrou, ainda, de uma dívida de R$ 230 mil do chamado dízimo partidário de membros da sigla. O valor corresponde a 10% do salário bruto dos deputados estaduais Eduardo Botelho, Adriano Silva, Mauro Savi, Oscar Bezerra e Max Russi (atual chefe da Casa Civil).
“Quando entregamos o partido, em 2013, estava tudo redondinho. Não havia nenhuma pendência não resolvida, nem financeira, nem de nenhuma outra área. Agora, assumimos a sigla com uma dívida de quase R$ 500 mil”, afirmou o secretário-geral, Milton Simplício.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado Fabio Garcia, que reafirmou o que o parlamentar já havia dito em dezembro, quando Valtenir fez as primeiras acusações. Disse que Garcia deixou de maneira "abrupta" a presidência do partido e que é "normal" que haja dívidas. Os valores, segundo a assessoria, estavam sendo pagos.
O parlamentar alega desconhecer as eventuais irregularidades no Impostos de Renda dos servidores.
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1 Comentário(s).
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| joaoderondonopolis 03.01.18 14h03 | ||||
| Deputado Valtenir, você sabe mais que eu, condiciona na justiça a saída dos deputados do PSB, após o pagamento da dívida do partido. | ||||
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