Mães pela diversidade
O presidente da Parada LGBTQIA+, Clóvis Arantes
O grupo Mães pela Diversidade de Mato Grosso e a organização da Parada LGBTQIA+ criticaram o projeto de lei do vereador Rafael Ranalli (PL), que visa proibir a participação de menores de 18 anos no evento.
Anessa Pinheiro, presidente do grupo que reúne mães de pessoas LGBTQIA+, diz que a parada é um ato político, e não de badernagem que instiga a parte sexual.
Para Anessa, o projeto de lei é uma iniciativa diretamente contra a comunidade LGBTQIA+.
“Esse vereador que acabou de entrar e não apoia nenhum LGBTQIA+, pelo contrário, fecha as portas”, afirmou Anessa.
Clóvis Arantes, presidente da Parada LGBTQIA+, é outro crítico da proposta. Ele explica que o evento é também pedagógico para os menores.
“A partir do momento que as crianças participam da parada, elas, pedagogicamente, compreendem o valor do respeito e da cidadania. Elas entendem que a cidade é e deve ser de todo mundo, que a gente não tem que ter medo de andar na cidade”, afirma.
Ele também aponta a inconstitucionalidade do projeto, pois a Parada acontece em local público e durante o dia. A edição deste ano deve ser realizada no dia 13 de junho.
“Não tem base legai porque é um evento durante o dia, de massa, aberto ao público e não se cobra entrada. Como você vai proibir uma pessoa de ir e vir? Isso não é papel da Parada, nós não somos fiscalizadores. Quem teria que fazer essa verificação seria o Conselho Tutelar, o que seria muito complicado”.
Para Arantes, Ranalli “quer palco”. Ele avalia que, ao invés de se voltar contra a população LGBTQIA+, os políticos precisam concentrar forças para resolver problemas reais.
“O vereador poderia fazer um projeto para proibir que as crianças sofram bullying e discriminação na escola, e sejam impedidas de exercer a sua cidadania. Nós temos muitos jovens que abandonam a escola porque sofrem violência. Quando começam a ser chamados de “gayzinho”, “menininha”, esses jovens abandonam a escola”, diz o presidente.
“A gente tem mil problemas na cidade para serem resolvidos. Cuiabá é a quinta capital mais perigosa para a população LGBTQIA+ viver”.
Anessa também comenta sobre a violência sofrida pela comunidade.
“Nós, mães, estamos bastante preocupadas com tantas mortes LGBTQIA+, que é muito mais importante do que essa pauta que ele quer levantar”, critica.
Arantes também destaca que a própria Polícia Militar já lhe afirmou que a Parada LGBTQIA+ é o único movimento de massa de Cuiabá em que os policiais não precisam apartar brigas.
“A nossa Parada tem 22 anos e nunca tivemos problema. É tudo muito tranquilo. Então é importante para a gente saber que tem os grupos que fazem parte da Segurança Pública que dizem: ‘A parada é tranquila, é uma festa da diversidade, é uma festa da democracia’”.
O Mães pela Diversidade ainda salienta que a decisão de os filhos participarem ou não deve ser dos responsáveis.
“Se os governantes pararem de se preocupar com a opção sexual, com o gênero das pessoas, seria mais fácil, muito mais bonito. Tanto a sociedade como a política. Tem tantas coisas mais importantes [para se preocupar]... Nós vivemos num Estado que tem problema com saúde, emprego, educação…”, critica.
“É preciso parar de militância, parar de briga, parar de achar que o que não é igual a ele é esquisito”.
Comentários (4)
Concordo com o vereador Ranalli. Sou contra menores nesse evento que por mim nem existiria. Tem que acabar com isso ai.
enviada por: Igor rovaris Data: 09/02/2025 21:09:33
parabens vereador!!!!
enviada por: edson Data: 09/02/2025 15:03:00
Seja cômico, senão fosse trágico! Pessoas defendem as diversidades, aí até aí, tudo bem, porém, menores não podem participar desse tipo de movimento, uma vez que o ECA proíbe menores de trabalharem, por que então participarem desse tipo de eventos? Todavia, senão podem responder por si só, também não podem ir em eventos dessa natureza. Outrossim, concordo com a criminalidade que atinge esse público, entretanto, existem em nosso estado um agrande parcela de crimes cometidos pelos próprios integrantes desse grupo. Então, logo não podem fazer acusações infundadas que são os mais mais, porque os próprios cometem crimes contra seus parceiros, e contra filhos dos parceiros. Portanto, não podem se utilizar de estatística alimentadas por estes mesmos que querem se vitimizar como minorias sacrificadas, enquanto os mesmos alimentam esse número. Vamos ser coerentes com as coisas. Ninguém é obrigado a participar, vivenciar, institucionalizar alho que não é adepto a todos. Cada ser que pertence ao movimento, poderia ser diferente, respeitando os direitos individuais, e não tentando empurrar goela abaixo, uma situação que são excepcional deles. A população respeita esse movimento, só não tolera as imposições feitas por esses grupos que não satisfeitos com a convivência em meio ao convívio social, querem a todo custo tomar a força a agremiação de pessoas junto o público em questão.
enviada por: Paulo Sérgio Bertolo Data: 09/02/2025 13:01:49
Tem que proibir mesmo menores e crianças em um lugar desse.
enviada por: Gustavo Data: 09/02/2025 08:08:47