30.11.2011 | 01h:30

CASO MEGA-SENA


Amante diz que viúva não aguentava mais o milionário

Soma atualizada de todos os bens de Renné Senna já ultrapassa R$ 70 milhões

O amante da ex-cabeleireira Adriana Almeida, acusada de matar Renné Senna - que ganhou cerca de R$ 50 milhões na Mega-Sena dois anos de ser moto a tiros em janeiro de 2007 - foi a segunda testemunha de acusação no segundo dia de julgamento no Fórum de Rio Bonito, na baixada litorânea.

A soma de todos os bens de René Senna, morto em 2007 após ganhar R$ 51,8 milhões na Mega-Sena, incluindo imóveis e dinheiro aplicado na poupança chega a R$ 70 milhões. Entre os imóveis, há uma fazenda em Rio Bonito, uma casa no Recreio dos Bandeirantes e uma cobertura em Arraial do Cabo. A afirmação é de Sebastião Mendonça, advogado de Renata Senna, filha da vítima.

No começo da tarde desta terça-feira (29), o motorista de Van, Robson Andrade de Oliveira, afirmou que Adriana queria se separar do milionário e que não suportava mais o relacionamento.

- Ela contou que queria se separar de Renné porque embora tivesse tudo de bem material, não tinha liberdade nem relação sexual com ele.

De acordo com Robson, a vítima e Adriana passaram a noite juntos no Réveillon de 2006 pra 2007. Na época, a ex-cabeleireira tinha adquirido um apartamento em Arraial do Cabo, para que ela pudesse ficar com o amante.

Segundo Robson, ela queria que os dois fossem morar juntos, mas ele disse que também saia com outra pessoa e estava enrolando para dar uma resposta definitiva.

O amante contou ainda que eles haviam tido um relacionamento que durou quatro meses em 2005, antes de ela conhecer o milionário. No entanto, em 2006, eles passaram a se encontrar uma ou duas vezes por mês quando ela já mantinha um relacionamento com Renné Senna.

Já no dia 04, ele disse ao júri que ela tinha passado o dia inteiro levando móveis para o imóvel em Arraial do Cabo e na noite deste dia ela teve uma briga séria com o milionário, a ponto de ela decidir sair de casa.

Em seguida, ligou para Robson dizendo que estava muito nervosa e que precisava de companhia. Ele relatou que passaram a noite juntos no novo apartamento mas que não fizeram sexo, pois ela estava muito nervosa.

- Ela afirmava que não ia mais voltar para ele [Renné].

No dia 05, Renné ficou ligando para Adriana pedindo para que ela voltasse para ele, mas segundo Robson, ela dizia que não iria mais manter aquele relacionamento.

No entanto, ela recebeu um telefonema que o motorista de Van não sabia afirmar de quem se tratava, que a fez mudar de ideia e retornar para a fazenda. Dois dias depois Renné Senna foi morto em um bar.

Mais dez testemunhas são esperadas nesta terça-feira. No primeiro dia de julgamento, seis pessoas foram ouvidas, cinco de acusação e uma de defesa. O principal testemunho foi o do segurança Adalberto Lucena, que relatou briga do casal dois dias antes do assassinato, o ciúmes de Renné e a desconfiança do milionário de que a mulher tinha um amante.

Na primeira sessão, na última segunda-feira (28), quatro testemunhas de acusação - dois seguranças e duas pessoas que estavam presentes no bar onde Renné foi morto a tiros - e uma de defesa estiveram presentes. A expectativa é de que o julgamento se estenda até quarta-feira (30), pois mais de 40 pessoas foram chamadas para depor.


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