Os eleitores de Ribeirão Cascalheira (893 Km da capital) voltam às urnas hoje para escolherem o novo prefeito da cidade. Eleito em 2008, Francisco de Assis (PT), o Diá, foi cassado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico e captação ilícita de recurso.
A cidade é comandada desde janeiro de 2009 pelo presidente da Câmara dos vereadores, Daniel Beraldo (PDT). Dois candidatos concorrem para mandato-tampão de dois anos: o pecuarista Adário Carneiro Filho (DEM), que ficou em segundo lugar na eleição de 2008 e o médico Antônio de Morais Pinto Júnior (PP).
Situada no nordeste de Mato Grosso, na região norte do Araguaia, o município possuiu 5.875 eleitores. Conforme a legislação, quando o prefeito e vice estão impedidos de assumir a prefeitura, quem assume e o chefe do Legislativo.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, os eleitores votarão em apenas quatro locais, sendo três na zona urbana e um na rural, no distrito de Novo Paraíso. A necessidade de nova eleição se deu porque o eleito em 2008 obteve a maioria dos votos.
O juiz da 53ª Zona Eleitoral de Ribeirão Cascalheira, Walter Tomaz da Costa, decidiu proibir a venda de bebidas alcoólicas no dia da eleição. A chamada "Lei seca" é determina pelo juiz eleitoral de cada cidade durante uma eleição, conforme a necessidade do local. A intenção do juiz neste caso é garantir a tranquilidade e evitar tumultos no dia da eleição.
A previsão do Tribunal Regional Eleitoral é de que o resultado saia até às 19h deste domingo. Para garantir agilidade na totalização dos votos, serão utilizados os mesmos equipamentos de transmissão de dados via satélite que aceleraram a totalização dos resultados do segundo turno das eleições presidenciais, ocorrido no dia 31 de outubro.
O Cartório da cidade já realizou a cerimônia de conferência visual das urnas eletrônicas que serão utilizadas na eleição. O objetivo é verificar o funcionamento dos equipamentos para garantir que, às 8 horas de domingo, eles estarão aptas a receber os votos dos eleitores. Serão 29 urnas eletrônicas, sendo 23 destinadas às seções eleitorais e 6 urnas preparadas como reserva técnica para atender os eventuais problemas com as urnas destinadas às seções.
Mais três cidades de Mato Grosso terão eleições suplementares porque os prefeitos foram cassados por crimes eleitorais. Em Poconé, Novo Mundo e Campos de Júlio a eleição acontece no dia 5 de dezembro. Em Santo Antônio de Leverger já houve eleição suplementar em setembro deste ano. Apesar disso, devido a brigas judiciais, a população ainda não sabe quem assumirá o posto de prefeito.
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