17.12.2013 | 09h:03

SUPOSTA HOMOFOBIA


Vendedor de loja de shopping é preso acusado de discriminar cliente gay

Vítima informou ainda que procurou o gerente para adotar providências e nada foi feito

Reprodução

Vítima informou ainda que o gerente não teria tomado providências

A Polícia Militar registrou nesta segunda-feira (16) a prisão de um vendedor de 29 anos, que trabalha na Lojas Avenida, no Goiabeiras Shopping, acusado de discriminar um cliente homossexual.

A vítima, um produtor de eventos de 22 anos, se sentiu ofendido porque o funcionário de uma loja de confecções teria se recusado a lhe prestar atendimento. Segundo relatado na ocorrência policial, a recusa se deu por sua condição.

Ao reclamar com o gerente, segundo boletim de ocorrência, o mesmo não teria tomado as providências.

O produtor acionou a Polícia Militar, que prendeu o vendedor, acusado do crime de injúria.

Conforme o produtor de eventos, ele abordou uma vendedora da loja, e esta lhe indicou o rapaz, que estaria responsável pela seção.

“Então, fui falar com o rapaz e ele não quis me atender porque sou gay. Fui falar com o gerente e ele não tomou nenhuma providência. Então, chamei a polícia e todos fomos parar na delegacia”, relatou a um policial.

Injúria

No Plantão Metropolitano da Capital, o vendedor negou que tivesse se recusado a atender o cliente, uma vez que a loja é de autoatendimento. No corredor da delegacia, porém, ele teria deixado escapar um comentário preconceituoso. “Não é justo estar preso numa cela por causa de um veado”.

Autuado por injúria, o vendedor assinou um termo circunstanciado – cujo julgamento ocorre no Juizado Especial Criminal – e foi liberado. Caso seja condenado, ele deverá pagar cestas de alimentos a entidades filantrópicos ou prestar serviços comunitários.

Policiais plantonistas disseram que o vendedor não foi enquadrado no crime de homofobia – discriminação em relação a opção sexual – porque a lei não foi aprovada.

A proposta chegou a entrar em tramitação na Câmara Federal, no dia 11 de dezembro deste ano, mas a votação foi adiada. “Neste caso, é provável que, com a pena de um a três anos, seria prisão em flagrante”, explicou um policial.

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