16.06.2011 | 21h:36

POLÍCIA BANDIDA


PR: Gaeco prende investigador e mais 5 por incriminar inocente

Eles tentaram incriminar um inocente

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), coordenador pelo Ministério Público do Paraná, prendeu nesta quinta-feira um investigador e um delegado da Polícia Civil e mais quatro policiais militares acusados de tentar incriminar um inocente pelo caso conhecido como Morro do Boi, ocorrido em 31 de janeiro de 2009, no balneário de Caiobá, litoral paranaense.

Segundo o Gaeco, o investigador Altair Ferreira Pinto e o delegado José Tadeu Bello, com a ajuda dos policiais Edison Pereira, Edmildo da Silva Mesquita, Paulo Roberto da Graça e Rodrigo Alves Barbosa, tentaram incriminar um homem pelo assassinato de Osíris Del Corso e tentativa de homicídio de Monik Pergorari Lima. Osíris e Monik eram namorados e foram atacados enquanto faziam a trilha do Morro do Boi em 2009.

O motivo de tentar incriminar um inocente seria o irmão do investigador, Juarez Ferreira Pinto, que havia sido preso pelo crime contra o casal. Após o reconhecimento de Monik, Juarez foi preso em 17 de fevereiro de 2009, no Pontal do Paraná e o caso, encerrado pela Polícia Civil.

No entanto, ao prenderem Paulo Delci Unfried por outros crimes, os policiais o teriam coagido a também confessar o caso do Morro do Boi. Com Unfried, foi encontrada duas armas, sendo que uma delas foi identificada pelo Instituto de Criminalística como a usada contra o casal. Ao fazerem uma acareação entre o suspeito e Monik, o Gaeco pode comprovar que a vítima não reconhecia o suposto agressor e ele próprio acabou afirmando que confessou o crime após ser torturado.

O investigador, o delegado e os policiais presos são acusados de fraude processual, formação de quadrilha, tortura e denúncia caluniosa. Eles estão presos em Curitiba.

O crime no Morro do Boi ocorreu quando o casal de namorados realizava uma trilha e foi atacado por um homem. Na ocasião, Osíris foi baleado ao tentar defender a namorada de ser violentada. Ele morreu no local e Monik, que também foi atingida por um disparo, foi resgatada apenas no dia seguinte. Ela ficou paraplégica por conta da bala que atingiu sua coluna.

 


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